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Filme "O Poço"

Por:   •  31/5/2022  •  Relatório de pesquisa  •  510 Palavras (3 Páginas)  •  104 Visualizações

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O POÇO

RESUMO:  O filme de origem espanhola estreado pela Netflix no dia 20 de março de 2020 utiliza a rotina de uma prisão exótica para figurar o egoísmo humano dentro de uma divisão de classes. Em geral, a comida é distribuída em um sentido vertical, de cima para baixo, fazendo aqueles dos andares superiores comerem à vontade enquanto os demais ficam com fome, causando conflitos e até mesmo canibalismo. Segundo o diretor do filme, Galder Gaztelu-Urrutia, a principal mensagem do filme é explorar a importância da iniciativa individual da humanidade. O estudo e a produção deste artigo têm como objetivo trazer reflexões sobre desigualdade, egoísmo e como essas características estão inseridas no sistema da sociedade contemporânea.

O SISTEMA DO EGOÍSMO

     O filme “O poço” conta a experiência do personagem Goreng, que se ofereceu a passar seis meses em troca de um diploma em uma instalação denominada de “Centro Vertical de Autogestão”, uma espécie de prisão com vários andares. Ao passar dos dias e entendendo como funcionava a dinâmica do lugar, o protagonista se depara com situações anti-higiênicas, desumanas, violentas e hediondas, devido à má distribuição de alimentos e a falta de empatia por parte dos outros prisioneiros.  
    Muitas cenas do longa são impactantes e dignas de uma reflexão acerca de solidariedade e desigualdade, pois, no mundo, as semelhanças com o filme não são meras coincidências. Por exemplo, em março deste ano, não demorou muito para que as pessoas esvaziassem as prateleiras dos supermercados motivadas pelo pânico frente ao possível cenário de isolamento extremo. Caso um “lockdown” fosse de fato instalado nas cidades do mundo inteiro, provavelmente a maioria das pessoas compraria o máximo de alimentos possíveis, sem pensar naqueles que não têm a mesma condição, ocasionando em mais desespero e fome. Sendo assim, o pensamento empático que se espera delas é o mesmo que cada prisioneiro do filme deveria ter tido, a fim de que ocorresse uma divisão igualitária de recursos, sem que faltasse nada para ninguém. Entretanto, não é exclusivo de tais condições que o ser humano apresente um comportamento egoísta, afinal ele está inserido em um sistema que utiliza a sua falta de empatia como engrenagem para a desigualdade na distribuição de alimentos e bens de um modo geral, fazendo com que boa parte das pessoas tenham muito mais do que precisam e outras quase nada. Essa problemática ainda poderia aumentar os índices de criminalidade, pois geraria indivíduos tão desesperados com sua escassez de comida a ponto de sair por aí roubando para conseguir aquilo que lhes falta em casa. Não é uma justificativa, mas podemos optar por olhar através desta perspectiva.

      Conclui-se que, mediante situações de desespero, o homem se reduz a seu instinto de sobrevivência mais primitivo, se vendo encurralado, numa situação de extrema precariedade - opte por salvar a si mesmo e satisfaça primeiro suas próprias necessidades. Até que ponto a sociedade terá que chegar para perceber que nossas relações biológicas não são competitivas, mas sim cooperativas.

Referencias: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Platform_(film); https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51803421; https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2020/04/07/o-poco-segredos-polemicas/

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