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Fobia escolar

Por:   •  31/5/2015  •  Artigo  •  3.229 Palavras (13 Páginas)  •  671 Visualizações

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APS – Atividade Prática Supervisionada

http://www.fsg.br/

FOBIA ESCOLAR

Ariane Chedid da Silveira¹, Gabrieli Pereira Dal’Acua¹, Juliana Rischter¹, Natiele Andrade de Souza¹

¹Alunas da Graduação em Psicologia da Faculdade da Serra Gaúcha.

Professor Supervisor da APS

Dra. Magda Medianeira de Mello.

Resumo

Nosso propósito em compor este estudo é tentar compreender quais são as causas da fobia escolar, se existem tratamentos e quais são eles. E também, observar se há e quais métodos podem ser utilizados pelos psicólogos que irão auxiliar os pais e aos educadores.

Também será abordado, de maneira sucinta, como ela é formada na estruturação psíquica, explicando um pouco mais sobre a fase em que ela ocorre, que seria a fase fálica e no período em que esta criança vive, que é a do Complexo de Édipo.
Esclarecendo aqui, que todos podemos passar por certos medos, porém o que difere um medo dito normal de uma fobia, é a forma em que isso irá afetar a vida deste sujeito.
Primeiramente, dando uma ideia geral, do que é a fobia em propriamente dita.

Palavras-chave:

 Fobia escolar. Família .Criança. Escola.  

1 INTRODUÇÃO

Fobia faz parte do transtorno de ansiedade e origina-se a partir de coisas rotineiras, pois são medos irracionais. As demais pessoas podem até sentir medo deste “objeto fóbico”, porém não deixa com que isso interfira em sua vida. É isso que diferencia um medo, de uma fobia, o fato de alterar o estilo de vida que a pessoa leva.

Segundo Lacan (2008), fobia que é a mais simples das neuroses, é uma forma substitutiva de degradação do Édipo. O sintoma neurótico representa no sujeito um momento de sua experiência em que ele não sabe se reconhecer, uma forma de divisão da personalidade.

A fobia faz parte da neurose e a forma que vai encarar essa fobia têm relação de como passou pela fase de Édipo, de como vivenciou o seu sexual e de como recalcou.

A fobia escolar é caracterizada pelo medo que a criança possui de se afastar de seus pais ou cuidadores, e de que algo aconteça a eles na ausência da mesma. Ela tem início por volta dos cinco anos de idade e pode ser desencadeada por inúmeros fatores, sendo alguns deles: pais que protegem demais, dificuldades de aprendizagem na escola e medo (de não conseguir acompanhar o conteúdo, de mudanças, de errar).

Observamos que a família é o primeiro modelo social que a criança conhece, a qual tem o papel de inserir esse sujeito na sociedade, com todos os valores morais que disponibiliza. Seguida da escola, essa última além de promover o desenvolvimento cognitivo, também auxilia na inserção social. Por isso é de total importância esses dois formadores de opiniões e conceitos, estarem em harmonia para ser algo favorável e durador no crescimento pessoal da criança.

Em 1941, A.Johnson e Col. utilizam o termo fobia escolar para descrever crianças que por razões irracionais, recusam-se a ir à escola e resistem com reações de ansiedade muito vivas ou de pânico quanto se tenta forçá-las. Alguns anos mais tarde, Estes e col. (1956) situam o nó patológico não no medo da escola, mas na angustia de abandonar a mãe e manifestação de suas expressões (AJURIAGUERRA apud COL., 1998, p. 319)

             

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Fobia Escolar

A fobia escolar refere-se a um conflito interior da criança que normalmente ocorre com crianças que possuem o medo da separação (sua com os pais, pois só age assim longe deles) ou de novas experiências que estejam ligadas ao social.

Ocorre uma certa angústia, ela se sente desconfortável de ir para a escola ou de até mesmo pensar em ir ou só de saber que está a caminho dela .

A criança com fobia escolar apresenta uma reação de angústia intensa, muito ligada aos momentos fóbicos: no momento de ir para a escola, a criança se agita, manifesta um grande pânico. Ela chora, suplica aos pais, promete ir para a escola no dia seguinte. Se é forçada, a crise assume um contorno dramático: ela se fecha no quarto, foge chorando. A criança é, então, inacessível a qualquer argumentação. Em alguns casos, a pressão parece acalmá-la, ela se deixa conduzir passivamente pela escola, mas rapidamente abandona a sua sala (AJURIAGUERRA,1998,p. 320)

Na visão de Ajuriaguerra (1998), quando os pais da criança não a confrontam e aceitam que a mesma não vá para a escola, ela se acalma e concorda com a solicitação dos pais em ir no outro dia. A criança tende a cooperar e justificar sua fobia.

Com tudo isso a criança pode apresentar sintomas desagradáveis, do tipo cefaléias, desconforto abdominal e náuseas. Todos esses desconfortos são derivados, desse medo que possui de ir para o ambiente escolar, de se afastar de seus pais, isso altera seu estilo de vida, cria um impacto negativo sobre o desenvolvimento pessoal.

A evolução depende, evidentemente, da estrutura psicopatológica subjacente e da dinâmica conflitou da família. Muito esquematicamente pode-se dizer:

- 30 a 50% dos casos têm uma evolução favorável, tanto no plano da reinserção escolar quanto da vida extra-escolar;
- em torno de 30% têm uma evolução marcada pela persistência de dificuldades neuróticas com a manutenção, algumas vezes, de uma fobia escolar mais ou menos importante, mas a inserção é satisfatória;
- enfim, 20 a 30% têm uma evolução desfavorável, marcada pela existência de diversos sintomas que acarretam dificuldades consideráveis de adaptação social.
(AJURIAGUERRA,1998,p. 320)

Com os dados citados à cima podemos observar que em alguns casos onde o indivíduo sofre com a fobia escolar, ocorre uma evolução positiva. Essa evolução irá ocorrer de uma melhor forma se tiver uma comunicação básica entre pais, escola e a criança juntas interagindo.

 2.2 Escola

A criança passa a maior parte do seu dia no ambiente escolar. É de extrema importância para o seu desenvolvimento tanto pessoal quanto social. Elas brincam e interagem com outras crianças, e também criam experiências negativas, muitas vezes frustrando-as e desenvolvendo um receio de ir para a escola.

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