Freud E Inconsciente
Ensaios: Freud E Inconsciente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zaninharamos • 24/10/2014 • 673 Palavras (3 Páginas) • 518 Visualizações
INCONSCIENTE FREUD X JUNG
O conceito de inconsciente difere de Freud para Jung. Enquanto a teoria de Freud busca as causas, a de Jung busca a direção, a finalidade. Para Freud, o inconsciente é um depósito de rejeitos do consciente, isento de movimento e estático, se forma, portanto, a partir do consciente. Para Jung o inconsciente não é estático e rígido, o inconsciente é dinâmico, produz conteúdos, reagrupa os já existentes e trabalha numa relação compensatória e complementar com o consciente.
Freud considerou todo o mental como sendo, inicialmente, inconsciente; a qualidade ulterior de consciência podia tanto estar presente como ausente. Qualquer um que tenha insistido que os seus próprios processos ocultos realmente a uma segunda consciência defrontou-se com o conceito de uma consciência de algo do qual nada se sabia, de uma “consciência inconsciente”, e isto dificilmente seria preferível à suposição de um “inconsciente mental”. Para Freud, o que formava o inconsciente eram apenas conteúdos pessoais, mantendo sua individualidade psíquica, onde cada ser humano detém seus próprios conteúdos reprimidos, geralmente marcadas na infância, abalando o equilíbrio da consciência.
O inconsciente que Freud teorizou é identificado como resultado do acúmulo do que foi descartado durante toda uma vida, cujos conteúdos são oriundos sobretudo da infância.
Para Jung o ser humano nasce inconsciente e traz com ele muitos conteúdos herdados dos ancestrais. Assim, o inconsciente existe “antes”, é pré-existente ao consciente. Segundo Nise da Silveira, “Pode-se representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente)”.
Jung o inconsciente é caracterizado em duas camadas. O primeiro é o inconsciente pessoal, onde é mantida toda a experiência pessoal de cada pessoa. Podendo essas ser reprimidas, esquecidas ou ignoradas. Há também casos de experiências muito fracas demais para chegarem à consciência. Correspondem àqueles aspectos que em algum momento do desenvolvimento da personalidade não foram compatíveis com as tendências da consciência e foram, portanto reprimidas. Também estão, no inconsciente pessoal, percepções subliminares, ou seja, aquelas que foram captadas pelos nossos sentidos de forma subliminar, que nem nos demos conta de termos contato com o fato em si. Conteúdos da memória que não necessitam estar presentes constantemente na consciência estão presentes no inconsciente pessoal. Todos estes conteúdos formam no Inconsciente Pessoal um grande banco de dados que poderão surgir na consciência a qualquer momento.
A outra camada é o inconsciente coletivo, sendo uma área mais profunda da psique. Ela é remontada na infância através de restos das vidas dos antepassados. Nele está contido os instintos juntamente com as imagens primordiais denominados arquétipos, herdados da humanidade. Segundo ele, o inconsciente coletivo é a camada mais profunda da psique e constitui-se dos materiais que foram herdados da humanidade. É nesta camada que existem os traços funcionais como se fosses imagens virtuais, comuns a todos os seres humanas e prontas para serem concretizadas através das experiências reais. É nessa camada do inconsciente que todos os humanos são iguais. A existência do inconsciente coletivo não depende de
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