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Freud E O Inconsciente

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Por:   •  13/6/2014  •  651 Palavras (3 Páginas)  •  933 Visualizações

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Freud cita a psicanalise como a terceira grande ferida, sem duvida que a psicanalise produziu uma derrubada da razão e da consciência do lugar sagrado em que se encontrava.

Se a psicanalise ainda não tem uma localização concreta, se ela é prevaricada, se ela ofende a razão e os bons costumes, se aponta a consciência não como o lugar da verdade, mas da mentira, do ocultamento, da distorção e da ilusão; se ela coloca a consciência e a razão sob suspeita, ela só pode ser vista como um filho natural.

O fato é que ao percorremos o caminho empreendido por Freud- caminho esse que jamais poderá ser o “original”, mas um caminho recorrido- verificamos que seu começo irredutível a qualquer origem estrangeira é a produção do conceito de inconsciente que resultou numa clivagem da subjetividade. A partir desse momento, a subjetividade deixa de ser entendida como um todo unitário, identificado com a consciência e sob o domínio da razão, para ser uma realidade dividida em dois grandes sistemas – o inconsciente e o consciente – e denominada por uma luta interna em relação a qual a razão é apenas um efeito de superfície.

Em relação a subjetividade a psicanalise representa uma mudança significativa em face da filosofia moderna. Melhor ainda a psicanalise não vai colocar a questão do sujeito da verdade, mas a questão da verdade do sujeito.

O século xvii foi aquele que realizou a partilha entre a razão e a desrazao foi o momento de emergência da loucura,ou melhor foi o momento em que a razão produziu a loucura.

Foucault destaca que a loucura não se apresenta como uma substancia que tendo permanecido longo tempo oculta pela ignorância. Fez finalmente seu aparecimento sob visada agudada racionalidade do século XVIII, literalmente a loucura não existia, o que existia era a diferença e o lugar da diferença. O que se tinha era a denuncia da loucura, mas não a especificidade ou das formas de sua aparição.

A partir da denuncia da loucura surge a consciência dos seus medos de aparição esse é o momento em que a loucura emerge como objeto do saber e não apenas como diferença a ser segregada e asilada.

A produção da loucura implica tanto um conjunto de praticas de dominação e controle como a elaboração de um saber, segundo Foucault, a característica fundamental da relação entre o Saber e o poder psiquiátricos, nessa época, é que nela a verdade do saber psiquiátrico nunca é colocada em questão, seu objetivo exclusivo é justificar o conjunto de praticas que articulam no interior do espaço.

O saber nesse caso, não funcionava no sentido de procurar alguma razão na loucura ou de determinar as formas diferenciais segundo as quais ela se manifestava, mas no sentido de apontar, de forma absoluta, se o individuo era ou não louco. O diagnostico psiquiátrico, como salienta ainda Foucault, não era diferencial, mas absoluto.

O interrogatório é uma das formas privilegiadas da articulação entre o poder e o saber psiquiátrico, seu objetivo é a busca de antecedentes e a obtenção de uma confissão.

Na possibilidade de apontar um substrato material da loucura, isto é, de localizar no corpo do individuo a substancia louca. A psiquiatria procurava esse abstrato na família do louco. A loucura era doença sem corpo, ela teria literalmente uma doença mental. Se a marca de sua realidade não se inscrevia no corpo

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