Guião filme Colisão
Por: Graça Gonçalves • 20/2/2019 • Projeto de pesquisa • 1.545 Palavras (7 Páginas) • 214 Visualizações
Ano Letivo 2018-2019
DISCIPLINA: | Psicologia |
Turma: | P2DP1 |
Ano: | 11º |
TEMA(S) GENÉRICO(S): | Diferenças - Discriminação, preconceito, a (in)tolerância racial da |
América contemporânea; A vida em sociedade; Os outros; Os afetos | |
FILME: | Colisão | FORMATO: DVD |
- CONTEXTUALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
| Módulo 4 – Processos relacionais e comportamento profissional |
Tema: 1.2 – A perceção dos outros 2.4. Estereótipos e Preconceitos |
- Objetivo(s) [da atividade]:
Levar o aluno a:
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FICHA TÉCNICA:
2 – O filme
2.1 – Ficha
[pic 4] | Título original: Crash (Colisão) Lançamento: EUA/ Alemanha, 2004 Direção: Don Cheadle, Paul Haggis, Mark R. Harris, Cathy Schulman, Bob Yari Género: Drama. Duração: 112 minutos Elenco: Matt Dillon, Don Cheadle, Sandra Bullock, Brendan Fraser, Thandie Newton, Ryan Phillippe, Larenz Tate, Jennifer Esposito, William Fichtner, Nona Gaye, Terrence Howard, Michael Pena, Shaun Toub e Bahar Classificação etária: 14 |
2.2 – Sinopse
Jean Cabot (Sandra Bullock) é a rica e mimada esposa de um promotor, em uma cidade ao sul da Califórnia. Ela tem seu carro de luxo roubado por dois assaltantes negros. O roubo culmina num acidente que acaba por aproximar habitantes de diversas origens étnicas e classes sociais de Los Angeles: um veterano policial racista, um detetive negro e seu irmão traficante de drogas, um bem-sucedido diretor de cinema e sua esposa, e um imigrante iraniano e sua filha. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54587/ [Consultado em 17.10.2012] |
3.Prémios
Óscar de melhor filme (2006 (EUA); Óscar de melhor roteiro original; Óscar de melhor edição. Globo de Ouro 2006 (EUA) - Indicado nas categorias de melhor ator coadjuvante (Matt Dillon) e melhor roteiro. BAFTA 2006 (Reino Unido) - Melhor atriz coadjuvante (Thandie Newton); Melhor roteiro original. Prémio David di Donatello 2006 (Itália) - Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro. Independent Spirit Awards 2006 (EUA) - Venceu nas categorias melhor filme de estreia e melhor ator coadjuvante (Matt Dillon). Prémio Edgar 2006 (EUA) - Venceu na categoria de melhor roteiro cinematográfico. Festival de Cinema de Deauville 2006 (França) - Recebeu o Grande Prémio Especial http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54587/ [Consultado em 17.10.2012] |
4. Curiosidades
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54587/curiosidades/ [Consultado em 17.10.2012] |
5. A crítica
Paul Haggis não é propriamente um principiante. Canadiano, nascido em 1953, trabalha desde finais da década de 1970 como argumentista, produtor e realizador de televisão. Em todo o caso, o seu nome só adquiriu alguma evidência quando o seu trabalho como argumentista de «Million Dollar Baby», de Clint Eastwood, lhe valeu o prémio de melhor argumento, referente a 2004, atribuído pela ASA (American Screenwriters Association) — seria, aliás, também nomeado para o Óscar da categoria de melhor argumento adaptado, embora não tenha ganho.
Em todo o caso, esta sua realização — no original, «Crash» (não confundir com o título homónimo de David Cronenberg, produzido em 1996) — vem colocá-lo na linha da frente dos atuais grandes narradores da produção norte-americana. Estamos perante um espantoso exercício dramatúrgico e também, sem qualquer sombra de dúvida, uma das mais estimulantes revelações de 2005.
«Colisão» segue uma matriz conhecida: a de começar com uma sequência — um acidente na estrada — a partir da qual se desfiam as memórias cruzadas de uma galeria de personagens: um político, um detetive, um polícia, um marceneiro, um ladrão, etc. O certo é que Haggis consegue fazer desse modelo (mais recentemente relançado por Paul Thomas Anderson, em «Magnolia») uma via inesperada para desmontar de forma metódica e, mais do que isso, obsessiva, as manifestações de racismo no quotidiano de Los Angeles.
O menos que se pode dizer é que Haggis convoca os mais variados "clichés" que o tema pode arrastar, desfazendo-os com admirável lucidez política, subtileza humana e eficácia dramática. De acordo com a mais nobre tradição de Hollywood, tudo isto é inseparável de um "cast" de luxo, tanto mais notável quanto o argumentista/realizador sabe filmar os seus atores (e atrizes) para lá dos próprios estereótipos que, eventualmente, as respetivas carreiras poderiam arrastar — destaques para Sandra Bullock, na mulher solitária de um político, e ainda Ryan Phillippe, compondo um jovem polícia que aprende de forma cruel a difícil relação com a verdade.
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