HISTÓRIA DA CRIANÇA E MATEMÁTICA NA SÉRIE INICIAL: XIZINHO, XIZÃO. QUAL É A PERGUNTA OX?
Relatório de pesquisa: HISTÓRIA DA CRIANÇA E MATEMÁTICA NA SÉRIE INICIAL: XIZINHO, XIZÃO. QUAL É A PERGUNTA OX?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ena30 • 19/5/2014 • Relatório de pesquisa • 3.693 Palavras (15 Páginas) • 380 Visualizações
HISTÓRIAS INFANTIS E MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS: XIZINHO,
XIZÃO. QUAL O X DA QUESTÃO?
Lilian Silva de Carvalho/UFSCar
Cármen Lúcia Brancaglion Passos – DME/UFSCar
Introdução
Buscando integração entre a formação inicial e a formação continuada de
professores que ensinam Matemática na Educação Básica tem sido oferecida pelo
Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos
uma atividade de ensino e extensão que procura uniu conteúdos matemáticos e
histórias infantis. A Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão
– ACIEPE – intitulada “Histórias Infantis e Matemática nas séries iniciais”, tem como
principal objetivo a construção de um livro de história infantil integrado com conteúdo
matemático, considerando que o texto nas aulas de matemática pode contribui para
a formação de alunos leitores, possibilitando a autonomia de pensamento e também
o estabelecimento de relações e inferências.
Essa atividade de extensão é oferecida a alunos dos cursos de Pedagogia e
de Matemática e também para professores que lecionam Matemática nas séries
iniciais.
Relataremos os caminhos percorridos e os resultados alcançados de uma,
das muitas produções oriundas dessa atividade, visando compartilhar as
aprendizagens que adquirimos nesse processo bem como indicar uma nova direção
metodológica para o ensino e a aprendizagem da Matemática.
Diferentes estudos destacam os saberes já construídos dos aprendizes, os
quais são valorizados como parte do processo de alfabetização e dão consistência
ao que Vygotsky chama de pré-história da leitura da linguagem escrita, pois
crianças, ainda que muito pequenas, aprendem “a letra do nome”, por exemplo,
embora elas próprias não admitam que já leiam.
Entre as diferentes atribuições da escola, uma delas merece atenção
especial: os alunos precisam aprender a utilizar a leitura para buscar informações e
para aprender a se expressarem e a emitir opiniões sobre o que leram. Ao utilizar a
palavra escrita é possível refletir e interagir com diferentes práticas sociais de
cultura. Dentre as inúmeras oportunidades de ler e escrever com as quais as
crianças convivem em ambientes letrados possuem, podemos citar as aulas de
matemática. Smole e Diniz (2001, p.15), ressaltam que “aprender matemática exige
comunicação, pois é através dos recursos de comunicação que a informação, os
conceitos apresentados são vinculados entre as pessoas”.
Nas aulas de matemática a comunicação ocorre em diferentes modalidades,
tais como: forma de texto - linguagem materna ou matemática, tabelas, gráficos ou
figuras geométricas. Levando em conta que o uso de textos em aulas de matemática
também contribuem para a formação de alunos leitores, visando a autonomia de
pensamento e o estabelecimento de relações e inferências, é que a presente
atividade foi realizada.
Passos e Oliveira (2004, p. 1), afirmam que “o texto nas aulas de matemática
contribui para a formação de alunos leitores, possibilitando a autonomia de
pensamento e também o estabelecimento de relações e inferências, com as quais o
aluno pode fazer conjecturas, expor e contrapor pontos de vista”.
Lopes (2003) ressalta que vários estudos com foco em atividades de
comunicação, escrita e uso de instrumentos de registros como cadernos, diários,
portfólios e outras modalidades de textos têm sido considerados na elaboração de
documentos curriculares como por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais
de Matemática propostos pelos MEC.
Segundo Passos e Oliveira (2004) o desenvolvimento de conteúdo
matemático em histórias infantis por alunos da universidade compõem uma
importante experiência formativa teórico-metodológica e revelando dados relativos
aos saberes matemáticos manifestos pelos futuros professores e sobre suas
concepções a respeito dos processos formativos vividos. O objetivo da referida
atividade era trabalhar de forma integrada o conteúdo de narrativas infantis e
conteúdos matemáticos e a produção de livros infantis com conteúdos matemáticos
integrado a outras áreas do conhecimento.
Quando a atividade foi proposta, os participantes não sabiam o que esperar,
pois escrever um livro para ensinar matemática não é uma atividade comum aos
estudantes do curso de licenciatura de Matemática.
Enquanto participante da atividade e primeira autora desta comunicação,
considero importante destacar que ao me inscrever para participar dessa atividade,
cursava o 2º ano da Licenciatura
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