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HUMILHAÇÃO SOCIAL E INVISIBILIDADE PÚBLICA

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Por:   •  19/9/2013  •  3.612 Palavras (15 Páginas)  •  1.136 Visualizações

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HUMILHAÇÃO SOCIAL: UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

Através da leitura entendemos que a humilhação social é um caso particularmente doloroso de angústia: um afeto mórbido derivado da exposição do homem pobre a mensagens de inferioridade social. Mensagens que lhe são assiduamente dirigidas pelos outros e pela sociedade. Mensagens verbais e também mensagens mudas: são palavras ou são circunstâncias públicas que lhe parecem como o perpétuo lembrete de que não estão em casa.

A humilhação social é um problema político e também psicológico, pois os dois fatores contribuem para situações de constrangimento que cidadãos trabalhadores passam em sua vida cotidiana.

A sociedade se esfacela, dando espaço para a ditadura do poder e o poder público não consegue dar conta de todas as situações levando os indivíduos a lutarem para garantir seus direitos essenciais com o poder privado, o que conduz ao poder do dinheiro.

Com o capitalismo o tema desigualdade social se tornou na sociedade cada vez mais evidente e se sobrepõe diante uma divisão de classes que se apresenta em forma de constrangimento e humilhação para os “menos favorecidos”. Essa desigualdade se manifesta nas mais diversas situações do dia-a-dia de cada um. Uma humilhação que começa no fato de não se poder ter um teto para se morar e vai até a relação empregador e empregado que tem a submissão e a humilhação uma relação desigual e constrangedora. Este é o regime capitalista adotado na maioria dos países cujo principal objetivo é o acumulo de bens através da desigualdade de classes onde o empregador detém o poder pela sua oferta de emprego e o pobre pela sua dependência deste emprego se sujeita a angustia de ser explorado e humilhado.

A humilhação Social é produto da historia da desigualdade de classes. Numa sociedade capitalista, a desigualdade Social é conseqüência dos interesses econômicos, onde tudo gira em torno do dinheiro. Isso corrompe relações humanas tais como amor, caráter e respeito.

A humilhação não parte apenas dos “mais favorecidos”, vemos também em situações cotidianas de pessoas que se envergonham quando entra em um restaurante mais requintado, pois julga suas vestimentas e educação se rebaixado ao ambiente, ou seja, as próprias pessoas já fixaram esta mentalidade de inferiorizarão e se deparam constantemente em situações de humilhação, pois já se julgam inferiores.

A humilhação social é, sem dúvida, um fenômeno histórico. A humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homens para fora do direito a casa, direito ao trabalho e direito à cidade. Mas é também de dentro que, no humilhado, a humilhação vem atacar. A humilhação assume internamente, como um impulso angustiante, o corpo, o gesto, a imaginação e a voz do humilhado. A humilhação social é fenômeno ao mesmo tempo político e psicológico, caracteriza assiduamente a psicologia do oprimido: desencadeia afetos embriagantes ou paralisadores.

No mundo em que vivemos é muito fácil perceber a grandeza da desigualdade, por todos os lados em que olhamos vemos a pobreza se alastrando em todos os países. O que dizer de uma sociedade em que poucos têm quase tudo e muitos tem quase nada, isso acaba afetando e muito a sociedade de baixa renda, pois como se portar diante de uma situação em que para sobreviver com pouco tem que submeter-se a todos os tipos de humilhação. Esse tipo de situação acontece principalmente nos bairros pobres de grandes cidades, onde pessoas de pequenas cidades migram à procura de trabalho.

Entretanto, o texto fala da vida de pessoas que vivem em grandes cidades, que no campo público, normas privatizantes ganham o caráter de hábito, a consideração da necessidade dos outros deve manter-se abaixo dos esquemas pecuniárias. Como podemos observar os direitos humanos deixam de valer como o resultado de colaboração e tornam-se tarefa do individuo isolado.

A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Invisibilidade pública, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

A invisibilidade afeta cada vez mais pessoas de baixa renda, com pouco grau de escolaridade. Isso se dá devido ao fato de se tratar de profissionais que, de certa forma, são considerados de “pouca significância”. Ledo engano. Os trabalhadores que sofrem tal tipo de preconceito prestam, em sua maioria, serviços importantes para a sociedade. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, os imigrantes têm papel importante; sem eles e sua mão de obra barata, a economia fica prejudicada. Afinal são eles os responsáveis pelos serviços de base. Porém, não tem valorização alguma.

De acordo com o texto analisado, ao longo dos últimos anos, no Brasil, tem se ampliado de maneira importante tanto o debate sobre a desigualdade social e a pobreza quanto às políticas públicas que buscam combater ou minimizar seus efeitos. A discussão acerca da magnitude de nossa desigualdade social passou a ter lugar corrente no debate público (parlamento, jornais e mídia em geral) e no debate acadêmico (publicações, grupos de pesquisa), num contexto em que diversas visões teórico-conceituais sobre tais fenômenos sociais disputam espaço explicativo. Além disso, o combate à pobreza e à desigualdade social se tornou um dos mais relevantes temas de agenda do governo federal. A tal ponto que o debate sobre as alternativas de combate à pobreza e de promoção do desenvolvimento social bem como a implementação efetiva de políticas públicas nesta área assumiram lugar de destaque, sem precedentes históricos reconhecíveis, na agenda política e de políticas públicas de nosso país.

Existem obviamente diversas alternativas explicativas para a produção e reprodução da desigualdade social e pobreza, a evolução das políticas específicas de DSCP praticadas no Brasil, ao longo dos últimos anos, e sua inter-relação com as alternativas conceituais e teóricas a respeito da desigualdade social e sua naturalização no Brasil.

Tomando como referência tais concepções, que envolvem um olhar diferenciado no tocante às origens e aos fundamentos sociais da nossa desigualdade, várias são as questões que se apresentam. Que possíveis contribuições esta nova perspectiva analítica pode trazer ao entendimento das políticas públicas de DSCP

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