A humilhação social, e a invisibilidade social
Pesquisas Acadêmicas: A humilhação social, e a invisibilidade social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 0208 • 6/9/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 2.057 Palavras (9 Páginas) • 929 Visualizações
ANHANGUERA – UNIDERP – POLO ANANINDEUA
GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL: 3° SEMESTRE
DISCIPLINA: PSICOLOGIA SOCIAL
Deyse de Fátima Henriques-RA 388792
Edna Sinara Ramos Guedes – RA 350879
Mônica Costa Pena – RA 378676
Rafaela Sales de Assunção – RA 384884
Silene Souza dos Santos-RA 350832
HUMILHAÇAO SOCIAL E A INVISIBILIDADE PÚBLICA
Professor EAD: Lindolfo A. Martelli
Ananindeua- PA
20/04/20013
Introdução
O trabalho a ser mostrado vai abordar a questão da humilhação social, e a invisibilidade social, que é caracterizado pela desigualdade de classes, por trabalhos subalternos na sociedade brasileira, com relatos de trabalhadores que passaram por essa humilhação, mostra também que a sociedade sofre com isso desde muito tempo, mas que até nos dias atuas ainda há pessoas que discriminam esses trabalhadores.
Humilhação Social
Este tema é resultado de uma pesquisa de Psicologia Social, para se analisar um problema político e psicológico, a humilhação social, que é uma modalidade de angustia, devido à desigualdade de classes, geralmente quem sofre é a classe menos favorecida economicamente, contribuindo para uma exclusão social destes.
A humilhação social não marca apenas este ou aquele sujeito mais susceptível, mas atinge, de alguma forma, todos os integrantes de determinados grupos ou classes que vivem a realidade da dominação e recebem cotidianamente uma mensagem enigmática de rebaixamento moral que eles não conseguem traduzir.
A pobreza é realidade de muitos, estes sofrem freqüentemente o impacto de maus tratos. Psicologicamente se sentem inferiores, sem direitos, que podem até falar mais que ninguém os vê ou ouvem, em muitos momentos sentem-se excluídos da sociedade em que vivem. A condição de não serem reconhecidos como seres humanos, os afeta, pois se sentem “invisíveis”, percebem-se alguns exemplos disso: os que trabalham como garis, limpadores de banheiro públicos e privados e entre outros,não são reconhecidos pelo trabalho que fazem. Esses indivíduos têm a visão de que não tem direito.
São demonstradas ao longo do texto de José Moura Gonçalves Filho várias situações de humilhação social, quando se fala do trabalhador que vem para uma cidade grande como São Paulo, em busca de uma qualidade de vida e acaba se deparando apenas com uma realidade diferente do que imaginara, com muito trabalho porque tudo depende do dinheiro e não existe a solidariedade com os outros, se não tem dinheiro, a sociedade o exclui. Diferente de do campo de onde viera, pois as pessoas se ajudavam. Com isso o trabalhador fica sujeito a ter um salário irrisório, que mal da para alimentar a família, ficando dependente dos serviços públicos, principalmente na área da saúde, que infelizmente é precário.
A discriminação sentida por esses trabalhadores mostra como o ser humano pode ser insensível e acaba causando vários problemas psicológicos pelas atitudes e gestos discriminatórios. Por mais que um trabalhador produza um objeto nem sempre este consegue obter, pelo alto custo que não cabe no seu orçamento. Devem-se implantar mais programas sociais que alcance toda a população carente combatendo também a discriminação.
A Desigualdade e a Invisibilidade Social na nossa sociedade
O referido texto aborda a desigualdade e conseqüentemente a invisibilidade social analisado pelo sociólogo Jessé de Souza (2000) (2003) (2006) e o psicólogo Fernando Braga da Costa (2004), estes autores indicam em suas obras a desigualdade social, como um acontecimento constituinte da nossa sociedade, tendo em vista obras de outros autores, que para Souza esses autores não descrevem o porquê das desigualdades no Brasil.
Autores como Sérgio Buarque de Hollanda, que para Sousa (2000, p.164), justificava que os brasileiros se constituíram a partir de maneiras herdadas dos portugueses, e Sousa (2000) que é de acordo com Gilberto Freire no que diz a respeito para a forma específica de organização da escravidão e da esfera privada, valores e normas que se tornaram dominantes na sociedade brasileira, o sofrimento desses escravos em relação aos seus senhores, este ultimo autor foi referência para Sousa.
Mesmo os autores acima relatando que a desigualdade e a invisibilidade social marcaram a sociedade em suas literaturas desde muito tempo, Sousa (2006) após de levantar dados teóricos em diversas formas e ótimos fundamentos para a sua “teoria da ação social”, era preciso quebrar certos paradigmas e encontra uma forma mais contundente em relação a desigualdade social do nosso pais, então foi juntamente com Fernando Braga da Costa (2004),que tem em seu artigo o compromisso social,que retrata a invisibilidade social, a humilhação social e a discriminação com trabalhadores, através de um método chamado etnografia, que permite a coleta de dados bem próximo do seu objeto de estudo.
O seu trabalho acadêmico se deu na Universidade de São Paulo, onde ele estudava, foi observando os garis e se passando por esse trabalhador que percebeu o quanto as pessoas desqualificam esse trabalho, como a sociedade é desumana e preconceituosa. Mas fazer parte desse compromisso social não foi nada fácil, para Freire (1998), ser comprometido com a sociedade não é tão simples e exigem requisitos, Freire diz (1998, p. 16), que:
Um deles é que o agente, promotor desse Compromisso Social, seja capaz de “agir e refletir”. Antes de o agente comprometer-se socialmente, ele precisa reconhecer o seu contexto, a sua realidade. É necessária uma reflexão desse agente “sobre si, sobre seu estar no mundo, associada indissoluvelmente a sua ação sobre o mundo”.
Para Costa (2004) a invisibilidade seria resultado do processo de humilhação social, construídos
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