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Humilhação Social E Invisibilidade Pública

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Por:   •  24/3/2014  •  1.777 Palavras (8 Páginas)  •  697 Visualizações

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Psicologia

Humilhação Social e Invisibilidade Pública

A humilhação social, é uma modalidade de angústia disparada provocada pelo impacto traumático da desigualdade das classes; e para assim explicá-la e caracterizá-la, utilizamos à investigação marxista de Marx e a psicanálise de Freud.

Entre esses pensamentos desses dois grandes nomes, os pensadores interrogaram-se sobre o livro escrito por Freud, titulado Capital e o livro de Marx O mal estar na cultura. Duas visões de mundo, um regime de investigação. Podemos dizer que há uma concorrência entre esses dois pensadores, qual ideia escolher?

Sem o problema político, humilhação não se pode nem se devem dispensar antigas companhias, pois por incrível que pareça as ideias se complementam.

O mecanismo do homem não pode ser visto como um fato natural, mas sim como fato histórico e intersubjetivo. A humilhação social tem mecanismos econômicos e inconscientes, ou seja, Marx diz que esses mecanismos ocorrem com a mercantilização das relações sociais e Freud com a formação das pressões inconscientes.

Notamos ao longo do artigo, que no mundo de hoje se você não tem dinheiro você não é nada, por isso muitas vezes notamos a cultura de certa parte da população um pouco resumida, pois muitas vezes a classe do proletariado para sobreviver vende parte de sua cultura, como rendas, toalhas entre outros por uma quantia muito baixa isso tudo para conseguirem se manter nesse mundo capitalista.

As trações dessa gente são apresentadas na sua voz, seu rosto entre outros, essa classe é desprovida, não tem benefícios, não tem direito de poder adentrar em locais mais refinados devido a sua condição financeira. Muitas vezes essa humilhação se torna tão grande, que acaba provocando no individuo da classe baixa uma indignação e acaba levando-os para o mundo do crime.

Através da participação comum e a distribuição de rendas é um possibilidade criada pela situação intersubjetiva. Ou seja, é preciso que haja algo de imparcial no mundo para que de alguma forma os bens mundanos passem a ser utilizados pela classe humilhada.

A desigualdade política sempre aparece em nossa história, desde a época da escravidão até os dias atuais. A classe do proletariado é privada de adquirir certos direitos, o que significa que os filhos dos indivíduos dessa classe vivem uma eterna angustia, pois dinheiro nesse mundo capitalista, para eles é o fim do mundo. O que podemos fazer é cobrar mais politicamente projetos sociais e de distribuição de renda de maneira controlada, para uma melhoria na vida desse povo tão oprimido.

Percebe-se no artigo lido: a desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira, da autora Ava da Silva Carvalho Carneiro, que o objetivo mais importante é analisar a desigualdade social e, sem desvincular à esse estudo, analisar também a invisibilidade social, reunindo ideias dos autores que serão citados abaixo.

Estes temas serão estudados e desenvolvidos por Jessé Souza e Fernando Braga da Costa, na formação e constituição da identidade da sociedade brasileira, os autores irão fazer um intercâmbio, uma interlocução entre a psicologia e sociologia.

Esses autores notam e apontam em suas obras que a desigualdade social é um problema ou fenômeno que ocorre na constituição do povo brasileiro.

Nota-se também que Roberto da Matta reuniu conceitos como personalismo, o familiarismo e o patrimonialismo ao estudar a sociedade brasileira para explicar o jeito de ser do povo brasileiro.

Jessé Souza provoca certos desconfortos ao dizer que obras que há décadas tem papel importante na vida social, para mostrar uma nova ordem baseada em teorias sólidas.

Ao analisarmos as informações passadas pelo artigo percebemos que a desigualdade social ocorreu e ocorre durante toda a formação da sociedade brasileira, e nota-se ainda que a invisibilidade está presente em todo esse processo, cobrindo papéis importantes nesse processo.

Percebemos por exemplo que o psicólogo Fernando Braga da Costa procurou conhecer adentramente profissões que ofereciam apenas o corpo como instrumento, ferramenta de trabalho; trabalho de profissionais que são excluídos socialmente da sociedade, por ser considerado desqualificado. Ou seja, notamos que a invisibilidade está presente na população nos trabalhos mais precários e porque não dizer nos sem nenhum tipo de valor, pois eles são humilhados, desrespeitados e até mal pagos.

Certamente a desigualdade social ocasiona a invisibilidade social, pois se você é de uma classe subalterna, de poucos recursos, passam necessidades, você é invisível para a sociedade.

Já para o sociólogo Jessé Souza apresenta e mostra teorias sólidas para explicar o Brasil e seu povo. Ele diz que não acredita que a realidade das pessoas que são socialmente humilhadas descrita como verdadeiramente é, possa definir o que é desigualdade e sua origem social.

Quando ele retorna a Florestan Fernandes (a integração do negro na sociedade de classes), ele conclui que mais desejo de raça era tornar-se gente, ser visível aos olhos da sociedade.

Concluímos então que os dois autores procuram desenvolver estratégias para se lidar com questões sociais tão frequentes em nosso dia a dia e tão complexas. Mas podemos dizer também que a sociologia foi mais a fundo para dar conta do contexto histórico, e a psicologia vai direto aos relatos de seus sujeitos.

A desigualdade social ocorreu, e ocorre durante todo o contexto histórico de formação social do país e consequentemente a invisibilidade social a acompanha. O que devemos fazer é utilizar essas ideias da Psicologia e da Sociologia pra melhorar essas questões.

Fernando Braga da Costa se utiliza de uma psicologia crítica, esta pode ser considerada que tem um compromisso social. Esta criticidade é essencial para que ele ofereça uma visão completa da invisibilidade social e das suas influências na sociedade brasileira. Para tal ele se utiliza de um método de pesquisa antropológico, a etnografia. Inserindo-se entre seus objetos de estudo os garis da USP, procurou acompanhar a rotina destes para poder caracterizar e vivenciar as dificuldades diárias de uma classe desprezada socialmente. Para compreender seu objeto de estudo ela não apenas acompanha e observa seu objeto de estudo, ele se torna um deles. A pesquisa demonstra e relata a humilhação social sofrida na pele pelo autor e pelos garis.

Costa combate a psicologia individualista e se volta para as relações interpessoais e para a comunidade em que vivem, ele também faz uma interlocução com as demais áreas das ciências

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