Histeria

Um breve histórico de história de Freud e Lacan.

A clínica da histeria configura-se umas das bases principais da psicanálise. Foi através de sua formação acadêmica na França com Charcot, e seu trabalho conjunto com Breur, que Freud vislumbrou os fenômenos da divisão psíquica, que o levaram a descoberta do inconsciente.

A psicanálise foi, desta forma, construída de forma científica, porém a descoberta freudiana acerca do peso da sexualidade no psiquismo Humano a canetou fortes obstáculos a manutenção e disseminação da psicanálise.

A iniciativa ousada de Jacques Lacan que, na década de 50, resolveu chamar a atenção de todos para o caminho da psicanálise.

Diante das mudanças sociais e tecnológicas do século vinte, a crítica feita a Freud tomou corpo, sendo que pontas mal elaboradas da teoria ou, mesmo, enganos não elucidadas s tempo por Freud passaram a ser considerados como uma prova de decadência e inutilidade da psicanálise nos tempos atuais.

Uma critica comum feita está relacionada com a patologia histérica, sendo raro, hoje se encontra as histéricas com fortes sintomas conversivos como nos tempos de Freud.

Ambas facções da Psicanálise, divididas generalistamente como Escola Inglesa (Melanie Klein, D. Winnicott, entre outros) e Escola Francesa (Lacan, F. Dolto, Maud e Octave Mannoni, etc.), tentam angariar para si o nome de Psicanálise em sua forma pura.

No que concerne aos pós-freudianos e seu domínio institucional da Psicanálise, a atitude que predominou fora a mesma de vários psicanalistas, como Jung e Adler, que questionaram a teoria freudiana enquanto Freud ainda estava vivo. Após sua morte, não havia mais a necessidade de pedir o aval de Freud para se fazer isso ou aquilo.

Psicanálise tomou um rumo, gradualmente, distanciando da proposta inicial: a compreensão da divisão psíquica, resultado de um conflito com base na sexualidade, resultando numa instância psíquica inconsciente, a qual seria o alvo da investigação psicanalítica. Tais psicanalistas acharam mais frutífero voltar sua atenção para o ego e suas

As descobertas de Freud e as contribuições de Lacan.

Freud relata como se deu sua escolha profissional e o consequente encontro com a clínica de neuroses.

Entretanto, dada sua situação financeira percaria, decidiu trabalhar no hospital como clínico. Curioso por natureza Freud passou a se interessar por um campo de estudo, ao qual antes não dava muita atenção.

Em 1885,Freud, finalmente conseguiu ir para Paris estudar na Salpetriére com o “grande Charcot”. Charcot pensava na histeria como uma doença produzida por uma representação carregada intensamente de afetos.

Outro pesquisador da época que, também causou grande impacto em Freud foi Bernheim.

Entretanto, um importante médico vienense já havia causado forte impressão em Freud, além da conquista-lhe a amizade, colaborando intelectual e, as vezes, financeira com o jovem amigo: Josef breuer, sendo que Breuer lhe relata alguns de seus casos, entre eles, aquele que seria o marco inicial da psicanálise, O caso Anna. O Breur dissera a Freud como lidava com o caso dessa jovem histérica.

Desta forma, quando Pienne Janet (que compartilhava de algumas ideias de Charcot, como ser a histeria uma doença representacional, e outras ideias similares às de Breuer e Freud, como o princípio da divisão da psíquica).

Assim, nos estudos sobre a histeria (1885/1969), Freud e Breuer introduzem suas ideias sobre a doenças, como sendo originário de uma fonte da qual o paciente conseguiam reencontrar a lembranças traumáticas, tendo assim a oportunidade de reagir a esta por suas palavras, aliviando os sintomas. Ao mecanismo de transformação dos afeitos e sintomas somáticos, os autores denominam conversão, sendo o recalcamento a defesa usada contra as representações. O método de tratamento é chamado de catártico, pois através da rememoração das representações isoladas tais afetos são ab-reagidos (descarregados), causando alívio e a eliminação dos sintomas.

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