Humilhacao Social
Ensaios: Humilhacao Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maradja • 18/5/2014 • 2.321 Palavras (10 Páginas) • 368 Visualizações
SUMÁRIO
HUMILHAÇÃO SOCIAL UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA..............1
DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA...........................................................................................3
A INVISIBILIDADE SOCIAL..........................................................................................4
CONCLUSÃO...................................................................................................................8
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................10
HUMILHAÇÃO SOCIAL UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA
Neste texto, buscamos analisar e ressaltar a experiência individual da desigualdade social, com suas implicações psicológicas, considerando o ponto de vista de quem é oprimido por essa desigualdade, por meio de relatos de pessoas que viveram e vivem essa experiência cotidianamente.
A humilhação social e a invisibilidade pública são fenômenos presentes em nosso dia a dia, a desigualdade social é a principal responsável pelas humilhações vividas por trabalhadores, sobre tudo os que compõem as camadas mais pobres da sociedade, são expostos diariamente, e vivem em uma sociedade desigual exposto a todo tipo de humilhação.
Com isso acarretam-se vários problemas na vida das mesmas, tais como físicos, sociais, políticos e psicológicos, os quais uma vez implantados dificilmente são removidos. Uma pessoa que sofre humilhações dificilmente será a mesma.
A humilhação social é tanto um problema político quanto psicológico, pois os dois contribuem para uma situação de constrangimento, onde classes trabalhadoras menos favorecidas convivem.
No caso relacionado à de um gari, quando coloca um uniforme deixa de ser visto como ser humano, as pessoas passam e ignoram as pessoas não percebem que atrás daquele uniforme sujo, há um ser humano que presta um grande trabalho para a comunidade. .
A psicologia Social deve – se apoiar em duas teorias – Social e Psicológica, uma vez que essa experiência é resultado da relação com outras pessoas, mas que é vivida interiormente pelo indivíduo. Pretende-se, portanto buscar em ambas as teorias os fenômenos que levam ao homem a “pertencer” a uma sociedade.
Mas então o que é exatamente a humilhação social? Gonçalves Filho propõe
“Sem dúvida trata-se de um fenômeno. A humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homem fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra. Mas é também de dentro que, No humilhado, a humilhação vem atacar. A Humilhação Social conhece, em seu mecanismo, determinações. Econômicas e inconscientes. Devemos propô-la como uma modalidade de angustia disparada pelo enigma da desigualdade de classes”. Como tal trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político, o humilhado atravessa uma situação de impedimento para a sua humanidade uma situação reconhecível nele mesmo- em seu corpo e gestos, em sua imaginação e voz e também reconhecível em seu mundo, em seu trabalho e bairro. (Gonçalves Filho,1998, p 15).
Entretanto o Compromisso Social só se define como tal se há um engajamento com o contexto social, dessa forma esse compromisso pode ser considerado verdadeiro, de acordo com suas causas finais.
O projeto de Costa (2004) é transformação social. Pensar em uma transformação social é perfilhar ideias como compromisso social, postura crítica.
É pensar em uma mudança das condições de vida da população brasileira, ou ao menos, em um primeiro momento, denunciar estas condições para uma sociedade que insiste em manter-se cega. Este psicólogo revela sujeitos invisíveis e uma desigualdade que insiste em manter- se invisível para tantas pessoas.
Considerações Finais
Conclui-se que na sociedade capitalista, a desigualdade social é consequência dos interesses econômicos, pois tudo gira em torno do dinheiro. O valor monetário corrompe as relações humanas, anulando conceitos como amor, caráter e respeito.
Daí a importância dos estudos de Psicologia Social, destacando a experiência da desigualdade e invisibilidade social, vivida por quem é oprimido com o intuito de conscientizar os indivíduos da origem e das consequências psicológicas dessas condições, para que a violência da humilhação social deixe de ser reproduzida e naturalizada.
Enfim de acordo com os estudos realizados, entendemos que a sociedade em si, sofre e muito com a humilhação e a invisibilidade social, no entanto pode ser vivida por muitos e percebida por poucos.
DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
O Sociólogo Jesse Souza em 2006 lançou um livro onde relata sobre a invisibilidade da desigualdade Brasileira. Segundo Souza (2000),autores da clássica sociológica Brasileira, como Sérgio Buarque De Olanda,Raimundo Faoro e Roberto Da Mata ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo Brasileiro, recaem em uma “teoria emocional da ação.”
A sociedade Brasileira é analisada a partir de noções como personalismo, o familismo e o patrimonialismo e a explicação do jeito de ser brasileiro fica reduzida a estes conceitos.
Já o psicólogo Fernando Braga da Costa relata no livro homens invisíveis: relato de humilhação social, a invisibilidade e humilhação na qual pôde sentir de perto, acompanhando o trabalho de um grupo de garis que trabalhavam na universidade de São Paulo (USP) e sofriam com humilhação social, eles não tinha em seu trabalho o reconhecimento, esses trabalhadores, cuja atividade precária (em condições precárias) é alvo de humilhação social e provoca imenso sofrimento psíquico nesses sujeitos.
Souza se esforça na busca de romper teorias clássicas da sociologia Brasileira, as ideias dominantes sobre o povo Brasileiro e o mito da Brasilidade nas ultimas décadas. Na sua obra de invisibilidade Brasileira, o autor colhe os frutos de suas construções teóricas. “A modernização seletiva” e a construção social
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