Humilhação Social
Casos: Humilhação Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: patrikinha_paty • 31/3/2014 • 814 Palavras (4 Páginas) • 307 Visualizações
Humilhação Social
A invisibilidade publica vem sempre acompanhada da humilhação social, o individuo que sofre com ela se sente rebaixado, humilhado e indigno, normalmente devido a sua profissão, ou seja por ser uma profissão braçal de caráter operante, pois são praticamente invisíveis para a sociedade e a sociedade os tratam como se estivessem isolando este trabalhador, deixando-o cada vez mais humilhado e reprimido. Por causa da desigualdade das classes sociais, a angústia é um sentimento vivenciado pela classe trabalhadora.
A sensação de estar publicamente invisível é chocante e nunca passa despercebida para quem esteve submetido ás ondas mórbidas do fenômeno. Essa invisibilidade é relacionada á pessoas que exercem uma profissão desprovida de status, glamur e reconhecimento social de baixa renumeração; As profissões que carregam este estigma da invisibilidade social, tais como: Lixeiros, garis, faxineiras, garçons, frentistas, seguranças, entre outras de caráter operacional, são vistos como inferiores, apesar de sua importância econômica.
Os trabalhadores que executam trabalhos braçais e tarefas imprescindíveis á sociedade moderna, uma categoria rotulada como inferior pelos mais variáveis motivos, geralmente não são nem percebidos como seres humanos e sim como elementos que realizam trabalhos, a que um membro das classes superiores jamais se submeteria.
Em consequência o que não é reconhecido, não é visto; E o indicador disto é o uso do uniforme o qual rotula como não pertencente á classe dominante.
Utilizamos como ponto de pesquisa a tese de doutorado do psicólogo Fernando Braga da Coata, que ao acompanhar a rotina dos garis da Cidade Universitária (USP), em sua experiência ao vestir o uniforme de gari tornou-se invisível aos seus colegas e professores, não que ele tenha sido ignorado ou menosprezado. Pior; ele nem foi visto, era como se ele nem estivesse lá.
Braga mostra que o preconceito social apaga o trabalhador do campo de visão da sociedade, e uns dos principais motivos é a questão social. O individuo já se sente excluído, prefere não manter contato com a sociedade já com medo da descriminação, pois ele mesmo já se sente inferior.
Para melhor compor esse relatório, conversamos com Luiz, 28 anos, lixeiro, natural de Alagoas; Luiz veio para São Paulo em busca de melhores condições de vida, veio atrás de emprego. Luiz relata que por não ter estudo só conseguiu arrumar emprego de lixeiro, mas logo na sequencia já diz não se envergonhar da profissão, pois é um trabalho digno e honesto. E se não fossem os lixeiros, como estaria a cidade? Mas diz se sentir mal as vezes e prefere trabalhar durante á noite.
Pergunto por que á noite?
_ Por que a noite tem “menas gente” na rua, eles olham pra gente diferente, uns parecem ter dó, outros tem desprezo, devem ser por que a gente anda sujo, mas já estou acostumado
Ou seja, o trabalhador que tem uma profissão menosprezada pela sociedade, acha que é normal ser invisível, se sente mal e angustiado, mas não vê uma perspectiva de mudança em relação as pessoas que o cercam, pois esses profissionais oferencem apenas o corpo como instrumento de trabalho.
Luiz apesar de ser jovem diz que é um trabalho duro e cansativo; tenho de recolher os lixos das lixeira
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