Humilhação social
Seminário: Humilhação social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaomarcelo • 30/9/2013 • Seminário • 1.826 Palavras (8 Páginas) • 543 Visualizações
Humilhação social
A humilhação social corresponde a um caso particularmente doloroso de angústia: um afeto mórbido derivado da exposição do homem pobre a mensagens de inferioridade social. Mensagens que lhe são assiduamente dirigidas pelos outros e pela cidade. Mensagens verbais e também mensagens mudas: são palavras ou são circunstâncias públicas que lhe parecem como o perpétuo lembrete de que não estão em casa. E neste diálogo, o autor argumenta que os temas da Psicologia Social, justamente, incidem sobre problemas intermediários, difíceis de considerar apenas pelo lado do indivíduo ou apenas pelo lado da sociedade.
Simone Weil, quando fresa Dora na Renault, anotou em seu diário de fábrica: Como eu, a escrava, posso entrar neste ônibus, usá-lo graças a meus 12 centavos como qualquer um? Se me obrigassem brutalmente a descer dele dizendo que meios de locomoção tão cômodos não são para mim, que eu só devo andar a pé acho que me pareceria natural. A escravidão me fez perder totalmente o sentimento de ter direitos. Parece um favor ter momentos em que não preciso aguentar a brutalidade humana. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis, torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.
Os pobres sofrem frequentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem: ‘Vocês são inferiores’. E, o que é profundamente grave: a mensagem passa a ser esperada. Para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam com quem quer que estejam.
Segue urgente a tarefa de superação política e psicológica da humilhação social, tarefa que é de todos nós: tarefa a que se dedicam os cidadãos pobres, pessoal ou coletivamente, consciente ou inconscientemente, reagindo isoladamente ou em grupos organizados.
Sem dúvida, trata-se de um fenômeno histórico. A humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homens para fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra. A humilhação vem atacar. Para ele, a humilhação vale como uma modalidade de angústia e, nesta medida, assume internamente – como um impulso mórbido – o corpo, o gesto, a imaginação e a voz do humilhado.
Estudantes de Psicologia Social da Universidade de São Paulo foram solicitados a uma experiência de trabalho. Deveriam assumir, por um dia, tarefas simples e subalternas, geralmente desempenhadas por cidadãos pobres. Um estudante, Fernando Braga da Costa, foi gari na Cidade Universitária, e disse haver se sentido ‘invisível’. Notou a Desaparição do homem na tarefa serviçal. Algumas estudantes foram empacotadoras em supermercado. Sentiam-se entregues ao mando e desmando. Márcia Ferreira Amêndola disse haver se sentido ‘demais visível’. Desejaram sumir, possuir alguma coisa que não fosse acessível ao comando dos outros.
O texto ressalta que a humilhação é uma modalidade de angústia que se dispara a partir do enigma da desigualdade de classes onde para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é freqüentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam com quem quer que estejam. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes, torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém ver.
Segue urgente a tarefa de superação política e psicológica da humilhação social, tarefa que é de todos nós: tarefa a que se dedicam os cidadãos pobres, pessoal ou coletivamente, consciente ou inconscientemente, reagindo isoladamente ou em grupos organizados.
Por fim, a partir da análise do autor, compreendemos que a humilhação social existe e não é necessário vivenciá-la para percebê-la que a sociedade conhece o problema mas não a enxerga pois, ideologias amplamente divulgadas tentam naturalizar essa situação e não considerá-la como uma conseqüência histórica.
Desigualdade social
É um fenômeno que ocorre em países não desenvolvidos. O conceito de desigualdade social aborda vários tipos de desigualdade, entre elas, a desigualdade de oportunidade, desigualdade de escolaridade, desigualdade de renda entre outras.
A desigualdade econômica que é a distribuição desigual de renda é imensa em no país, pois somos um m dos países mais desiguais. Sendo assim os que vêm de família de alto nível têm mais probabilidade de obter um nível de instrução, e os que têm um baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de conseguir uma posição social elevada, de exerce uma profissão de prestigio e de ser bem renumerado.
Também devemos levar em conta que as desigualdades sociais é em grande parte criada pelo jogo mercado e capital, assim como o sistema político interpõe sua autoridade de diversas formas para regulamentar e corrigir o funcionamento em que se formam as renumerações matérias e simbólicas.
A sociedade brasileira tem que ter a consciência que sem um verdadeiro Estado Democrático não haverá como combater ou diminuir a desigualdade social no Brasil.
Invisibilidade publica
É um conceito aplicado a pessoas socialmente invisíveis seja pela diferença ou pelo preconceito. Os fatores que ajudam para que a invisibilidade social aconteça são muitos entre elas: sociais, culturais, econômicos e estéticos.
A invisibilidade social pode ter conseqüências das quais provocam sentimentos de desprezo e humilhação em pessoas que com ela convivem, outra conseqüência da invisibilidade é a mobilização dos grupos de indivíduos que se organizam para conseguir “ser vistos” pela sociedade, exemplo o MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) a invisibilidade social já se estabeleceu e a sociedade se se acostumou com ela, seja passando por um morador em uma situação de rua ou ao olhar uma criança consumindo drogas é algo que circula habitualmente na vida social, precisamos não somente ver esses invisíveis, mas também nos olharmos e se colocarmos junto a eles para que assim todos o notem que eles existem e que algo deve ser feito o quanto antes.
Homens Invisiveis
No livro Homens invisíveis relatos da humilhação social, Costa (2004) trata da invisibilidade social de perto. Costa (2004) pesquisou sobre os garis que trabalhavam na Universidade de São Paulo e ao acompanhar a rotina destes garis ele pode perceber e vivenciar as dificuldades dessa atividade tão desqualificada
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