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Importância da história da educação

Abstract: Importância da história da educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/9/2014  •  Abstract  •  2.385 Palavras (10 Páginas)  •  219 Visualizações

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A Importância da História da Educação.

Quem observasse o Brasil em 1821, às vésperas da Independência, teria fortes razões para duvidar de sua viabilidade como país. Com um imenso território virgem, escassamente povoado, a antiga colônia portuguesa tinha pouco mais de quatro milhões de habitantes. Era uma população analfabeta, pobre e carente de tudo. De cada três brasileiros, um era escravo. Os ricos eram poucos e ignorantes. Os conflitos regionais ameaçavam a unidade nacional. A administração pública era lenta, corrupta e ineficiente. O que mais impressionava era o analfabetismo. Em 1818, ano do primeiro censo populacional do governo do rei D. João VI, só 2,5% dos homens adultos da cidade de São Paulo sabiam ler e escrever, o que significa que provavelmente 99% da população brasileira era analfabeta.

1808: a chegada da Família Real ao Brasil

Entre no especial que fizemos em conjunto com Laurentino Gomes e entenda a importância do ano de 1808 para o nosso país.

Num cenário assim, como construir um país viável? A surpresa é que, apesar de tudo, o Brasil conseguiu se firmar como nação independente. Hoje, ainda está longe de ser um dos melhores e mais desenvolvidos países do mundo. Mas também não se pode dizer que seja dos piores. O quadro de pobreza, desigualdade social, atraso nas leis, corrupção e ineficiência ainda representa um grande desafio aos brasileiros. Um olhar para o passado, no entanto, permite concluir que as dificuldades já foram muito maiores - e, muitas vezes, quase intransponíveis. Nesses duzentos anos, lutando contra todas as adversidades, os brasileiros conseguiram construir um país grande, integrado, de cultura bem definida, relativamente tolerante do ponto de vista racial, política e religioso. São virtudes que, se bem entendidas e utilizadas, nos ajudarão a construir o futuro. E a história serve para isso mesmo.

O objetivo da história é iluminar o passado para entender o presente e construir o futuro. Uma sociedade inculta, incapaz de estudar e analisar sua história, não consegue entender a si própria. E, nesse caso, não está apta a construir o futuro de forma estruturada. Uma visão de curto prazo, que não leva em conta as lições do passado, conduz a soluções igualmente imediatistas. Nossos problemas têm raízes profundas, que às vezes remontam a duzentos ou trezentos anos atrás. Isso não significa que o Brasil esteja eternamente condenado à corrupção ou a repetir os vícios do passado. Um país pode evoluir e melhorar, mas antes é preciso entender a origem desses problemas. Nesse quadro, investir em educação é absolutamente fundamental. Só uma sociedade culta e bem educada consegue entender a própria história - com seus defeitos e suas virtudes.

A origem da educação escolar no Brasil

A Ação dos Jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica

No Brasil segundo a historiografia tradicional, foram os jesuítas que em maior número e atuação efetiva obtiveram o resultado mais significativo porque se empenharam na atividade pedagógica, para eles considerada primordial.

Quando o primeiro governador geral Tomé de Souza chegou ao Brasil em 1549, venho acompanhado por diversos jesuítas encabeçados por Manoel da Nóbrega, apenas quinze dias depois os missionários já faziam funcionar na recém-fundada cidade de Salvador uma escola de ler e escrever. Era um inicio de um processo de criação de escolas elementares, secundárias, seminários e missões, espalhadas pelo Brasil até o ano de 1759 ocasiões em que os jesuítas foram expulsos pelo marquês de Pombal. Nesse período de 210 anos os jesuítas promoveram maciçamente à catequese dos índios, a educação dos filhos dos colonos, a formação de novos sacerdotes e da elite intelectual, além do controle da fé e da moral dos habitantes da nova terra. Era difícil a empreitada de instalar um sistema de educação em terra estranha e de povo tribal. O espírito renovar do renascimento manifestou-se com a religião com a crítica a estrutura autoritária da igreja centrada no poder papal.

A expansão da crença protestante, a igreja católica desencadeou forte reação conhecida como contrarreforma a fim de recuperar o poder perdido. As novas diretrizes tomadas no concilio de Trento (1545 – 1563) reafirmaram a supremacia papal e os princípios da fé, além de estimular a criação de seminários para formar padres. Em 1554, foi fundado o Colégio de São Vicente. Apos ensinar a ler e escrever nos colégios, os jesuítas ministravam três cursos que era o de Filosofia e Letras, consideradas secundárias e Teologia, considerado superior. Os jesuítas ficaram a frente da educação no Brasil, durante 210 anos. Nesse período, muitos colégios foram criados, além de escolas de primeiras letras.

“A origem da educação escolar no Brasil- a ação dos

jesuítas como parte do movimento da contra-reforma católica”

De inicio, podemos admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência pessoal.

A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.

O trabalho que seria a ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo que produz sua própria cultura.

Se o homem é o resultado por esse processo pelo qual constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Na realidade, não há um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para os educadores. Melhor seria referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. Ou seja, não compreendemos o homem fora de sua prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Portanto, vimos que através do trabalho, o homem atua sobre o mundo transformando-o. Cada geração assimila a herança cultural dos

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