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Inteligência Emocional e Liderança: A Importância da Competência Emocional do Líder Como Diferencial de Sucesso

Por:   •  2/11/2015  •  Resenha  •  6.019 Palavras (25 Páginas)  •  324 Visualizações

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V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2014

16 e 17 de outubro de 2014 - Rio de Janeiro, RJ

V Congresso Nacional de Administração e Ciências

Contábeis - AdCont 2014

Inteligência Emocional e Liderança: A Importância da Competência Emocional do

Líder Como Diferencial de Sucesso

Paulo Lameira Ferreira da Silva

Escola de Guerra Naval

UFRJ/COPPEAD

prpaulolameira@gmail.com

Resumo: A Liderança é alicerçada em relacionamentos interpessoais, em que o poder de

influência do líder viabiliza a construção do caminho para se alcançar os objetivos. Esses

relacionamentos são permeados de emoções, sejam do próprio líder, sejam de seus liderados.

O objetivo deste trabalho é identificar a importância do papel da Inteligência Emocional (IE)

do líder como diferencial no desempenho da sua Liderança, especificamente no que tange à

competência emocional como fator para o sucesso. IE é a capacidade de perceber os próprios

sentimentos e os dos outros, de motivar a si mesmo e de gerenciar bem as emoções dentro de

si e nos próprios relacionamentos. O líder emocionalmente competente possui habilidades

emocionais para identificar, utilizar, compreender e administrar as emoções, tanto as suas,

quanto as dos outros, permitindo estabelecer relacionamentos saudáveis que possibilitam a

sua influência interpessoal no desempenho de uma liderança de sucesso. Por fim, através de

uma pesquisa de campo, foi identificado um diagnóstico das habilidades emocionais dos

Aspirantes do 4º ano da Escola Naval, do ano de 2014, ilustrando um possível índice das

habilidades emocionais da turma, comparando-o com o padrão estabelecido para um líder

emocionalmente inteligente, de acordo com o modelo teórico proposto.

Palavras-Chave: Inteligência Emocional. Liderança. Competência Emocional. Emoções.

Área Temática: Gestão de Pessoas

V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2014

16 e 17 de outubro de 2014 - Rio de Janeiro, RJ

1 Introdução

Historicamente, a Liderança sempre esteve presente na vida do homem. Moisés,

líder hebreu que viveu por volta dos séculos XIV e XIII a.C, conduziu milhares de pessoas

através do deserto para chegar à Canaã, a chamada Terra Prometida. Jesus de Nazaré, que

segundo Jones (2006) é o “maior líder que já existiu”, transformou e marcou a história com

seus princípios de Liderança. Líderes como Alexandre, o Grande, Dwight D. Einsenhower,

dentre tantos outros, possuíam um traço comum: o poder de influenciar.

Porém, o poder de influência é uma reação, que tem sua origem na interação das

pessoas através dos relacionamentos. Saber se relacionar com as pessoas de maneira saudável

produz influência, sem a qual a Liderança eficaz torna-se impossível. E todo relacionamento

entre pessoas, para ser saudável, requer uma boa dose de equilíbrio das emoções de ambos os

lados.

Nas últimas décadas, a definição do que significa ser inteligente vem sendo

repensada. Segundo os pressupostos teóricos que serão abordados a seguir, o desempenho

humano (pessoal e profissional) é determinado não apenas pelo QI, mas principalmente pela

IE. A IE não é genética, mas consiste em habilidades que podem ser aprendidas no decorrer

da vida, através de treino e esforço.

2 Definição de Inteligência Emocional

Segundo Daniel Goleman, PhD, formado pela Universidade de Harvard, IE é a

“capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós

mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”

(GOLEMAN, 2001, p. 337). Para o autor existem dois tipos distintos de inteligência, a

emocional e a intelectual, que expressam as atividades de diferentes partes do cérebro.

Antes de prosseguir este artigo, faz-se necessário conceituar três importantes

termos que estão intimamente ligados e são muitas vezes confundidos: afeto, emoções e

sentimentos. Robbins (2010, p. 92) descreve “afeto” como um “termo genérico que abrange

grande número de sensações experimentadas pelas pessoas”. Para ele, “emoções” são

“expressões afetivas intensas dirigidas a alguém ou alguma coisa”. Por sua vez, “sentimentos”

são “estados afetivos menos intensos e mais duráveis do que as emoções e que geralmente não

requerem um estímulo contextual para se manifestarem” (ROBBINS, 2010, p. 92). Para esse

autor, as emoções são reações a uma pessoa ou evento. Os sentimentos, por outro lado, não

são normalmente dirigidos a uma pessoa ou evento. Mas as emoções podem se transformar

em sentimentos quando se perde o foco do evento ou objeto que ativou

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