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Introdução estagio escolar

Por:   •  16/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  461 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

         A principal ferramenta de trabalho do psicólogo é a observação, com ela é possível pontuar, delinear e analisar o comportamento. A coleta de dados tem como objetivo descrever o comportamento do sujeito observado em seu ambiente natural sendo esse físico ou social. A observação irá registrar os contatos do sujeito com objetos ou pessoas em suas relações sociais ou interpessoais, verbal ou não verbal (Danna e Matos, 1999).

         A Observação Participante (OP) é um tipo de pesquisa qualitativa originada da antropologia e da sociologia com o intuito de avaliar “sociedades primitivas”. Consiste em observar os sinais de comunicação não verbais (expressões faciais, gestos e posturas), e sinais de comunicação verbais (brincadeiras e a relação entre os componentes do grupo, por exemplo), sendo que para esse tipo de observação não existe um método recomendado como o melhor ou o pior. (Ludké & André, 1986).

         Na Observação Participante, geralmente, o pesquisador desenvolve sua investigação em três fases. A primeira é aquela que é feita a escolha do local que será feito o trabalho e o estabelecimento do grau de contatos para a entrada em campo. A segunda consiste em uma busca mais sistemática dos dados que o próprio pesquisador selecionou como mais importante para compreender e estudar melhor o fenômeno em questão. Na terceira fase, o pesquisador fica na tentativa de encontrar os princípios subjacentes do fenômeno e de situar descobertas em um contexto mais amplo. (Ludké & André, 1986).    

         O tempo de duração da participação, ou seja, a decisão sobre a extensão do período de observação deve depender do tipo de problema que está sendo estudado e do propósito de estudo. Pode-se dizer que quanto mais curto for o tempo (período) de duração, maior a probabilidade de conclusões precipitadas, que comprometem a validade do estudo. (Ludké & André, 1986).

         Segundo Ludké e André (1986), o observador no caso tem um papel muito delicado, pois ele precisa ter algumas habilidades para conseguir desenvolver esse trabalho. Por exemplo, ele deve ser capaz de tolerar ambiguidades, ter responsabilidade própria, inspirar confiança, sensível a si mesma e aos outros, madura e consciente, deve ser pessoalmente comprometida, autodisciplinada e manter sigilo sobre as informações do grupo trabalhado.

         A Observação Participante envolve quatro tipos de observadores, os quais são diferenciados quanto ao grau de explicação do seu papel e dos seus propósitos de estudo (“total explicação” até “não revelação”), e quanto ao grau de participação (“total imersão na realidade” até “total distanciamento”). “Participante total” é o tipo de observador que não revela absolutamente nada sobre sua identidade e seu propósito de estudo ao grupo, se tornando um membro desse grupo para se aproximar o máximo possível da “perspectiva dos participantes”. O “participante como observador” é aquele que não oculta totalmente sua identidade e revela apenas parte do que pretende, mas não deixa totalmente claro. O “observador como participante” revela toda sua identidade de pesquisador e seus objetivos desde o inicio. Dessa forma, ele pode ter acesso a variadas informações (até mesmo confidencias) pedido a cooperação do grupo. Lembrando que, mesmo revelando seu papel, o observador como participante interage com o grupo estudado. “Observador total” é tipo de pesquisador que fica distante do seu grupo, não interagindo de forma alguma com eles, podendo desenvolver sua atividade sem ser visto, ou estar na presença mais sem se envolver com as pessoas estudadas. (Junker, 1971 apud Ludké & André, 1986).

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