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L. S. VYGOTSKY: LÍNGUA E CONSTRUÇÃO SOCIAL DA CONSCIÊNCIA

Por:   •  6/2/2019  •  Resenha  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: Tópicos em Linguística

PROFESSORA: Edilane Ferreira

ALUNO: Aldrin Matheus Furtado Jatobá

DATA: 30/03/2016

SOUZA, S. J. E. L. S. Vygotsky: linguagem e construção social da consciência, In Infância e linguagem – Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. São Paulo : Papirus, 2003.

L. S. VYGOTSKY: LÍNGUA E CONSTRUÇÃO SOCIAL DA CONSCIÊNCIA

Vygotsky e a crítica à psicologia contemporânea

O texto inicia-se com uma descrição das principais críticas feitas por Vygotsky as correntes psicológicas contemporâneas para elaboração de sua teoria. Segundo o que foi exposto, Vygotsky conclui que as correntes naturalistas e idealistas estudam o pensamento e a linguagem sem ter em conta o processo sócio-histórico de seu desenvolvimento  e seu objetivo é o de acabar com a dicotomia dos estudos psicológicos, ciência natural X ciência mental, construindo uma nova psicologia fundamentado no materialismo histórico e dialético. (Pág. 124)

O signo como instrumento da consciência

Neste tópico, o conceito principal de Vygotsky é apontado, o conceito de mediação. Considerando que toda fenômeno tem sua história, história esta que é marcada por mudanças quantitativas e qualitativas, Vygotsky percebeu que o homem interagia com o meio e participava da história através do uso de instrumentos e de signos criados pela sociedade no decorrer da história humana. Essa mediação através dos instrumentos é fundamental para que o homem possa intervir na realidade. (Pág. 125)

Linguagem, consciência e ideologia

A importância da linguagem no desenvolvimento das estruturas psicológicas superiores é então pontuada. Para Vygotsky, a história e a cultura e todo conhecimento que provém delas é internalizado pelo homem através da linguagem. Ou seja, é  na interação com outros homens, utilizando-se de signos, que o sujeito internaliza o que foi apreendido e passa a construir suas próprias ideias. Nesse ponto, o texto traz um paralelo entre Vygotsky e Bakhtin, pois ambos dão valor fundamental à palavra como o modo mais puro da interação social. Para Vygotsky, a palavra é o signo que fará parte do pensamento e da verbalização da linguagem, é o que garante a mediação entre o homem e seu meio; já para Bakhtin, a palavra além de instrumento da consciência, é também a matéria fundamental para criação ideológica. (Págs. 125; 126).

As raízes genéticas do pensamento e da palavra

Segundo o texto, o objetivo principal de Vygotsky foi elabora uma compreensão da palavra e do pensamento como conceitos que se relacionam e interagem entre si, pois para ele o pensamento forma a linguagem e esta forma o pensamento. Essa relação é tida como um produto do desenvolvimento da consciência humana, com raízes genéticas distintas, mas que em determinado momento do desenvolvimento (aproximadamente aos dois anos de idade) se complementam e se modificam entre si. (Pág. 127).

O significado da palavra: unidade é transformação

De acordo com o pensamento vygotskyano, a criança nos primeiros meses de vida não consegue verbalizar o que se passa em sua mente, nem transformar a palavra em pensamento, significar o mundo à sua volta. Porém, depois chegará o momento em que este pensamento se tornará verbal e a fala racional. Para Vygotsky, a palavra e seu significado é o elemento básico do pensamento verbal:

“O significado de uma palavra representa um amálgama tão estreito do pensamento e da linguagem, que fica difícil dizer se se trata de um fenômeno da fala ou de um fenômeno do pensamento. (Vygotsky, 1987, p. 104).

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