Liderança - Robbins (cap11)
Trabalho Escolar: Liderança - Robbins (cap11). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaanunes • 11/6/2014 • 1.912 Palavras (8 Páginas) • 3.013 Visualizações
ROBBINS, S.P. (2005). Capítulo 11: Abordagens básicas sobre liderança. In: Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall
Resenhado por:
Rafael Nunes
Universidade de Brasília
Comportamento Humano no Trabalho
Liderança e Administração são dois termos que costumam ser confundidos. Podemos afirmar que Administração diz respeito ao enfrentamento da complexidade. Uma boa administração traz ordem e consistência por meio da elaboração de planos formais, do projeto de estruturas organizacionais rígidas e da monitoração dos resultados em comparação com os planos. O administrador utiliza a autoridade natural de sua posição na organização para obter o comprometimento dos membros. A Liderança, por outro lado, diz respeito ao enfrentamento da mudança. Os líderes estabelecem direções através do desenvolvimento de uma visão do futuro; depois, engajam as pessoas comunicando-lhes essa visão e inspirando-as a superar os obstáculos.
Podemos então afirmar que a administração consiste na implementação da visão e da estratégia oferecida pelos líderes, coordenando a organização e fornecendo-lhe recursos.
A Liderança é definida como a capacidade de influenciar um grupo para alcançar as metas. A origem dessa influência pode ser formal, como a que é conferida por um alto cargo na organização, ou informal, como no caso dos líderes carismáticos, que nem sempre estão posicionados como líderes nos quadros hierárquicos.
É importante comentar que nem todos os líderes são administradores e nem todos os executivos são líderes, pois o fato das organizações conferirem aos executivos alguns direitos formais não lhes assegura a capacidade de liderança eficaz. A capacidade de influenciar os outros, que emerge fora da estrutura formal, geralmente é tão importante, ou até mais, do que a influência formal.
As organizações precisam tanto de liderança, quanto de administração fortes para atingir sua eficiência ótima. No mundo dinâmico de hoje, precisamos de líderes que desafiem o status quo, criem visões de futuro e sejam capazes de inspirar os membros da organização a querer realizar estas visões. Também precisamos de executivos para elaborar planos detalhados, criar estruturas organizacionais eficientes e gerenciar as operações do dia-a-dia.
A confiança parece ser um atributo essencial associado à liderança. Quando esta confiança é perdida, o desempenho do grupo pode sofrer efeitos graves. A honestidade e a integridade estão entre os seis traços que são associados consistentemente à liderança. Não se pode liderar pessoas que não confiam em você;
Quando os liderados confiam em seu líder, estão dispostos a se colocar em vulnerabilidade em razão das ações dele – sob a crença de que seus direitos e interesses não serão prejudicados. As pessoas não seguem, nem buscam orientação de alguém que elas percebem como uma pessoa desonesta, ou capaz de levar vantagem sobre elas.
A honestidade, inclusive, é apontada consistentemente como a principal característica admirada em um líder.
Os seguidores da Teoria dos Traços diferenciam líderes de não-líderes com base nas qualidades e características pessoais. Desta forma as pessoas são identificadas como líderes e descritas usando-se termos como carismáticos, entusiastas e corajosos. As teorias dos traços no estudo da Liderança baseiam-se nas características pessoais (traços) do líder.
Esta procura por traços sociais, físicos, intelectuais, ou de personalidade que possam descrever os líderes e diferenciá-los remonta à década de 1930. Muitas dessas pesquisas para identificar os traços acabaram sem resultados satisfatórios, mesmo nos anos 90, depois de muitos estudos e análises, o máximo que se poderia dizer é que os sete traços seguintes pareciam diferenciar os líderes dos não-líderes: ambição e energia, desejo de liderar, honestidade e integridade, autoconfiança, inteligência, elevado auto monitoramento e conhecimentos relevantes para o trabalho. Mas essa capacidade de prever a liderança a partir destes traços continua modesta.
Surgiu certa novidade quando os pesquisadores começaram a organizar os traços com base no modelo Big Five de personalidade. O que ficou claro é que a maioria dos vários traços identificados podia ser incluída em cada uma das dimensões daquele modelo e que o modelo dava forte apoio e consistência aos traços como previsores de liderança.
Com base nas últimas descobertas chegamos a duas conclusões: os traços podem identificar a Liderança; e os traços funcionam melhor para prever o surgimento da liderança, do que para distinguir entre líderes eficazes e ineficazes, ou seja, o fato de um indivíduo apresentar determinados traços e ser considerado um líder pelos demais, não significa, necessariamente que ele será bem sucedido em liderar seu grupo e alcançar os objetivos.
O modelo de personalidade de cinco fatores, ou mais comumente chamado de Big Five, foi o teste realizado por John Bearden e que levou a repensar a maneira de gerir pessoas.
Um número considerável de pesquisas indica que as cinco dimensões descritas nesse modelo dão base para todas as outras e englobam as mais significativas variações na personalidade humana.
Os cinco fatores são:
• Extroversão: refere-se ao nível de conforto de uma pessoa com seus relacionamentos. Os extrovertidos costumam ser gregários, afirmativos e sociáveis;
• Amabilidade: refere-se à propensão de um indivíduo em acatar ideias dos outros. Pessoas muito amáveis são cooperativas, receptivas e confiantes;
• Consciência: essa dimensão é uma medida de confiabilidade. A pessoa altamente consciente é organizada, confiável e persistente;
• Estabilidade emocional: refere-se à capacidade de uma pessoa para enfrentar o estresse. Pessoas com estabilidade emocional positiva costumam ser calmas, autoconfiantes e seguras;
• Abertura para experiências: refere-se aos interesses de uma pessoal e seu fascínio por novidades. Estas pessoas são criativas, curiosas e artisticamente sensíveis.
Do final dos anos 40 até a década de 60 os pesquisadores começaram a analisar o comportamento exibido por certos líderes e procuraram descobrir se havia alguma coisa específica na maneira de se comportarem (Teorias Comportamentais).
A diferença entre as abordagens dos traços e a comportamental, em termos de aplicabilidade, está em suas premissas básicas. Enquanto que
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