MOVIMENTO LGBT NA LUTA CONTRA AS HOMOFOBIAS
Por: dayanegoulart • 22/7/2019 • Trabalho acadêmico • 5.542 Palavras (23 Páginas) • 244 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTE
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
ALINE KAORI MITRUT KAWAMATA
DAYANE GOULART DE ANDRADE LIMA
GUSTAVO HENRIQUE CARNEIRO
MOVIMENTO LGBT NA LUTA CONTRA AS HOMOFOBIAS
MARINGÁ
2018
ALINE KAORI MITRUT KAWAMATA
DAYANE GOULART DE ANDRADE LIMA
GUSTAVO HENRIQUE CARNEIRO
MOVIMENTO LGBT NA LUTA CONTRA AS HOMOFOBIAS
Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia, como requisito para cumprimento das atividades exigidas na disciplina de Psicologia Social.
Orientação: Profª. Drª. Daniele de Andrade Ferrazza.
MARINGÁ
2018
SUMÁRIO
- Introdução…………………………………………………………………3
- Movimento LGBT na luta contra as homofobias…………………………4
2.1. História do movimento LGBT………………………..……………...4
2.2. Políticas públicas……………………………………………………..5
2.3 Dados e discussões…………………………………………………....7
2.4. Documentário………………………………………………………...9
2.5. Dinâmica………………………………………………………...….12
2.5.1. Método………………………………………………………..12
2.5.2. Aplicação da dinâmica………………………………………..12
2.5.3. Discussão e resultados………………………………………...13
3. Considerações Finais……………………………………………………..16
4. Bibliografia……………………………………………………………….17
INTRODUÇÃO
O movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) surgiu no fim da década de 1960 como forma de resistência à ataques e discriminação que vinham sofrendo desde sempre. Aos poucos o movimento foi conquistando direitos, mesmo passando por muitas adversidades. Com a perda do respaldo científico que patologizava essas formas não-hegemônicas de sexualidade e a sucessiva garantia de igualdade de direitos pela lei, a comunidade LGBT vem se tornando cada vez mais validada.
Apesar dessas conquistas, a homo-lesbo-bi-transfobia continua existindo e, consequentemente, matando, discriminando e reprimindo pessoas, se pautando muitas vezes na religião e na tradição familiar. O preconceito culmina nos crimes contra a integridade física e psíquica de LGBTs, que podem acabar mortos apenas por não seguirem o padrão heteronormativo que cerceia a liberdade de se comportar, se relacionar e se expressar de maneiras marginalizadas por uma longa tradição da família nuclear cristã. A omissão da sociedade contribui para que tais crimes aconteçam, pois legitimam o pensamento de que direitos LGBT não são direitos humanos e pavimentam o caminho de pessoas que vão destilar ódio diretamente, seja por meio de palavras, ou de ações.
A luta do movimento LGBT também é interna, pois diferentes siglas possuem diferentes vivências e o que partes do movimento conquistou, não contempla toda a diversidade dessa comunidade. É o que pode ser dito de pessoas transgêneros (Travestis e Transexuais) que ainda sofrem uma estigmatização brutal, muito perceptível nas estatísticas. O mesmo pode ser dito de pessoas que se encaixam em mais grupos minoritários, como LGBTs negros e mulheres lésbicas e bissexuais que muitas vezes acabam não sendo contemplados(as) pelas conquistas do movimento, ou até mesmo sofrendo preconceito dentro da própria comunidade. Enquanto isso, homens gays cisgêneros brancos e de classe média ou alta com corpos dentro dos padrões de beleza, encontram um lugar em ambiente dominados por heterossexuais, ou ganham mais visibilidade na mídia, de modo que a discrepância de privilégios em relação a outras minorias é visível.
MOVIMENTO LGBT NA LUTA CONTRA AS HOMOFOBIAS
O que vão dizer de nós?
Seus pais, Deus e coisas tais
Quando ouvirem rumores, do nosso amor
Baby, eu já cansei de me esconder
Entre olhares, sussurros com você
Somos dois homens, e nada mais
Eles não vão vencer
Baby, nada há de ser, em vão
Antes dessa noite acabar
Dance comigo, a nossa canção!
2.1. História do movimento LGBT
Historiadores e pesquisadores afirmam que a homossexualidade foi aceita em diversas civilizações ao longo da história, porém no decorrer desse tempo, em muitos lugares do mundo, a comunidade LGBT foi constantemente violentada, torturada, perseguida e morta diante de um contexto de violência institucional; comunidades terapêuticas que visavam uma suposta cura gay; ilegalidade da homossexualidade; Esses episódios podem ser ilustrados diante de fatos históricos, como por exemplo o nazismo, onde os homossexuais eram perseguidos e levados a campos de concentração para serem mortos. Diante desse momento eram identificados a partir de um símbolo e cores (triângulo rosa: homossexuais, triângulo rosa/amarelo: homossexuais judeus; triângulo preto: mulheres “associais”).
Diante de um contexto de enfrentamento de um sistema jurídico anti-homossexual, por volta dos anos 50 e 60, o movimento LGBT surge como resistência e oposição e como marco do surgimento do movimento é possível citar rebeliões, que aconteceram no mundo e no Brasil, motivadas por batidas recorrentes em espaços sociais freqüentados pela comunidade LGBT. Em 28 de Junho de 1969, em NY, Estados Unidos, ocorre a rebelião de Stonewall que durou seis dias e determinou as bases do movimento pelos direitos LGBT e ficou conhecido como marco zero do movimento de libertação gay e a luta contemporânea pelos interesses LGBT no Estados Unidos e no mundo.
Já no Brasil, o movimento surge em plena ditadura em torno dos anos 70 como forma de oposição e denúncia de abusos sofridos pela parcela LGBT. Aconteciam reuniões em espaços sociais denominados “guetos”, onde circulavam publicações com pautas de reivindicações de LGBTs, que serviram de referência na fase de organização inicial.
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