Manicômios, Prisões e Conventos
Por: Rodrigues.07 • 26/8/2016 • Resenha • 937 Palavras (4 Páginas) • 364 Visualizações
ERVING GOFFMAN: MANICÔMIOS, PRISÕES E CONVENTOS
GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 7. ed. 1. reimp. Tradução de Dante Moreira Leite. São Paulo: Perspectiva, 2007.
Inicialmente em sua introdução Goffman conceitua uma instituição geral da seguinte maneira “são locais, tais como salas, conjuntos de salas, edifícios ou fábricas em que ocorre atividade de determinado tipo” (GOFFMAN, Erving-pág.15).
No meio sociológico não há uma unanimidade para o conceito dessas instituições, já que algumas são de livre acesso ao público e outras tem algum tipo de restrição que torna o acesso limitado.
Todas as instituições têm tendência de serem fechadas, umas mais outras menos. Algumas, que são denominadas pelo autor de totais, que tem características próprias, por exemplo muros altos, grades, arames farpados, portas isoladas e etc.
As instituições podem ser divididas em cinco partes. A primeira, tratam daquelas que cuidam de pessoas, sendo consideradas incapazes e inofensivas. A segunda é aquela que cuida dos incapazes de exercerem por si mesmos os atos. A terceira protege a comunidade de perigos intencionais, não trazendo problemas imediato. A quarta instituição realizam algum tipo de trabalho, e a quinta são aquelas que servem de refúgio para o mundo, que também servem de locais de instruções religiosas.
Nos grandes estabelecimentos atuais encontra-se características dos estabelecimentos em discussão, já que os refeitórios e recursos de distração encontra-se na grande maioria desses estabelecimentos.
Nas instituições totais há uma organização que se divide em o grupo controlado, ou seja, os internos, e o pequenos grupos responsável por vigiar e controlar esses internos. Os internos normalmente não têm contato com o mundo exterior e os que os vigiam sempre tem um horário pré-determinado para ali permanecer e depois saem para o mundo externo.
Dentro destes estabelecimentos o grupo que é responsável por vigiar os internos veem estes como pessoas que não merecem confiança, e se acham superiores, já os internos se sentem inferiores e fracos, e tem a visão de que quem os vigiam são autoritários.
Normalmente o tom de voz na comunicação entre os dois grupos são especiais, bem como com as informações, já os internados não sabem de nada que os diretores dos locais fazem, nem mesmo sobre os planos para o futuro dos internos.
O interno quando sai do internato fica “desculturado”, ele se torna incapaz de enfrentar problemas da vida. O processo de morte do eu dos internos mostram-se padronizadas nas instituições totais. A barreira que essas instituições colocam entre o interno e o mundo exterior é a primeira mutilação do eu.
Outro passo para mutilar o eu é privar o internado novato das visitas e posteriormente de seus bens. Outra maneira de matar o eu é colocar regras humilhantes, como na prisão que os presos são obrigados a curvar-se para apanhar.
Lado outro, os internos são obrigados a conviver com as sujeiras, e nos manicômios a tomar remédios forçadamente. As instituições totais muitas vezes parecem um lugar para acumular internos.
Os dirigentes desses locais têm alguns preferenciais, por exemplo as funerárias dos manicômios, os trabalhadores preferem carregar os caixões de pessoas magras ao invés de pessoas magras, já que os magros têm mais facilidade em carregar.
Outra característica dessas instituições são as regras, nas quais violadas geram algum tipo de punições, em diferentes modalidades, militares, civis e etc.
Nos hospitais observam-se muitas substituições, por exemplo nas enfermarias os pacientes usam jornais para servirem como travesseiros, já que as camas são duras e não tem travesseiro.
O uso mais comum dos hospitais é como exploração de alguma tarefa. O hospital central era devido três pontos, assim como a maneira desses estabelecimentos.
Em primeiro lugar estava fora dos limites do hospital. Em segundo lugar um local de vigilância em que os pacientes não precisavam de uma desculpa para ficar. E por fim o espaço não regulado pelo administrador.
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