Matrizes do Pensamento Psicológico Existencial
Por: Naila Rayanne • 22/4/2020 • Trabalho acadêmico • 4.992 Palavras (20 Páginas) • 1.069 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS Estudo Dirigido I – Matrizes do Pensamento Psicológico Existencial |
1. Discorra sobre os principais conceitos do Humanismo.
R.: O humanismo foi um movimento intelectual iniciado no século XV que rompia com a influência predominante da Igreja e pensamento religioso na idade média, surgiu na Itália com o Renascentismo e se logo espalhou pela Europa. O Teocentrismo, até então predominante perde seu lugar para o antropocentrismo e o homem passa a ser, então, o principal objeto de foco. De um modo resumido, o humanismo significa a valorização do ser humano e sua condição humana acima de tudo. Tem haver com compaixão, generosidade e preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.
2. Discorra sobre a relação entre a Psicologia e o Humanismo.
R.: A psicologia, que tem como foco o estudo da alma do indivíduo adota, no final da década de 50, através de teóricos como, Abraham Maslow, Carl Rogers e outros o humanismo como base filosófica para seus estudos e atendimentos psicológicos, se tratando de uma abordagem que considera o ser humano como um todo, incluindo assim, sua saúde, criatividade e individualidade.
3. Apresente as principais características da Psicologia Humanista.
R.: A Psicologia Humanista tem como principal característica o fato de considerar o ser humano como um todo além da soma de suas partes, exalta a saúde mental e todos os atributos positivos da vida. Aposta em um atendimento personalizado e multidimensional, pois considera cada ser humano como único, decorrente de suas vivências e percepções de mundo.
4. Diferencie a pesquisa fenomenológica da pesquisa empírica dentro da Psicologia.
R.: A Pesquisa fenomenológica, por ser extremamente ampla, engloba condutas tanto racionais quanto emocionais, seu campo de atuação apresenta um dinamismo característico que eleva a essência, busca afastar o naturalismo, e desconhece preconceitos.
A pesquisa empírica é a busca de dados relevantes e convenientes obtidos através da experiência, da vivencia do pesquisador. Tem como objetivo chegar a novas conclusões a partir da maturidade experimental dos outros.
5. Discorra sobre o Existencialismo e seus principais conceitos.
R.: O existencialismo foi um movimento filosófico-cultural surgido entre as duas guerras mundiais no eixo França-Alemanha. Seu grande representante é Jean Paul Sartre. Este movimento da filosofia destaca o ser humano individual como criador do significado da sua vida, busca o conhecimento da realidade através da experiência imediata da própria existência. Os existencialistas não concordam que o indivíduo seja uma parte do todo, são antes da opinião de que cada ser humano é uma integridade livre por si mesma. A existência própria de uma pessoa é o que define a sua essência e não uma condição humana geral.
6. Discorra sobre a influência do Existencialismo na Psicologia.
R.: A psicoterapia existencial possui como objetivo a sustentação da questão sobre o poder-ser próprio do Daisen (ser-aí) e sobre suas novas possibilidades. A Daseinanalyse também é chamada de Análise Existencial, os terapeutas preferem utilizar o primeiro termo para se referir à abordagem baseada no pensamento de Martin Heidegger. A análise do Daisen refere-se à ontologia das estruturas existenciais que constituem o homem enquanto ser. O eixo Heidegger-Binswanger-Boss pode ser considerado a principal via que liga a filosofia do existencialismo à psicologia, e é o mais importante centro de irradiação intelectual.
7. Discorra sobre a afirmação: todo homem é condenado à liberdade.
R.: Segundo Jean Paul Sartre, o homem é condenado á liberdade pois tão logo chega ao mundo e já torna-se responsável por tudo o que faz. Tem a ideia principal de responsabilizar o homem por seus próprios atos expondo a ideia de liberdade como um aprisionamento do ser, já que o homem é o único ser capaz de criar o nada. Desta forma gera no homem a angústia de saber que nada o impede de voltar atrás, e arcar com sua própria liberdade. Assim, condenados a uma liberdade insatisfatória, jamais alcançando o que realmente desejamos, sendo portanto uma liberdade irrealizável.
8. Discorra sobre o conceito: intencionalidade da consciência.
R.: Intencionalidade é um conceito filosófico recuperado por Fraz Brentano na escolástica, uma subcategoria dentro da filosofia medieval para definir o estatuto da consciência, qualificada por estar dirigida para algo, ou de ser acerca de algo, possuída pela maior parte dos nossos estados conscientes. O termo foi mais tarde usado por Edmund Husserl, que defendeu que a consciência é sempre intencional. A intencionalidade distingue a propriedade do fenômeno mental: ser necessariamente dirigido para um objeto, seja real ou imaginário.
10. Discorra sobre a proposta epoché.
R.: A epoché, conceito chave na fenomenologia contemporânea, deriva da formulação muito antiga oriunda do ceticismo grego. Significa a suspensão de juízo, “colocar em parênteses”, é a atitude de não aceitar nem negar determinada proposição ou juízo explorando o quanto não sabemos para melhor atingirmos a imperturbabilidade; seria a maneira de olharmos o enigma e o mistério sem resolvê-los, ao contrário, protegendo-os.
11. Discorra sobre a crítica de Husserl às ciências naturais.
R.: Para Husserl , não podemos inferir uma lei geral partir da observação de casos particulares e da constatação de sua regularidade ( afinal, dos fatos não podemos extrair “evidências absolutas”, a coisa e o mundo em geral não são apodíticos.)
12. Discorra sobre o dilema epistemológico da Psicologia Humanista.
R.: Apresentando sua versão do objeto da Psicologia como dotado de um nível de liberdade, criatividade e pró-atividade, os principais representantes da Psicologia Humanista se recusaram a abandonar o método experimental, proclamando a sua abordagem como aderida à ciência moderna. Assim inauguraram um novo dilema, que tem acompanhado a história da Psicologia Humanista: deveria esta manter sua adesão ao método científico que não se adequa a seu objeto de pesquisa ou transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la à sua imagem de ser humano? A Psicologia Humanista herdou este dilema em um formato particular, que acompanha a história da abordagem desde o seu surgimento. Tendo se decidido programaticamente a não aceitar a distorção da imagem de ser humano para adequá-lo ao método científico, ela no entanto proclamou igualmente sua adesão ao projeto da ciência moderna. Assim, a Psicologia Humanista historicamente não consegue se decidir entre manter sua adesão ao método científico – que não se adequa a forma como define seu objeto de pesquisa nem a maioria de seus interesses principais de investigação – ou buscar transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la à sua imagem de ser humano.
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