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Metodologia de Pesquisa em Psicologia - Capítulos 1 e 2 - Questões de Revisão

Por:   •  12/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  2.249 Visualizações

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1 – O método científico apresenta, como pontos principais, a utilização de testes para verificar o conhecimento adquirido empiricamente, ou seja, através da experiência, e também um constante nível de dúvida quanto aos resultados obtidos afim de que não sejam feitas generalizações ou conclusões precipitadas do fato em estudo.

2 – Os primeiros psicólogos utilizaram o empirismo para estabelecer a Psicologia, pois na época esta era um subcampo da Filosofia, como uma ciência. Visto que o método científico requer o contato experimental com os objetos de pesquisa, viram na análise do comportamento a porta de entrada destes estudos ao mundo da ciência. A partir disto, testes com animais tornaram-se frequentes para o estudo de sensação, percepção e aprendizagem.

3 – Como o behaviorismo afirmava que a mente humana era uma caixa preta que, em decorrência de estímulos, produziria respostas, ao surgirem os primeiros computadores essa metáfora foi reforçada. O comando realizado nele (input) foi relacionado aos estímulos captados pelos animais, o que produziria uma certa resposta (output) na máquina e nos seres vivos. Além disso, as evoluções tecnológicas tornaram possível uma maior análise do Sistema Nervoso e das funções cerebrais, o que contribuiu significativamente nos estudos psicológicos acerca da apreensão de conhecimento.

4 – No geral, as ciências são influenciadas pelo Zeitgeist (espírito da época) em suas ideias. Na Psicologia, isto é verificado pela frequente análise de temas atuais, como a relação entre o isolamento social e avanços tecnológicos, o que é muito discutido pela população em geral. Além disso, a forma que a sociedade lida com os resultados de pesquisas é um fator relevante para a ciência. Exemplificando, temos o caso da publicação de um estudo que afirma que o abuso sexual na infância não causa danos ao indivíduo, visto como um argumento a favor da pedofilia e duramente criticada pela sociedade.

5 – Kohlberg, ao elaborar sua Teoria do Desenvolvimento Moral, estabeleceu faixas etárias e características esperadas dos indivíduos em cada uma, porém realizou sua pesquisa baseado na população de países cuja característica principal é o individualismo. Se universalizarmos esta concepção, estaremos sendo etnocêntricos e nem todas as pessoas atenderão o que ele propôs, pois há diferenças culturais no mundo todo.
Como forma de evitar essa generalização, é importante que os pesquisadores informem nos resultados a região em que o estudo se desenvolveu.

6 – O conhecimento científico, além de ser afetado pelo contexto sociocultural e histórico, deve ser adquirido a partir de uma postura ética e padronizada. Isto significa que, para iniciar-se uma pesquisa, é preciso garantir uma conduta científica correta, com comprovação dos dados obtidos e também o respeito à vida de animais e humanos que participarão do processo.

7 – Por meio do contexto moral, os psicólogos podem encontrar situações em que sua pesquisa é questionada. Entre os diversos casos, há a consideração se a pesquisa trará benefícios à sociedade, propondo melhorias consideráveis e sendo, portanto, necessária, e também se os métodos utilizados para obter este conhecimento devem ser aplicados, levando em conta a ética.

8 – Em busca de um conhecimento pleno e complexo, o método científico requer um constante duvidar sobre o que foi descoberto. Por exemplo, ao experimentar o uso de diferentes fármacos nas diferentes células, ao perceber que certas drogas levam à destruição de algumas organelas o pesquisador deve não somente afirmar que “x” é danoso ao organismo, mas rever os passos dados e investigar os resultados anteriores para, dessa forma, transmitir conclusões certas a respeito do assunto.

9 – Diariamente recebe-se informações nos grandes veículos de comunicação sobre descobertas no campo da ciência, as quais, comumente, são aceitas sem contestação pelas pessoas. Porém, é necessário exercer a criticidade nas notícias pois podem carregar generalizações de dados, como a teoria dos estágios de Kohlberg, e também pode ocorrer o fenômeno de “Perda na Tradução”, ou seja, a publicação original da pesquisa ser interpretada de maneira errônea pela mídia e assim repassada à população.

10 – Ao iniciar um projeto, os pesquisadores devem decidir qual a área e o assunto específico, ou seja, o objetivo. Depois, é preciso ler e investigar acerca do que se produziu nesta temática, levando os estudantes à formação de uma hipótese.

11 – É necessário revisar a literatura acerca do que se busca para verificar, através da criticidade, a existência de inconsistências ou limitações do conhecimento.

12 – A abordagem multimétodos consiste na utilização de diversas formas do fazer científico e diversas linhas teóricas, tendo o objetivo de alcançar um conhecimento mais completo do que se estuda.

CAP2

1 – Abordagem e atitude geral: no método científico, os pesquisadores fazem descobertas a partir da experiência e cautela quanto aos resultados, constituindo, assim, uma abordagem empírica e cética. Já o senso comum é marcado pela intuição, uma vez que o conhecimento é aceito sem formas de validá-lo ou explicá-lo profundamente.
Observação: a ciência faz uso da observação controlada e sistemática. Isto significa que, em seus experimentos, os cientistas dispõem de controle de diversos fatores e uma maneira planejada para adquirir conhecimentos. De forma corriqueira, no entanto, predominam as conclusões incorretas dos fatos devido à falta de sistematização e controle da observação.
Divulgação: cientistas divulgam seus resultados com base no que concluíram das observações, sem deixar pensamentos pessoais interferirem nos dados, ou seja, é imparcial e objetiva. No senso comum, é frequente a influência de emoções e impressões individuais para a compreensão de fatos a partir da inferência, o que o caracteriza como subjetivo.
Conceitos: a ciência psicológica vê o estudo dos conceitos como algo importante, necessário para uma comunicação clara das ideias abordadas sendo, portanto, importante a desnaturalização dos mesmos. Na abordagem corriqueira, normalmente os conceitos são utilizados sem que os locutores saibam defini-lo, tornando a comunicação superficial e ambígua.
Instrumentos: para uma avaliação precisa, por exemplo do comportamento, é preciso utilizar instrumentos acurados e precisos nos seus dados. No cotidiano, no entanto, encontram-se aparelhos inacurados e com uma menor precisão que os usados pela ciência, como os marcadores de combustível que dão valores aproximados do volume do tanque e os velocímetros de carros antigos.
Medição: para a construção de um conhecimento científico, é preciso que medições sejam usadas para avaliar os experimentos. O cotidiano costuma aplicar as medições físicas, como a altura, comprimento e peso, porém em casos de construtos psicológicos não apresentam uma forma válida de conhecimento. Por isso há uma segunda forma de avaliar os fatos: a medição psicológica, a qual é feita a partir de relatos de vários observadores independentes e, através da estatística, obtém-se um resultado válido e confiável.
Hipóteses: uma hipótese é uma tentativa de explicar algum fenômeno. Para a ciência, a hipótese deve ser testável, podendo ser refutada ou aceita pela comunidade científica. No senso comum, no entanto, os fenômenos são explicados a partir de ideias não testáveis, constituindo uma forma de saber não confiável.

2 – Variável dependente x variável independente e exemplo de cada uma num experimento. IMAGEM

3 – A grande contribuição do uso de definições operacionais, em psicologia, é auxiliar os pesquisadores a esclarecer seus próprios conceitos para a comunicação entre si. Em relação às críticas, uma diz respeito a confusão feita por diferentes pesquisadores que, ao criarem construtos próprios, definem o mesmo conceito de maneiras diferentes; a outra questiona a abrangência dos significados dados, por exemplo, se a realização do teste x por uma certa cultura constituiria a definição de inteligência para todos os povos do mundo.

4 – Acurácia x Precisão
A acurácia diz respeito a diferença entre os dados informados por certo instrumento, como a velocidade do velocímetro, e a informação exata, ou seja, a real velocidade do veículo. Quanto menor esta diferença, mais acurado é o instrumento. Já a precisão diz respeito a proximidade da informação com os dados reais, como o relato em minutos de certo fenômeno em segundos do que em minutos ser mais preciso.


5 – A validade relaciona-se com o quão verdadeira é uma certa medida, sendo corroborada pela experiência, enquanto a fidedignidade revela se certa medida é confiável ou não.

6 – As hipóteses cujos conceitos não forem definidos e medidos de forma correta, com ideias circulares e quando aborda temáticas que a ciência não reconhece, como a espiritualidade.

7 – Descrição: é a etapa em que os pesquisadores conceituam, classificam e categorizam fenômenos para descrever sua relação com os processos psicológicos e o comportamento. Um exemplo é o livro DSM-V, a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o qual classifica situações psicológicas através de certos critérios.
Previsão: é o ponto em que são identificadas correlações entre diferentes variáveis e o profissional prevê futuros sintomas, como no caso da depressão, em que ao passar do tempo a impotência e outras características tornam-se mais expressivas.
Explicação: neste objetivo, os cientistas identificam uma causa para uma dada situação e, assim, tornam possível a compreensão de diversos casos. O estresse pós-traumático, como o próprio nome afirma, é atribuído a um evento trágico que o indivíduo vivenciou.
Aplicação: os profissionais utilizam o conhecimento que possuem para auxiliar as pessoas. Este é o trabalho desempenhado pelos diversos setores da sociedade e, no caso do psicólogo, relaciona-se a sua área de atuação pelo tratamento benéfico aos indivíduos.

8 – A abordagem nomotética estuda grupos sociais diversos e, por meio de observações, enfatizam comportamentos médios dos seres que fazem parte do grupo, como o modo de andar. A abordagem idiográfica, em contrapartida, foca no indivíduo e compreende que este é influenciado pela sociedade, porém também é detentor de particularidades.

9 -  A pesquisa qualitativa é comumente usada pelas Ciências Humanas, como Antropologia e Sociologia. Os dados, neste tipo de pesquisa, são obtidos por meio de observação e coleta de informações de indivíduos ou grupos em sua rotina “natural”.
A pesquisa quantitativa é utilizada pela Psicologia e áreas afins com maior frequência que a qualitativa. Uma vez que levanta análises estatísticas sobre um determinado tema, é uma importante fonte de estudo para os processos psicológicos.

10 – Quando é constatado que duas variáveis são correlacionadas, isto é, uma tem relação com a outra, é possível realizar a previsão de fenômenos.

11 – Exemplo de pesquisa descritiva que ilustre as três inferências causais

Covariação
Relação de Ordem Temporal
Exclusão de Causas Alternativas Plausíveis

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