Moralidade De Yves de La Taille
Por: insideofantonia • 18/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.004 Palavras (5 Páginas) • 329 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Questões sobre o vídeo "Moralidade" de Yves de La Taille
1. Quais são as semelhanças e diferenças entre moral e ética?
Ética e moral possuem significados originários muito semelhantes: um conjunto de valores, códigos, juízos que visam regular o comportamento humano, a ação concreta, o agir cotidiano de um determinado grupo, delimitando em um determinado contexto histórico e social, o que é certo e errado. A ética tendo seu significado mais no sentindo de caráter, jeito, modo de ser e perfil de uma pessoa em sua sociedade, enquanto, a moral tendo um significado mais do modo de vida, costumes, princípios e valores que moldam o caráter de uma pessoa.
Para o professor Yves de La Taille, a moral trata-se de um conjunto de normas, da obrigação, do dever de respeitar o outro na sua liberdade e na sua dignidade, sendo justo com o mesmo; é a dimensão da vida que apresenta regras que visam regular o agir humano e que incidem sobre os comportamentos sociais. E a ética, englobando a moral, definem-se os nossos valores e se constroem nossos projetos de vida, como o próprio Yves disse no vídeo, “...objetivos que as pessoas colocam para a sua própria vida”, incidindo assim sobre as atitudes desejadas, segundo um critério pessoal ou grupal sobre o que é bom. Sendo assim, a principal semelhança entre moral e ética, é que ambas são responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em uma sociedade. E sua diferença, é que a moral refere-se ao conjunto de normas e princípios em que se baseiam na cultura e nos costumes de um determinado grupo social, enquanto a ética faz uma reflexão sobre a moral, dizendo-nos como viver em sociedade.
2. Quais são os sentimentos importantes para a moralidade?
O sentimento de maior importância para a moralidade é o de confiança, como mostrado no exemplo que o psicólogo deu na entrevista, onde as pessoas agem de uma certa maneira errada e utiliza como desculpa de que todo mundo faz o mesmo, não que isto estaria moralmente certo, mas pelo simples questionamento de que se todos fazem da maneira menos adequada porque “eu” deveria ser o único a fazer da forma mais apropriada? Esse questionamento acaba por trazer à tona um sentimento de desconfiança, principalmente da própria sociedade na qual está inserido, esse sentimento é prejudicial para o senso moral de um indivíduo. Além de outro sentimento letal para a moralidade, também citado pelo psicólogo na entrevista, que é o sentimento de medo, que pode ser dado como exemplo, aquele mesmo medo que sentimos quando criança, onde só obedecemos às regras criadas pelos nossos pais movidas pelo medo, incluindo o de punição, onde possamos receber uma determinada punição caso não seja seguida uma certa obediência que nos foi dada.
Por exemplo, normalmente, ao pertencer a uma comunidade é inserido princípios, regras e valores, nas quais todos os indivíduos, que daquela faz parte, devem seguir. Porém, nem sempre participar de uma comunidade é ter a garantia de que as pessoas agiram inspiradas pela moral, tendo em mente o pensamento do que é certo e do que é errado para cada situação específica, sendo assim, é necessário haver um sentimento de confiança nas demais pessoas envolvidas naquele mesmo ambiente. Não é porque um indivíduo desrespeitou seus deveres e princípios que todos deverão fazer o mesmo, mas é fato de que uma vez desrespeitado, a desconfiança acaba tendo efeitos sobre aquela certa comunidade e sobre a moral.
3. Quais seriam os melhores recursos educativos para promover o desenvolvimento da moralidade?
É necessário princípios e não apenas regras que são propostas pelas instituições. A escola deve investir na formação ética, não apenas como conteúdo didático, mas principalmente no convívio diário entre alunos, professores e funcionários dentro da instituição. São poucas coisas que já são capazes de formar moralmente um indivíduo, simples gestos do cotidiano e do convívio com outros já são essenciais para a formação de princípios, como por exemplo, a bagunça que a pessoa faz em seu quarto é completamente diferente da bagunça que o mesmo poderá fazer em um ambiente onde dividirá com outros, sendo assim, ele entenderá o que é, digamos que, “certo e errado” moralmente naquele ambiente em que está inserido.
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