Motivacao No Trabalho

Universidade FUMEC Faculdade de Ciências Humanas Sociais e Saúde

Departamento de Psicologia

Carolina Leite Tafuri Ed Solange Teixeira Elisângela Lassakoski Isabel Machado Luana Marques

Permanência no trabalho: um estudo comparativo entre empresas

públicas e privadas

Belo Horizonte 2012

Anelise da Silva

Carolina Leite Tafuri Elisângela Lassakoski Isabel Machado Luana Marques

Permanência no trabalho: um estudo comparativo entre empresas públicas e privadas

Trabalho apresentado como conclusão da disciplina Metodologia da Pesquisa Qualitativa do segundo período do curso de psicologia da FCH-FUMEC. Professor: Jacques Akerman

1. Tema:

Belo Horizonte 2012

Permanência no trabalho: um estudo comparativo entre empresas públicas e privadas

2. Problema:

Quais os fatores que motivam o individuo à permanecer no trabalho na percepção do trabalhador de organizações públicas e de organizações privadas?

3. Justificativa:

O que a maioria das pessoas espera encontrar quando entra no mercado de trabalho? É a remuneração? Carga horária? Benefícios? Interface trabalho-família? Plano de carreira? Política da empresa? Essas perguntas são frequentes tanto para os indivíduos que acabam de chegar no mercado de trabalho quanto para aqueles que em algum momento da vida questionam a posição que ocupam.

Muitas são as diferenças no ambiente público e privado. Enquanto o setor privado está inserido em um ambiente competitivo onde a principal preocupação é a maximização dos lucros, as empresas públicas estariam dispostas a sacrificar os lucros em favor dos resultados sociais (GRANDY, 2009). Outros aspectos básicos que enfatizam a diferença entre o público e o privado também têm sido alvo de estudos, como a diferença de metas, objetivos e estruturas organizacionais, e a motivação para o trabalho, dentre outras (RAINEY e BOZEMAN, 2000).

Essas diferenças justificam um estudo comparativo entre as respostas dos trabalhadores das iniciativas privada e pública, quando questionados sobre os fatores que os levam à

permanência no trabalho. Como trabalhadoras e futuras psicólogas que somos, pretendemos conhecer com profundidade a relação social de grande relevância no mundo capitalista no qual estamos inseridos, que é o emprego formal. Partindo do pressuposto de que o trabalhador, satisfeito com a empresa na qual trabalha tem um melhor rendimento,e que o gestor que emprega trabalhadores satisfeitos aumentam o lucro e a produtividade de suas empresas, é de grande relevância aos gestores e aos empregados que tenham um diagnóstico dos principais fatores que levam a permanência do indivíduo na empresa. Acreditamos que uma interferência teórica positiva nesse setor, através da analise dos resultados de nossa pesquisa, trará benefícios significativos para a relação gestor/ empregado com participação ativa do Ministério do Trabalho, Sindicato dos trabalhadores, Setores de Psicologia do trabalho e RH de empresas tanto públicas quanto privadas.

4. Objetivos:

4.1) Objetivo Geral:

Compreender quais os fatores que motivam a permanência do indivíduo no trabalho na percepção do trabalhador em organizações públicas e organizações privadas.

4.2) Objetivos específicos:

Identificar os fatores que motivam a permanência do indivíduo no trabalho.

Levantar o maior benefício, na percepção do trabalhador, quanto à atividade que

exerce.

Distinguir as pessoas quanto aos diferentes estilos motivacionais: as que buscam responsabilidade, realização e reconhecimento, e as que buscam manutenção, pagamento e vantagens.

Reconhecer se a motivação, na percepção do trabalhador, aumenta os seus rendimentos no ambiente de trabalho.

Identificar os benefícios que a motivação no ambiente de trabalho pode acarretar na sua carreira profissional, entre os que se dizem motivados.

5. Revisão bibliográfica:

As negociações em torno do capitalismo sofrem inúmeras mudanças ao longo dos anos. Novas definições, tanto do trabalho em si ou como atividade pratica, quanto do trabalhador em seu próprio contexto e no contexto sócio histórico tem sido discutido em pesquisas realizadas na contemporaneidade.

”Embora tenha havido certa preocupação no final da década de 70, com o fato de que a satisfação com o trabalho estava declinando entre quase todos os grupos ocupacionais, as reinterpretações recentes desses dados e alguns estudos longitudinais adicionais indicam que a satisfação com o trabalho vem se

mantendo estável ha décadas, tanto nos tempos de prosperidade como nos de recessão econômica. Mais que isso, esses estudos são geralmente aplicáveis em outros países desenvolvidos. Por exemplo, estudos semelhantes realizados no Canadá no Reino Unido, na Suíça, na Alemanha e no México indicaram resultados mais positivos e negativos”. (ROBBINS,1943).

Segundo Robbins,os indivíduos não escolhem seus empregos aleatoriamente. Eles tendem a buscar posições que sejam compatíveis com seus interesses, valores e habilidades. A medida que procuram empregos que ofereçam uma boa adequação com suas características, o alto índice de satisfação com o trabalho encontrado nas pesquisas não chega a surpreender. Estes indivíduos podem resolver as incoerências entre a insatisfação com o emprego e sua manutenção por meio da não expressão dessa insatisfação. Assim, os resultados positivos das pesquisas podem representar um mascaramento pelos esforços para reduzir a dissonância.

O capital humano é o potencial básico de qualquer empresa, industria, ou de serviço, pública, privada ou de economia mista, grande ou pequena ( BORGES, 2011). Funcionários motivados, comprometidos e satisfeitos facilitam as mudanças organizacionais, contribuem para aumentar a produtividade (Hausknecht, Hiller,& Vance, 2008; Lee, Gerhart, Weller, & Trevor, 2008), melhoram a qualidade do serviço e a performance ( Zhou, Li, Zhou, & Su, 2008), proporcionam flexibilidade e enriquecem o clima organizacional (Hackman &