Movimento LGBTT
Tese: Movimento LGBTT. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carla.conceicao • 18/11/2013 • Tese • 1.552 Palavras (7 Páginas) • 310 Visualizações
Fase de Aproximação e Observação - Características da instituição
I- ROTINAS E ATENDIMENTO
O movimento LGBTT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgênicos) é um grupo formado por pessoas que possuem estas orientações sexuais. Este grupo luta por seus direitos para a convivência, respeito e tolerância na sociedade, não só no Brasil, mas sim por todo o mundo. A luta do movimento ganha notoriedade a cada ato, aos membros do grupo, a sociedade, a mídia e o governo, provam disso a ONU (Organização das Nações Unida s) lançou uma campanha logo em seguida o levantamento do primeiro relatório referente à discriminação contra pessoas LGBTT, a campanha intitulada Livre e Igual, segundo a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, NaviPillay: “A Declaração Universal dos Direitos Humanos promete um mundo no qual todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos – sem exceções, sem que ninguém seja deixado para trás”,
A campanha visa promover o aumento do respeito entre as pessoas, conscientizar da violência praticada seja física ou verbal que possam vir a denegrir a imagem do sujeito.
II- DESCRIÇÃO DA POPULAÇÃO
O perfil de pessoas Lgbt´s (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) caráter de exigência de combate à violência, homo fobia, discriminação e preconceito; buscando o direito de exercer sua identidade homossexual por diversos papéis sociais que um indivíduo possa assumir na vida. Os homossexuais encaram esta busca como um marco para a diversidade homossexual bem como para o exercício de sua identidade sexual; se aprofundando no íntimo de suas características identitárias.
“Quando utilizamos o termo “identidades”, devemos considerar que estamos tratando de um conceito construído social e historicamente que é conjuntural e incompleto envolvendo inúmeros elementos.” (FACCHINI, 2005 p29).
Tal fator de construção de identidade não pode resultar em um processo de rotulação em que os Lgbt´s (pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) sejam observados em suas identidades homossexuais de forma igualitária, fator este que resultaria em um grande equívoco, pois desconsideraria o sujeito em sua individualidade. Facchini em seu relato também nos leva a refletir sobre a construção da identidade como um processo construído gradativamente envolvendo uma série de fatores correlacionais, sociais e grupais como: família, amigos, parentes e outros componentes que façam parte da vida deste indivíduo em questão; podendo abranger não somente outros grupos como também fases da vida do sujeito como: infância, juventude adolescência, fase adulta bem como as vivências em cada uma destas fases.
O psicanalista Jurandir Freire Costa percebe a questão identitária como um dos aspectos a serem analisados mais profundamente: “Uma coisa é valorizar a identidade gay e reconhecer sua importância no combate ao preconceito, outra coisa é afirmá-la como a única identidade possível ou desejável para todos os sujeitos homo eroticamente inclinados.” (COSTA 1992, P.47).
Costa nos leva a refletir ao que se refere ao processo de busca identitaria como sendo um processo que não devemos considerar igual para todos os homossexuais, entendendo que essa busca não se dá da mesma maneira para todos apenas por conta de sua homossexualidade. Diante deste pressuposto não podemos tomar como verdade que todos os homossexuais buscam vivenciar sua homossexualidade em todos os diferentes papéis exigidos na vida (na família, no trabalho, com os amigos e etc...), e mais além, talvez esta não seja uma real necessidade. Em contrapartida partiremos do princípio de que este fator não deve ser simplesmente descartado, por conseguinte devemos considerá-lo como uma possibilidade.
Costa com a sua afirmação nos leva ainda a refletir sobre a questão das extravagâncias exercidas por alguns homossexuais. Podemos utilizar como exemplo as extravagâncias que partem dos homossexuais dragquen´s (que se vestem como a parte sexual que gostariam de ser /ocupar).
Esta reflexão nos remete a uma inquietação: Esta extravagância poderia ser entendida como uma necessidade de assumir esta identidade quiçá em todos os papéis que a vida nos exige?
Caso esta indagação possua fundamento, poderíamos entender que ainda assim haveria dificuldades e resistências quanto à permissividade em assumir esta como sendo uma identidade única na aplicabilidade dos diversos papéis que a vida nos impõe.
O que nos traz a ideias de que um individuo sexualmente diferenciado não assume apenas esta identidade: identidade gay, lésbica, bissexuais e afins; por conseguinte que assume outros papéis na sociedade, como já dito anteriormente-assim como os heteros. Papeis estes que no caso dos homossexuais deveriam ser notados e considerados além da sua sexualidade, porém em meio a tantas resistências e preconceitos talvez esses outros papéis não sejam bem definidos ou bem vividos pelo próprio indivíduo acarretando em uma perca parcial e considerável de identidade fazendo emergir a necessidade de uma busca imensurável pelo conteúdo totalitário identitário.
Alguns homossexuais alegam que a questão da homossexualidade não seria uma opção e que a natureza serviria como fator explicativo, via de regra defendem que há uma predisposição genética.
Outros já consideram a questão homossexual como uma opção sexual, como uma escolha. Este fator de caráter subjetivo buscará entender mais adiante através da aplicação do instrumento de observação – questionário.
Cerca de dois séculos se passaram desde o surgimento que Michel Foucault chama de “dispositivo da sexualidade”, A partir de então, diz o filósofo, os indivíduos passaram a ser taxados por normas pedagógicas, médicas, jurídicas, científicas e morais, criadas a partir de um paradigma heterossexual. Essa engrenagem estabelece uma ligação entre poder, saber e sexualidade, podendo ser liberada a um preço considerável, pois, a cerca desse tema estão inseridos os mais variados mecanismos de repressão impostos pela sociedade até de maneiras ideológicas.
Para Foucault, o homossexual “torna-se uma personagem, uma história, uma infância, um caráter, uma forma de vida; também é morfologia, como uma anatomia discreta e, talvez, uma fisiologia misteriosa.” Fisiologia esta que muitos buscam entender os motivos e causas de seu surgimento.
O autor ainda indaga a respeito dos homossexuais que: “Nada daquilo que ele é, no fim das contas, escapa à sua sexualidade”. Ela está presente nele todo: subjacentes
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