Na minha rotina, utilizar o metrô como transporte público não é algo corriqueiro

Relatório 1

Na minha rotina, utilizar o metrô como transporte público não é algo corriqueiro, porém antes de iniciar a atividade e durante a observação, alguns acontecimentos pessoais foram os mesmos quando utilizo esse transporte para lazer. Por exemplo, enquanto eu aguardava ser conduzida na escada rolante pelo funcionário do metrô, me sentia sendo observada pelo público de pessoas que subiam para a estação. Muitas apenas olhavam tentando entender o porque de eu estar ali, outras perguntavam, se mostrando prontamente dispostas a me ajudar.

Durante a observação me deparei preocupada e ansiosa para obter o conteúdo do referido trabalho. Preocupando-me a atentar e memorizar  todas as cenas presenciadas, mas enquanto o tempo passava eu percebi que o exercício de observação não é tão difícil assim, principalmente no ambiente em que eu me encontrava, onde na maioria dos momentos eu via cenas semelhantes a todo tempo, tornando-se cansativo o ato, já que nada de extraordinário acontecia.

E é evidente a reciprocidade implícita, porém explicita de observação, digamos assim: “Você não sabe que estou te observando, mas sei que está me observando”.

No meu caso sempre tenho essa percepção de que em público sou notada, os motivos aparentes, que ao longo da minha vida eu demorei de entender, é que querendo ou não, cadeirante chama a atenção, seja sozinho ou com algum grupo de pessoas.

Em algumas conversas descontraídas em que riamos, me sentia notada pelos passageiros, assim como eu fazia quando alguma cena me chamava a atenção.

E como eu disse anteriormente, utilizar o metrô não é de praxe, então não posso dizer que essa minha atenção foi redobrada para esse ambiente, mas  a habilidade de observação me foi aguçada, me dando vontade de colocar em prática nos lugares em que eu estiver. Percebo que realmente é um exercício, quanto mais praticado, nos damos mais chances de eliminar quaisquer inteferências de julgamento.