O Anorgasmia Feminina

XII SEMANA CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO – SEC 2014[pic 1]

Violência no contexto das relações sociais: olhares, estudos e práticas multidisciplinares na contemporaneidade. Teresina, 6 a 10 de outubro de 2014.

Anorgasmia feminina: aspectos biológicos e psicológicos que cercam esta disfunção sexual^[1]

Alanna Costa Nolêto^[2]

Ana Virginia dos Santos e Silva^[3]

Marilene Luz Gomes^[4]

Patrícia Matos dos Santos^[5]

Raelcimar Campelo Costa^[6]

Nelson Jorge Carvalho Batista^[7]

Faculdade Santo Agostinho – FSA

        

RESUMO

A sexualidade ocupa um papel relevante na condição existencial do ser. Há transtornos que afetam a sexualidade do indivíduo, tal como, a anorgasmia que se caracteriza pela falta de orgasmo, sendo mais comum no sexo feminino. Este artigo tem como objetivo descrever as causas biológicas e psicológicas que acarretam na anorgasmia feminina, além dos possíveis tratamentos. Trata-se de uma revisão bibliográfica de método qualitativo, na qual foram feitas análises de artigos relevantes que discorriam sobre a sexualidade e as disfunções sexuais, dando ênfase a anorgasmia feminina. O levantamento de dados foi realizado através da plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados: Lilacs, Scielo  e Google Acadêmico. Foram utilizados como critério de inclusão: estudos com os descritores: Sexualidade, Disfunção Sexual Fisiológica  e Disfunções Sexuais Psicogênicas; em português, na íntegra e dos últimos 10 anos. Como critérios de exclusão: não foram utilizados artigos que não estivessem na íntegra, não publicados na linguagem e período selecionado e que não possuíam os descritores escolhidos. (PRECISA DIMINUIR DEIXANDO TODOS ESSES DADOS)

PALAVRAS-CHAVE: Sexualidade. Disfunções sexuais. Anorgasmia feminina.

1 INTRODUÇÃO

A sexualidade ocupa um papel relevante na condição existencial do ser, sendo um desejo fundamental deste.  Em sua definição engloba fatores como prazer, indenidade sexual afetividade, intimidade e experiências físicas, socioculturais, emocionais e cognitivas.  Segundo Tozo et al. (2007), a sexualidade é um dos fatores que influenciam a qualidade de vida do individuo. Ela atua desempenhando um importante papel nos sentimentos, ações e integrações, portanto, afeta a saúde física e mental. Sendo esta, fragmentada em quatro fases distintas, que são: fase do desejo sexual, fase de excitação, orgasmo e fase de resolução.

A resposta sexual é mediada por uma interação entre todos os componentes do sistema nervoso, podendo assim ser interrompida por fatores negativos ou por desordens e inibições física ou psicológica, surgindo assim as disfunções sexuais.

Na concepção de Gonçalves (2005), disfunção sexual pode ser classificada como síndrome clínica, transitória ou permanente, caracterizada por reclamações ou sintomas sexuais, que resultam no desprazer sexual, decorrendo de bloqueio parcial ou total da resposta psicofisiológica, evidenciada no desejo, na excitação e no orgasmo.

Há influencias na qual se deve levar em consideração para o diagnóstico de disfunção sexual, tais como fatores culturais que comprometam as experiências do prazer sexual, além do envelhecimento, que também pode ser pertinente na resposta sexual normal de um individuo.  Desse modo, de acordo com o DSM-V (2014), a função sexual envolve uma interação complexa entre fatores biológicos, socioculturais e psicológicos.

Dentre as disfunções sexuais pertinentes destaca-se a falta do orgasmo (anorgasmia). De acordo com um levantamento de Abdo (2004), um terço das mulheres brasileiras nunca teve um orgasmo.  Entre os homens, o índice é menor: varia entre 3% e 4%.

A ausência de orgasmo feminino é manifestada quando posteriormente a fase de excitação normal, a mulher não consegue atingir o orgasmo e/ou tem a intensidade muito reduzida das sensações orgásmicas. Este problema é comum e geralmente está relacionado a questões culturais, inerentes a sexualidade feminina (DALGALARRONDO, 2008).

Diante dos fatos elencados acima, o presente artigo tem como objetivo descrever as causas biológicas e psicológicas que acarretam na anorgasmia feminina, além dos possíveis tratamentos para esta disfunção sexual.

2 METODOLOGIA

Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica, de caráter qualitativo. Segundo Gil (1991), a pesquisa bibliográfica é constituída a partir de dados já existentes, incluindo livros e artigos científicos. A principal vantagem desta pesquisa é o fato da mesma possibilitar ao pesquisador um amplo conhecimento acerca do fenômeno investigado que vai além do que este poderia obter diretamente com a sua própria pesquisa.  Já o método qualitativo, segundo Marconi e Lakatos (2007), análisa e interpreta aspectos mais profundos, descrevendo assim sua complexidade e ainda fornecendo observações mais detalhadas sobre as investigações, dando foco nos processos e seus significados.

 O levantamento de dados foi realizado no período de Março a Maio de 2016, por meio de pesquisas realizadas em livros que abordam o tema estudado e pela internet, no endereço eletrônico da plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados: Lilacs, Scielo  e do Google Acadêmico.

Foram utilizados como critério de inclusão os estudos que tinham entre seus descritores: Sexualidade, Disfunção Sexual Fisiológica  e Disfunções Sexuais Psicogênicas; artigos em português que estudassem o tema, não levando em consideração o método de pesquisa utilizado; descritos na íntegra e publicados entre o período de 2006 à 2016.

Como critérios de exclusão, não foram utilizados artigos que não correspondiam ao tema abordado, que não estivessem disponíveis na íntegra online, que não estivessem publicados na linguagem selecionada, que não foram publicados no período exigido, que não forneciam informações concretas para a temática, além daqueles que não possuíam os descritores escolhidos pelos pesquisadores.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante a elaboração da pesquisa realizou-se um levantamento das publicações pertinentes ao tema, encontrando-se 162 estudos. Após este levantamento, foram utilizados como critério de escolha os estudos em português ou inglês que abordassem o tema, descritos na íntegra e publicados entre o período de 2006 a 2016. Com isso obteve-se 21 publicações que estavam de acordo com os objetivos do estudo e distribuídos em diferentes periódicos.