O BULLYING E SEUS EFEITOS
Por: silvacmpr • 19/8/2022 • Artigo • 2.237 Palavras (9 Páginas) • 119 Visualizações
BULLYING
Nayara Lopes Silva*
RESUMO
O bullying, termo em inglês, do bully (valentão),que significa agressão e desrespeito no ambiente escolar. Caracteriza-se pela participação de três elementos: o agressor, o alvo (vítima) e o espectador. O cyberbullying, e o assédio moral no trabalho, são outras formas de bullying, porém, neste trabalho, o enfoque foi o bullying e principalmente as características que podem indicam que o adolescente e a criança está sendo vitima ou agressor dessa pratica.. e as consequências, todos os aspectos da integridade do ser humano, o que mutila ou desorganiza o jovem na melhor fase de seu desenvolvimento, o que leva também, além dos quadros de depressão, o desenvolvimento de doenças psicossomáticas. A ação de atitudes que envolvam todas as partes na busca de solução para tal fenômeno, é indiscutível para a recuperação da auto estima dessas crianças e adolescentes .
Palavras-chave: definição. . consequências . Prevenção . .
INTRODUÇÃO
Neste trabalho procuramos mostrar o que é bullying, suas características e quais que podem ser os indícios de jovens que praticam ou sofrem bullying. Para atingir nossos objetivos foram realizadas pesquisas bibliográficas. O fenômeno bullying compreende todas as formas de agressões, tanto físicas quanto morais e que podem apresentar conseqüências na vida particular de todos os envolvidos.
. Para todos os envolvidos, o bullying é um trauma que influencia negativamente no processo tanto de aprendizagem como no comportamento social dos adolescentes.
2 O QUE É O BULLYING
“O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas”. (SILVA, 2010).
“Traduzido ao pé da letra é como se fosse uma intimidação, em outras línguas: acoso e amenaza em espanhol, mal-tratos entre pares em português, harcelement quotidien em francês, uma intimidação, um assédio cotidiano.” (FANTE, 2004)
Segundo Silva (2010), “os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas”.
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- Acadêmicas do curso de Psicologia da Faculdade União de Campo Mourão - UNICAMPO
Não é apenas uma simples brincadeira que acontece de vez em quando, como dar um tapa no boné de um amigo, e dizer que a roupa da outra pessoa está mais apertada ou ainda dizer “esse sapato está parecendo de mulher”. Brincadeiras cotidianas de contato físico ou expressões verbais corriqueiras são diferentes, pois aos casos de bullying é atribuído o critério da intenção, ou seja, são atos pensados, calculados e praticados, que se repetem várias vezes com um mesmo alvo. (TOGNETTA, 2005)
“Os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vitimas”. (SILVA, 2010).
Segundo Tognetta (2005) “O agressor escolhe a vítima notando exatamente as características que a rebaixam e que ninguém negaria que ela de fato tenha”.
Os meninos são mais agressivos que as meninas, devido a sua força física, e suas atitudes são mais visíveis. E as meninas costumam praticar o bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. (SILVA, 2010).
3 FORMAS DE BULLYING
Segundo Silva (2010), as formas de bullying são:
- Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, zoar);
- Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vitima);
- Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar);
- Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar);
- Virtual ou cyberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares filmadoras, internet etc.).
Pode se dizer que atos de bullying se referem aos danos físicos, morais e materiais, sofridos por alguém ou por um grupo: insultos, apelidos cruéis, gozações que acabam magoando profundamente, ameaças que ocorrem nos recreios ou na saída, acusações injustas, agressões individuais ou em grupos (FANTE, 2004; BENAVENTE, 2005).
4 Agentes Participantes
Segundo Santomauro há três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e o espectador:
Vítima: geralmente é insegura e quando agredida fica retraída e sofre, costuma ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor desempenho na escola) ou ainda pela religião.
Agressor: atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer se o mais popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
Espectador: não sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores. Pode ter senso de justiça, mas não indignação suficiente para assumir uma posição clara, pois também tem medo. Há também os que atuam como platéia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. (SANTOMAURO, 2010)
“Os agressores escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder, seja por sua situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente estão desfavoráveis”. (SILVA, 2010).
As vitimas de forma geral, já apresentam algo que destoa do grupo, (são tímidas, introspectivas, nerds, muito magras; são de credo, raça ou orientação sexual diferente etc.). Este fato por si só já as torna as pessoas com baixa autoestima e, portanto, são mais vulneráveis aos ofensores. Não há justificativas plausíveis para a escolha, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem fazer frente às agressões sofridas. (SILVA, 2010).
O agressor que atua de forma prepotente e tenta dominar a vontade do outro, sempre tem domínio da vontade, pois reconhece exatamente, pela astúcia, quais são as maiores dificuldades do ponto de vista afetivo, e do ponto de vista físico, muitas vezes, das suas vítimas. Eles identificam quais são os maiores problemas que a vitima sofre, e geralmente são sarcásticos e fisicamente bem dotados (FANTE, 2004; VINHA, 2004).
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