O Castigo nas escolas
Por: Karina Viana • 3/11/2017 • Artigo • 280 Palavras (2 Páginas) • 187 Visualizações
Castigo nas escolas não é educação:
O Conselho Federal de Psicologia apresenta em um dos seus artigos, publicado no dia 11/07/2017, a defesa das escolas brasileiras como uma instituição de ensino, onde deve ser organizada com base histórica, política, social e cultural de uma sociedade. E deixa clara a importância de se levar em conta esses fatores ao pensar nos conflitos escolares.
O projeto de Lei n° 219/2019, que é conhecida como Lei Harfouche, torna obrigatória a punição de alunos considerados indisciplinados ou que cometeram algum ato de vandalismo, algumas dessas medidas disciplinares são: limpeza de salas, quadras e banheiros, e pinturas de muros. Especialistas e entidades ligadas à educação, fazem críticas a esse projeto de lei por encararem como uma espécie de “punição” e isso iria contra a trajetória da ECA.
A psicóloga Norma Cosmo (integrante da diretoria do CFP), diz que a escola deve ser um espaço educativo, de reflexão e formação “Cidadãos não podem ser formados com punições. As pessoas não podem ser intimidadas e oprimidas”. Biancha Angelucci, psicóloga e professora da USP, diz que o autor do projeto encara a educação a partir da ótica jurídica, onde ele não tem uma visão da escola como algo institucional e por isso coloca vandalismo e indisciplina como atos do sujeito e não como atos produzidos dentro de um contexto, se esquece das implicações políticas de ensino, das relações familiares, escolares e da comunidade. Marilda Facci (primeira secretária da Abrapee), explica “A escola precisa investir mais na educação, necessita ajudar a criança a aprender, não puni-la. Afinal, o aluno também é violentado pelas condições da sociedade. Estamos deixando de compreender o contexto que o professor e o aluno vivem”.
Fonte:
http://site.cfp.org.br/castigo-nas-escolas-nao-e-educacao/
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