O Conselho de Classe e a Construção do Fracasso Escolar; e Psicólogo Escolar e Psicopedagogo
Por: Pedro Pignatti • 2/12/2017 • Ensaio • 753 Palavras (4 Páginas) • 383 Visualizações
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
RESENHA CRÍTICA
Psicologia Escolar II
Paola Cristhine Querente Gioia Saraiva
Petrópolis
Novembro de 2017
Artigos utilizados: O Conselho de Classe e a Construção do Fracasso Escolar; e Psicólogo Escolar e Psicopedagogo: Limites e Possibilidades de Atuação
A instituição escola e o serviço de Psicologia Escolar atuam sempre que possível juntas, cada uma em sua parte, porém com o mesmo objetivo, que seria o de buscar resoluções eficazes para um melhor desempenho educacional.
Em todas as escolas existe o período em que professores e direção se reunem para refletir e dialogar sobre o decorrer do período letivo e elaborar novas estratégias a fim de obter um desenvolvimento crescente. A finalidade do conselho de classe é o de buscar soluções para os problemas diagnosticados em sala de aula, porém, estes conselhos avaliam somente alunos e alunas, e não a interação pedagógica. Neste momento, não se questionam sobre a prática do professor.
A partir disto, nestes conselhos ocorrem diálogos, que por muitas vezes, dependendo da estrutura organizacional da escola, não são de fato suficientes para construir planejamentos sobre a demanda escolar. No artigo, ‘O Conselho de Classe e o Fracasso Escolar’, a pesquisa realizada nos diz claramente sobre a defasagem neste contexto. Este artigo pontua também que, a partir do momento que estas reuniões não criam subsídios favoráveis a toda a interação aluno-escola-professor, o fracasso escolar tende a aumentar. As avaliações que não são revisadas, o método pedagógico que não é dialogado, a prática do professor que também não é direcionada de acordo com a população assistida, entre outras causas, existe de forma preocupante, um défict acerca de uma evolução educacional para com os aprendizes. Não cabe relevar neste momento, a discrepância ainda sobre o sistema organizacional educativo das escolas particulares e públicas. Em ambas existem dificuldades, mas sabemos que no sistema público, a preocupação e exigência fica mais à mercê, fazendo com que o ensino-aprendizagem destes alunos não possam ser comparados aos alunos que estudam em instituições particulares.
Pode-se afirmar que nas instituições educacionais ainda vivemos o paradigma da culpabilização do aluno pelo baixo rendimento, ou ainda, seu fracasso escolar, e não somente isto, mas vemos também forma de punição sobre esta questão. A escola vê o professor como o responsável por toda esta demanda, enquanto o professor busca integrar a família como causa desta baixa eficiência do aluno, que por sua vez, a família irá colocar a escola em um patamar de dúvida quanto à sua produtividade ineficiente.
Concomitante a isso, o artigo ‘Psicólogo Escolar e Psicopedagogo: Limites e Possibilidades de Atuação’, traz a informação que desde a década de 80 há uma busca por inovações pedagógicas que possam além de compreender estas questões escolares, pôr em prática também diálogos sobre uma melhor qualidade de ensino. Uma equipe interdisciplinar, atuando no mesmo sentido, seria de fato a melhor estratégia para um alcance eficaz desta demanda. Cada função sob seu olhar profissional, poderia alavancar uma série de questões voltadas ao objetivo do desempenho escolar com excelência. A equipe poderia enfatizar a promoção e prevenção da demanda escolar, de forma a se manter ativa, em busca da integração entre todos os componentes que convivem no universo escolar. O professor, que é o profissional mais próximo dos alunos e o mediador das informações fornecidas sobre a ala de aula, o psicopedagogo articulando a comunicação entre escola e família, o psicólogo escolar, os diretores, o governo e a família, todos agregados sob a mesma visão, um ensino de qualidade.
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