O ESPAÇO DA EMOÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO, RELAÇÃO INTERPESSOAL E APRENDIZAGEM

O ESPAÇO DA EMOÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO, RELAÇÃO INTERPESSOAL E APRENDIZAGEM

Escrito por: Edgard Costa de Sousa

Setembro/2019

Todo indivíduo tem a necessidade de estabelecer laços sociais e afetivos, como o de ser amado e bem quisto pela sociedade, trabalho, amigos ou família. Falando em ambiente escolar, não é diferente: o aluno tem que estar se sentido bem consigo mesmo, e com os que se encontram ao nosso redor para melhor aprendizagem. “[...] sobre os processos de aprendizagem, constatamos que em nenhuma outra época, o homem conseguiu acumular tantos conhecimentos como atualmente. Entretanto, podemos perceber que, apesar da diversidade de conhecimentos adquiridos e socializados, muito pouco é sabido sobre o próprio homem, sobre os sentimentos e as emoções que envolvem a aprendizagem.”

Somos seres incondicionais, replenos de afetividades, emoções, conteúdos cognitivos, experiências, subjetividades, que fazem de nós seres únicos e especiais. Desta forma levamos esta “bagagem” de vivencias e emoções em todo e qualquer conhecimento e aprendizagem que agregamos. Isto ocorre porque a amígdalas cerebelosas, que é um pequena porém importante porção do cérebro, está ligada na produção de uma resposta de várias emoções, é fundamental para a autopreservação da espécie por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o indivíduo em situação de alerta.

Quando o aluno desenvolve algum tipo de patologia, como por exemplo: ansiedade ou uma depressão, a sua capacidade cognitiva fica deficitária, tendo dificuldades na atenção, concentração, comunicação e a relação interpessoal. Afetando a elaboração de novos conteúdos e informações, e com isso o seu rendimento escolar cai, se instalando o caos nas suas relações.

A exposição ao estresse também é um fator que dificulta o aprendizado. Abusar do excesso e responsabilidade à criança, várias atividades diárias, muita cobrança e controle. Isso desencadeia um descontrole emocional. O corpo produz cortisol, que é um hormônio que tem a função de ajudar o organismo a controlar o estresse, inibindo assim o processo de reter e compreender novas informações.

Em especial, os alunos utilizam a memória de curto prazo e de trabalho para a fixação dos conteúdos. Tudo que é captado durante o dia entra no lobo temporal, e é enviado para o hipocampo, que vai dialogar com o cérebro. Os Hemisférios conversam entre si e enviam essas mensagens para áreas no cérebro que são responsáveis pela escrita e imagem. Essa informação ficará no hipocampo durante o dia todo. A noite no sono REM, essa informação será enviada em todo cérebro fragmentada, fixando o aprendizado

“A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento” e portanto, necessita de estímulos. Afirma, ainda, “que a educação sempre implica em mudanças nos sentimentos e a reeducação das emoções vai na direção da reação emocional inata”(VYGOTSKY, 2003, p.121  apud GOULART, 2014; VEJA, 2014),

Para uma melhor e duradoura aprendizagem, se faz necessário que ela provoque no aluno algum significado ou emoção, quanto maior o interesse por determinado conteúdo ou disciplina, maior será a motivação e consequentemente a assimilação desses informações, facilitando assim na fixação deste conhecimento. Por isso é importância a não exposição ao estresse, que é um fator de angustia, que tem uma carga emocional muito grande que pode gerar falta de atenção e concentração. Esses desajuste emocional faz com que essa nova aprendizagem não aconteça, podendo desencadear outras desajustes como: o déficit na comunicação e nas relações interpessoais.