O ESTAGIO SUPERVISIONADO
Por: lannyarthur • 27/11/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 6.386 Palavras (26 Páginas) • 96 Visualizações
CADERNO DE ESTÁGIO E RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO BÁSICO SUPERVISIONADO I
Acadêmico do Curso de Psicologia do UNIFAA
Professor-orientador
2022
1. Informações Básicas
Bem-vindos ao Estágio Curricular Básico I. Ao longo do Curso de Psicologia, você fará três Estágios Básicos Supervisionados com carga horária de 40 horas cada. Seguem algumas informações importantes:
a) Este Estágio é obrigatório e o aluno deverá cumprir com todas as suas exigências. Casos excepcionais serão discutidos com a Coordenação de Estágio de Psicologia e com a Coordenação do Curso.
b) O Estágio Supervisionado Básico se dará através de atividades de supervisão, atividades de dispersão e exercícios teóricos. As atividades de supervisão se darão em dois formatos: aulas sobre temas aplicados à atuação do Psicólogo e supervisões, que acontecerão às segundas-feiras (de 15/03 à 27/06) das 18h às 19h.
d) Os alunos deverão frequentar, pelo menos, 10 encontros por mês.
e) As 40 horas de cada módulo serão divididas em: 20 horas teóricas (10 horas de discussões teóricas e supervisão com o professor responsável, 10 horas de elaboração de resumos de textos e fundamentação teórica do relatório); 20 horas práticas (atividades de dispersão: entrevistas com profissionais da área, visitas a instituições, elaboração de relato da prática no relatório).
f) Avaliação: a nota do Estágio é composta por 02 partes, sendo: 3,0 pontos destinados ao caderno de Estágio, seu devido preenchimento e realização das atividades e 7,0 pontos do relatório final de Estágio.
2. Frequência: atividades de Supervisão
Data Carimbo e assinatura do supervisor Assinatura do aluno
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3. Atividades Teóricas
a) Resumo do texto 01- Síntese e Referência do Texto
Impacto do exercício de psicoterapia nos psicoterapeutas
EUGÉNIA FERNANDES (*)
ÂNGELA DA COSTA MAIA (*)
FALAR PODE FAZER BEM...
OUVIR PODE FAZER MAL...
Numa perspectiva narrativa esta é a forma de organizar o fluxo das experiências de vida, uma vez que através da construção narrativa é possível integrar a multiplicidade das ocorrências numa dimensão temporal, não só estruturando-as de forma a dar continuidade ao vivido, mas igualmente permitindo construir princípios e fins, impondo ordem e significado à diversidade (Sarbin, 1986; Polkinghorne, 1988). Estas experiências põem em causa as crenças básicas sobre um mundo previsível, organizado e justo, e a participação de si próprias nessa ordem (Horowitz, 1986), e exigem um esforço de construção de significado que possa ajudar a vítima a reorganizar a si e ao seu mundo, integrando emoções intensas e desorganizadas em elaborações narrativas com que possa construir novos significados.
Este autor começou em meados dos anos oitenta a realizar estudos sobre o efeito da escrita sobre acontecimentos emocionalmente difíceis em comparação com a escrita sobre temas inócuos, tendo constatado que a oportunidade de escrever sobre momentos difíceis e as emoções negativas associadas estavam relacionadas com efeitos positivos em nível do bem-estar.
Segundo Pennebaker (Pennebaker, 1989; Pennebaker, Colder & Sharp, 1990) este trabalho de continuamente “trazer para trás” – a restrição de pensamentos, sentimentos e comportamentos, para além de impedir o processamento da experiência e aumentar a interferência cognitiva nas tarefas quotidianas, é um trabalho fisiológico que implica atividade do sistema nervoso autónomo, sistema nervoso central nas regiões do septo e hipocampos (áreas relacionadas com a inibição), e nas áreas corticais.
A este respeito Pennebaker salienta os resultados dos estudos com sujeitos com estilo de personalidade mais inibido que mostram que eles têm mais problemas de saúde e sono, elevação de cortisol, etc., e Pennebaker (1989) verificou que os sujeitos que tiveram um trauma na infância sobre o qual não puderam falar têm mais probabilidade de ficar doentes.
Outro estudo sobre as experiências inesquecíveis em pessoas com depressão clínica grave revelou que as histórias lembrados episódios de vida negativos, que tinham ocorrido há mais de quinze anos, sobre os quais muitos dos sujeitos nunca tinham tido a oportunidade de falar (Maia, 1998).
• Algumas situações como as que enumeramos a seguir, pelas suas características, podem dificultar a expressão:
1 - Histórias de violência, negligência, abandono, abuso sexuais e maus trato dentro da família de origem ou no casal;
2 - Situações em que os sujeitos querem falar, mas poucas pessoas estão disponíveis para ouvir: por exemplo, pais que perderam um filho, pessoas que têm doenças crónicas ou incapacitantes ou que podem levar à morte queixam-se que os outros não os querem ouvir falar sobre isso (cf. Lehman, Wortman & Williams, 1987).
3 - Situações em que várias pessoas estão envolvidas numa experiência negativa, um grupo ou parte da população, pelo que as pessoas à volta do sujeito estão a lidar com as suas próprias experiências e emoções negativas e por isso estão indisponíveis para ouvir os outros.
Este aspecto é extremamente relevante atendendo a que alguns estudos têm mostrado que quando se dá oportunidade de contar experiências negativas, impedindo a expressão emocional, o efeito pode ser especialmente perturbador, demonstrado pelo aumento nas doenças físicas (McClelland,
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