O Estudo de Caso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

REINALDO DE FREITAS NEVES JÚNIOR

RELATO E ESTUDO DE CASO DENTRO DA PERSPECTIVA DA TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Apresentação do Relato de Caso Clínico, requisito parcial para obtenção de nota da 1ª etapa da disciplina de Seminários do Curso de Psicologia

Orientador(a): Vânia Maria Oliveira Pereira

CARATINGA/MG

2017

RESUMO: 

O presente trabalho refere-se ao estágio curricular obrigatório do Curso de Psicologia. O mesmo realizado no âmbito de clínica de atendimento psicológico, sendo que os atendimentos foram realizados no espaço físico do Centro Universitário de Psicologia – UNEC. A base teórica utilizada durante o processo foi Teoria Cognitiva Comportamental – TCC se utilizando de suas técnicas para o segmento. Desde o ensinamento do modelo cognitivo a até mesmo aplicações de tarefa de casa, questionamento socrático e outros.

Palavras-chave: Psicologia; Clínica; Terapia Cognitiva Comportamental

INTRODUÇÃO

A Clínica Escola desempenha papel de suma importância no desenvolvimento do formando em Psicologia, ela vem para colocar em prática todo arcabouço teórico adquirido durante o curso. O processo seletivo de pacientes se dá pela própria instituição, que inscreve os interessados e os seleciona e divide entre os estagiários. Organizando em turmas supervisionadas, os alunos são orientados e tem os dados dos pacientes repassados sob sigilo.

O primeiro contato se dá no momento em que é agendado o horário de atendimento, nota-se que neste período fica restrito somente um encontro semanal.

O ponto de partida no primeiro encontro foi a explicação de que a paciente estava participando da Clínica Escola, que a mesma se utiliza de estagiários devidamente habilitados para o processo terapêutico, mas que ainda assim haveria uma experiência de aprendizado.

Seguindo com a explicação, é apresentado o contrato terapêutico e suas regras e também é colhido informações básicas do paciente, afim de obter um melhor resultado durante as sessões. A próxima etapa foi à explanação da Teoria que seria utilizada e como funciona o modelo cognitivo. Com o rappot estabelecido começa o processo de terapia:

RELATO DE CASO

Identificação e descrição do paciente:

• Nome: G. A.
• Idade: 18 anos
• Sexo: Feminino
• Profissão: Estudante
• Estado Civil: Solteira
• Uso de Medicamentos:
• Sessões realizadas: 5

QUEIXA PRINCIPAL

Ao ser questionado o motivo de procurar atendimento psicológico: a paciente G. A. relata que se sente ansiosa, afirma ter medo de ser exposta a algumas situações, ficam sem reação, mãos frias e suando, dor na região abdominal posterior (SIC). Segundo a mesma, não consegue se inserir em novos grupos com facilidade, não gosta de se tornar o centro das atenções e tem dificuldades no curso que estudando que tange em apresentar trabalhos, responder questionamento de professores, relatando sintomas físicos. Também afirma que mesmo que tenha os estudos em dias, no momento de apresentações parece que dá um branco e acaba se embolando com o que tem que falar. Se dispersa muito e esquece-se das coisas com extrema facilidade, perde o foco e acaba fazendo suas coisas de forma desorganizada.

SÍNTESE DA HISTÓRIA PREGRESSA E ATUAL

G. A., mora com sua mãe e irmã mais velha, mudou-se para Caratinga acerca de 6 anos, em sua infância residia em São Paulo. O seu pai desde que era recém-nascida mora em outro país e somente o conheceu por intermédio de videoconferência aos 4 anos de idade e que este encontro teve um teor traumático, pois a mesma explica que conhecia o seu pai por meio de fotos e que quando teve o contato com ele em tempo real estava diferente, pessoalmente teve contato com seu pai no início da adolescência.

Aos 9 anos depois de apresentar sintomas de queda de cabeça acentuada, foi levada por sua mãe para consultar-se com médicos e foi encaminhada a psicoterapia, durante cerca de 9 meses que processo terapêutico durou, sendo interrompido por sua mãe com a justificativa que não estava vendo melhora e sim piora no comportamento.

Segundo G. A., na infância fazia uso de Ritalina e seu diagnóstico era de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Atualmente depois de consulta com neurologistas passou a fazer uso deste medicamento novamente.

SÍNTESE DO PROCESSO TERAPÊUTICO

Na primeira sessão, G. A., chegou atrasada e relatando ter confundido horário e local do atendimento. Foi repassado como funcionaria o processo terapêutico e explicado como funciona o modelo cognitivo. A paciente demonstrou-se cooperativa e interessada no atendimento, pós preenchimento das documentações legais, deu-se o início.
Questionamento sobre o interesse na psicoterapia, ou seja, qual o motivo de procurar tratamento. Como seu atraso foi grande, fez com que o tempo ficasse escasso e deixamos para dar seguimento na próxima sessão. Foi reforçado o local e horário para evitar atrasos e confusões.

Na segunda sessão, por parte do terapeuta, havia uma tensão se a paciente compareceria. No momento que a paciente chegou, dentro do horário previsto. Foi realizado uma checagem e humor, ela relatou ter dificuldades com memorização de locais e horários, o qual causa um certo aborrecimento, sempre questionando sobre como os comportamentos refletia em seus sentimentos. Quando perguntada de sua história, sempre colaborou e respondeu o que achava pertinente. Queixou-se sobre sentir-se ansiosa e que isso a levava ter alguns sintomas como: Medo, sudorese, mãos frias, dores na barriga. Sua principal reclamação era que isso interferia no desempenho nas aulas e nas notas. No fim da sessão repassamos o que falamos de forma resumida e foi passada uma tarefa, a mesma nos momentos que sentisse os incômodos por ela relatados, que anotassem quais era e quais sentimentos e sintomas que apareceram.