O Importância do Brincar

O brinquedo é uma fonte de promoção no desenvolvimento da criança, pois através dele a criança aprende a atuar em uma esfera cognitiva que depende de sua motivação interna. Na idade pré-escolar a criança utiliza o brinquedo para imaginar e abstrair as características dos objetos reais, passando a criar situações imaginarias para satisfazer seus desejos não realizáveis, e essa é a característica que define o brinquedo de um modo geral.

Através do jogo simbólico as crianças constroem uma ponte entre a realidade e a fantasia, sendo capazes de lidar com diversas dificuldades psicológicas, ou seja, a criança integra experiências de dor, medo e perda, relacionando os conceitos de bom e mal durante a brincadeira. Já os jogos como o xadrez, implica na construção implícita ou explicita, o desempenho de habilidades que são definidas pelo próprio objeto e suas regras. Dessa forma o brinquedo e a brincadeira se relacionam diretamente com a criança, tornando-se claro que o conteúdo do brinquedo não determina a brincadeira da criança, o ato de brincar é o que revela o conteúdo do brinquedo, permitindo assim o estabelecimento das relações entre os objetos, sendo uma atividade livre e espontânea, responsável pelo desenvolvimento físico, moral e cognitivo.

O brinquedo como objeto, contribui nas atividades que necessitam de orientação para o seu desenvolvimento, permitindo a inclusão de atividades orientadas e livres, ou seja, o brinquedo faz com que a criança simbolize as relações de pensamento-ação. Constituindo a matriz de toda a atividade linguística, tornando possível o uso da fala, do pensamento e da imaginação.

Para Vygotsky (1991) o papel do brinquedo, se refere especificamente à brincadeira de "faz-de-conta”, como por exemplo brincar com uma toalha de banho como se fosse uma capa de super-herói. Segundo o autor, quando a criança imita o comportamento social do adulto em seus jogos, ela está estabelecendo situações reais com elementos de sua própria ação fantasiosa. Isso ocorre devido a criança ter uma necessidade de reproduzir o cotidiano da vida adulta, da qual ela ainda não pode se integrar ativamente. E quanto mais rica for a experiência dela, maior será o conteúdo disponível para as suas imaginações que irão se materializar durante a brincadeira.

REFERÊNCIA:

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Martins Fontes: São Paulo, 1984.