O PAPEL DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE

O PAPEL DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE¹[pic 1]

Edinéia Benvenutti Heil²

Resumo

O estudo apresentado tem como tema o papel da liderança na motivação da equipe. Liderança e motivação são ações essenciais capaz de conduzir pessoas em busca de benefícios para o próprio indivíduo e para o grupo no qual está inserido. A motivação tem sido um dos assuntos mais debatidos quando se busca melhorias no rendimento de profissionais, tornando-se um grande desafio da gestão organizacional moderna. A obtenção de maior rendimento, desenvolvimento de talentos individuais, produtividade, compreensão, competência e conhecimento observam-se em colaboradores motivados. A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos. Certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter sucesso. Ao investir na motivação e realização de seus funcionários, a organização garante uma equipe produtiva, eficaz, capaz de solucionar problemas e criar maneiras que a façam destacar cada vez mais no mercado. Influenciar, motivar, formar equipes vencedoras, fazer de sua equipe uma aliada, são atitudes que todo líder almeja, porém por se tratar de pessoas com características distintas, nem sempre existem padrões estabelecidos de comportamento. Uma equipe tem motivações, valores, expectativas, e histórias de vidas diferentes umas das outras, cabe ao líder lidar com a diversidade, fazer desta diferenciação motivação em ação.

Palavras chaves: Motivação. Liderança. Trabalho em Equipe.

¹ Artigo apresentado à POSEAD – Pós-Graduação a Distância – Faculdade Unyleya, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista – MBA Executivo em Gestão da Psicologia Organizacional, sob a orientação da Profª Égle Pires Santos, Brasília/DF, abril/2017.

² Psicóloga, formada pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), desde sua formação atuando na área de psicologia organizacional e do trabalho, atualmente residindo na cidade de Brusque, no estado de Santa Catarina.

1 Introdução

        

        A motivação tem sido um dos assuntos mais debatidos quando se busca melhorias no rendimento de profissionais, tornando-se um grande desafio da gestão organizacional moderna. Pode ser definida como o conjunto de fatores que determina a conduta de um indivíduo. Um dos grandes problemas que as organizações vêm apresentando é a falta de motivação de seus colaboradores. A motivação é gerada por elementos de estimulação, ação, esforço, persistência e recompensa. No primeiro capítulo definiremos motivação no trabalho, suas principais teorias e os fatores capazes de influenciar a motivação.

Toda organização é composta por seres humanos que para atingir seu melhor desempenho faz-se necessário estar motivados e o líder é um fator principal neste processo. A motivação das equipes pressupõe uma liderança forte, adequada e eficiente, capaz de conduzir os colaboradores aos seus melhores desempenhos, auxiliando-os na conquista de objetivos e metas especifica. Partindo disto no segundo capítulo vamos abordar o tema liderança nas organizações, descrever os principais estilos de liderança, assim como a influência do líder na motivação de sua equipe.

Saber trabalhar em equipe é uma característica essencial para o profissional, possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos em comum. Neste terceiro e último capítulo vamos definir equipe, trabalho em equipe e apontar a importância do líder para manter a equipe motivada.

Este estudo justifica-se por analisar a influência do líder na motivação de sua equipe.

1. Motivação no Trabalho

        “Motivação é a força ou o impulso que leva os indivíduos a agirem de uma forma específica” (MAITLAND, 2002, p. 7).

        De acordo com Bergamini (2013) em todos os setores da vida humana, existe sempre alguém interessado em conseguir que outro alguém faça aquilo que precisa ser feito, porém o simples fato de desejar não é suficiente para que o outro queira e chegue a fazê-lo ou tenha alguma motivação para tanto.

        A motivação é gerada por elementos de estimulação, ação, esforço, persistência e recompensa. Chiavenato (2004) aponta que a motivação é uma pressão interna e surge de uma necessidade, também interna, capaz de gerar energia impulsionando o organismo a uma atividade e mantendo a conduta até que a meta seja atingida ou a resposta seja bloqueada.

        Para Pérez-Ramos (1990) a motivação no trabalho faz com que o indivíduo execute suas tarefas demostrando suas melhores capacidades e esforços.

        Para Nakamura (2005) indivíduos motivados tornam-se mais produtivos, atuam com maior satisfação e produzem efeitos multiplicadores.

        Reconhecimento, ser tratado de modo justo, ser ouvido, desafios, novas oportunidades, orgulho do próprio trabalho, condições de trabalho adequadas, sensação de ser útil, de acordo com Nakamura (2005), são ações que motivam os indivíduos e cabe à organização criar essas condições para que o funcionário trabalhe motivado.

        Em termos empresariais o fenômeno motivação é básico. Alguns comportamentos motivacionais nas organizações podem ser elencados, como maior rapidez na execução de tarefas, produtividade de maior qualidade, satisfação, entre outros tipos semelhantes (BASTOS, 2001).

        As teorias motivacionais procuram identificar e analisar fatores que estimulam o comportamento dos indivíduos.

1. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Abraham Maslow

        Abraham Harold Maslow foi um psicólogo americano, considerado um dos fundadores da psicologia humanista, que ficou conhecido pela teoria da hierarquia de necessidades publicada em 1943, ele considerava as necessidades como fontes de motivação humana.

        Para Maslow é eternamente insatisfeito e com grande quantidade de necessidades, que através de uma escala hierárquica se relacionam entre si na qual uma necessidade deve estar razoavelmente satisfeita antes que outra se manifeste como prioritária (FELIPPE, 2001).

        A teoria de Maslow propõe que os fatores de satisfação do indivíduo dividem-se em cinco níveis dispostos em forma de pirâmide, como ilustrado na figura 1.

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Figura 1: Pirâmide das necessidades, de Maslow.

Fonte: Maslow (2000, p. 105).