O PSICÓLOGO NO BRASIL: NOTAS SOBRE SEU PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO
Por: Jacqueline Ogelcy • 17/2/2017 • Artigo • 6.002 Palavras (25 Páginas) • 1.748 Visualizações
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Disciplina: Estágio Básico I
Profª. Karine Lima Verde
Turma: Noite ABCD
Estágio Básico – I
Portfolio
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Jacqueline Camurça de Araújo
FORTALEZA/2016
O PSICÓLOGO NO BRASIL: NOTAS SOBRE SEU PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO
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As análises informativas e descritivas foram um dos principais trabalhos sobre a história da Psicologia no Brasil. (Lourenço Filho, 1955/1994; Pena, 1992). Em 1854 surge na medicina o debate pontuando a psicologia.
Para o autor Pessoti (1988) a história da psicologia divide-se em quatro períodos: Pré-Institucional (Até 1833), institucional (1833-1934), Universitário (1934-1962) e Profissional (1962-..). Tendo como três marcos principais; 1833, criação das faculdades de medicina no Rio de Janeiro e na Bahia; 1934, Criado o curso de psicologia na universidade de são Paulo; e 1962, quando a profissão foi regularizada.
Dois campos do conhecimento contribuíram para o início da profisionalização da psicologia no Brasil: a educação e a medicina.No centro pedagogico: Centro de formaçãode professores (1906), onde surgi o primeiro laboratório de psicologia esperimental. Início no contexto da psicologia.
Não havia, portanto, a profissão de psicólogo no Brasil durante o secúlo XIX.A profissionalização da psicologia ocorreu de 1890 a 1975, abrangendo desde a gênese da instituição da prática psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispopsitivos formais.
A incorporação da pisicologia no currícilo dos cursos de pedagogia e a criação dos laboratórios experimentais constituíram-se em vias trílhadas para a profissionalização do psicólogo no Brasil. Uma via cabe lembrar que colocava a psicologia submetida á lógica de outra profissão. Neste sentido, caracterizando o processo de profissionalização. O laboratório experimental na medicina da psicologia surgiu por volta de 1923, onde tinha como objetivo transformar o laboratório da colônia de psicopatas em um instituto de psicologia, com isso é organizado uma escola superior de psicologia.
A psicologia inicia como área de especialização, só posteriormente surgiu a graduação. Com isso muitas mudanças foram surgindo, um delas foi a regulamentação da psicoterapia como uma prática da psicologia, do psicológo. Essa mudança ocorreu no ano de 2000; A hipinose é regulamentada como prática e auxílio de trabalho do psicólogo.
Entre 1890 e 1975 ocorreram vários fatos que contribuíram para o processo de profissionalização da psicologia no Brasil, uns mais vinculados á formação profissional e outros ao estabelicimento de limites para o exercício da atividade no mercado de trabalho.
Em 27 de agosto de 1962 surge a lei nº 4119,que “dispõe sobre a formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo”, que foi assinada pelo presidente João Goulart e subscritada por Brochado da Rocha e Roberto Lyra (Brasil, 1962, pp. 71-76).
Doi anos depois da aprovação, em 21/1/1964, o Decreto nº 53.464 regulamentou a Lei nº 4119, que relata as funções do psicologo. O Título I, ao referir-se ao exercício profissional, inclui várias categorias não contempladas no texto da Lei. No artigo 4 do referido Decreto, as funções dos psicólogos aparecem ampliadas(Brasil, 1966-1967, pp. 150- 156):
1) Usar métodos e técnicas psicológicas para realizar diagnósticos psicológicos, orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento;
2) Dirigir serviços de Psicologia;
3) Ensinar Psicologia nos vários níveis de ensino;
4) Supervisionar profissionais e alunos;
5) Assessorar tecnicamente;
6) Realizar perícias e emitir pareceres;
Em 1971, com a realização do I encontro Nacional de Psicologia, em São Paulo, foi possível reunir diversas associações de psicologia, que proporcionou a comemoração da regulamentação do psicólogo como profissonal, como também foi defendida a criação do Conselho Federal de Psicologia. Conselhoesse criado em 20 de dezembro de 1971, onde a função oficial dos conselhos era “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo e zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe”. O primeiro código de ética foi criado em 1975, um ano depois este código foi revisot, e em 1977 fixou normas de orientação e fiscalização do exercício profissional de psicólogo.
Para Pereira e Pereira Neto (2003), segundo o referencial usado por eles, da Sociologia das profissões,
É possível constatar que a Psicologia conseguiu... todos os requisitos necessários para ser considerada uma profissão: conhecimento pouco acessível e institucionalizado, mercado de trabalho formalmente assegurado e autoregulação instituída em Conselhos e códigos de ética. Nesse sentido, o ano 1975 assinala o fim do processo de profissionalização da Psicologia no Brasil. (p. 25)
Com isso identificamos que a psicologia conseguiu por volta de 1970, todos os requisitos necessários para ser considerada uma profissão: conhecimento pouco acessível, mercado de trabalho formalmente assegurado, instituída em conselho e código de ética. Tendo assim como atuação as áreas de educação, organizacional e clínico.[pic 3]
O QUE É OUVIR
Nise da Silveira[pic 4]
Nise da Silveira inicia o seu relato sobre “Ouvir”, pontuando um trexo do texto de Rogers, “O primeiro sentimento básico que gostaria de partilhar com vocês é a minha alegria quando consigo realmente ouvir alguém”. Rogers quer relatar que na comunicação pode ocorrer um equívoco, escutamos a pergunta, respondemos, porém o que é repassado como resposta nem sempre corresponde o que foi questionado. Faltou o significado real da comunicação que foi realizada.
A palavra viva está sob a roupagem contingente do pensamento, é a efetuação desse pensamento. Se ficarmos nesta roupagem, não será possível atingir o algo vivo e presente. Ser ouvida, significa ser plenamente pronunciada.
Um dos relatos de Rogers na escola, foi que “muitas respostas são dadas diferente da pergunta realizada”.
Para Buber a palavra expressa relação, onde o ouvir é sentir a real necessidade.
O ouvir para Rogers é “Sentir o eu em contato com”, onde para Buber é o conhecimento íntimo.
É possível observar no trexo abaixo o quanto Rogers reforça a informação acima:
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