O PSICOLOGO COMO MEMBRO DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAL NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA:
Por: lopes1234 • 20/9/2016 • Artigo • 3.346 Palavras (14 Páginas) • 594 Visualizações
O PSICOLOGO COMO MEMBRO DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAL NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA: [1]
Wesley Fernando Felício[2]
Resumo: O tema saúde pública apresenta olhares diferentes e adequações distintas sobre este conceito, mas é de suma importância debater propostas, intervenções ou práticas que vêm agregar na melhora da qualidade deste serviço. O psicólogo como membro de uma equipe multiprofissional têm contribuído em diversos aspectos. E o presente artigo visa propor uma reflexão a partir de pesquisa bibliográfica e fundamentação teórica sobre o significado da atuação em equipe, buscando refletir a prática da Psicologia na área da saúde, levando em consideração possíveis erros e acertos, possibilidades e impossibilidades, apontando uma nova perspectiva que contribua para uma atenção à saúde mais digna e humana, pautadas nos próprios princípios do SUS: equidade, integralidade e universalidade. O estudo permitiu conhecer e refletir sobre a dificuldade encontrada diante da realização do trabalho coletivo, integrado, comprometido em equipe na área da saúde.
Palavras-chave: Psicologia, Trabalho em equipe, Saúde pública.
O PSICOLOGO COMO MEMBRO DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAL NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA:
PSYCHOLOGIST HOW TEAMS MULTIPROFISSIONAL MEMBER IN THE CONTEXT OF PUBLIC HEALTH:
Resumo: O tema saúde pública apresenta olhares diferentes e adequações distintas sobre este conceito, mas é de suma importância debater propostas, intervenções ou práticas que vêm agregar na melhora da qualidade deste serviço. O psicólogo como membro de uma equipe multiprofissional têm contribuído em diversos aspectos. E o presente artigo visa propor uma reflexão a partir de pesquisa bibliográfica e fundamentação teórica sobre o significado da atuação em equipe, buscando refletir a prática da Psicologia na área da saúde, levando em consideração possíveis erros e acertos, possibilidades e impossibilidades, apontando uma nova perspectiva que contribua para uma atenção à saúde mais digna e humana, pautadas nos próprios princípios do SUS: equidade, integralidade e universalidade. O estudo permitiu conhecer e refletir sobre a dificuldade encontrada diante da realização do trabalho coletivo, integrado, comprometido em equipe na área da saúde.
Palavras-chave: Psicologia, Trabalho em equipe, Saúde pública.
Abstract: The public health issue presents different looks and different adjustments on this concept, but it is extremely important debate proposals , interventions or practices that have aggregate to improve the quality of this service. The psychologist as a member of a multidisciplinary team have contributed in several respects. And this article aims to propose a reflection from literature and theoretical framework of the meaning of acting as a team, seeking to reflect the practice of psychology in health , taking into account possible errors and successes, possibilities and impossibilities , pointing a new perspective that contributes to attention to more dignified and human health , guided the SUS own principles : fairness, integrity and universality. The study allowed to know and reflect on the difficulty facing the realization of collective work, integrated , committed to staff in the health sector .
Keywords: Psychology, Teamwork, Public Health.
Introdução:
A saúde pública no Brasil tem se mostrado em uma situação grave, pois é de baixa qualidade, e de grande demanda (muitas pessoas precisam de atendimento).
Pensar saúde pública é pensar em algo amplo e complexo, seu significado pode mudar com o governo que elabora programas que visem atender a demanda emergente, pode mudar de acordo com o período histórico, e de acordo com a própria sociedade em questão. Porém tem como objetivo principal o bem estar, o estudo e a solução de problemas referentes à saúde da população, baseando nos princípios doutrinários e organizativos do SUS. Tomando Pereira (2003) como guia para esta definição:
Os princípios doutrinários dizem respeito às idéias filosóficas que permeiam a implantação do sistema e personificam o conceito ampliado de saúde. Os princípios organizativos orientam a forma como o sistema deve funcionar, tendo como eixo norteador os princípios doutrinários. (PEREIRA, 2003, p. 34)
A universalidade segundo o Ministério da Saúde (2000, p. 30) “é um direito de todos e é um dever do Poder Público a provisão de serviços e de ações que lhe garanta. Não quer dizer somente a garantia imediata de acesso às ações e aos serviços de saúde”, ou seja, é de fundamental importância que toda a população tenha direito a saúde como é definido pelo art. 196 da Constituição de 1988. Já a intregalidade ainda segundo o Ministério da Saúde (2000, p. 31) “é um dos mais preciosos em termos de demonstrar que a atenção à saúde deve levar em consideração as necessidades especificas de pessoas ou grupos” o que quer dizer que o Estado tem o dever de oferecer atendimento integral priorizando atividades preventivas e estabelecer um plano de ação que atue desde a prevenção, a promoção efetiva da saúde como consta no art. 198, II da Constituição. Sobre a equidade o art. 5° da Constituição diz que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, portanto a população em geral e de forma igualitária devem ter acesso a saúde. O Ministério da saúde (2000, p. 32) nos fala que “há uma sinergia e uma série de externalidades positivas geradas a partir da melhora das condições de saúde da população o que faz concluir que de fato a saúde é fundamental na busca de uma maior equidade”.
De acordo com o Ministério da Saúde há três formas de descentralização, cada uma com suas peculariedades, entre elas estão; a transferência de recursos (repasse fundo a fundo), a remuneração de serviços produzidos e celebração de convênios e instrumentos similares na área da saúde. Dessa forma cria-se um dialogo entre a população local atendida e os gestores das políticas públicas. A hierarquização consolida ao modo que os gestores das políticas públicas assumem suas responsabilidades e/ou compromisso perante o SUS. “Isso é confirmado pela maciça adesão às formas de gestão trazidas pela NOB/96[3], bem como ao PAB[4] fixo e aos programas do PAB variável.” Com todo este movimento a população vem se mobilizando a participar e formar conselhos que definem os caminhos a serem seguidos pelo SUS, o que é percebido pelo Ministério da Saúde (2000) quando diz que:
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