Contribuições do Psicólogo na equipe de Cuidados Paliativos
Por: Júlia Vacchi • 8/11/2019 • Trabalho acadêmico • 837 Palavras (4 Páginas) • 260 Visualizações
[pic 1] | Atividade Prática Supervisionada Modelo de Resumo | |
Contribuições do Psicólogo na equipe de Cuidados Paliativos | ||
Débora Ferreira Bevilaqua, Guilherme Jacobs, Júlia Luiza Vacchi, Lucas Zanchettin Anunciação, Quenia Antunes da Silva, Tatiele Jacques Bossi*. | ||
*Autor correspondente (Orientador) Tatiele Jacques Bossi, endereço: Rua Os Dezoito do Forte, 2366 - Caxias do Sul - RS - CEP: 95020-472 | Palavras-chave: Paciente terminal. Cuidados paliativos. Psicologia. |
Introdução/Fundamentação Teórica: O presente trabalho tem como objetivo apontar as principais contribuições do psicólogo junto à equipe de cuidados paliativos nos cuidados aos pacientes terminais, através de uma revisão da literatura. Esta equipe é formada por diversos profissionais, são eles: médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, dentistas, assistentes sociais e inclusive capelão. A abordagem voltada para o ser humano em sua integralidade e a necessidade de intervenção em sintomas de natureza física, social, emocional e espiritual transforma a prática dos Cuidados Paliativos em um trabalho necessariamente de equipe. (GOMES, OTHERO, 2016). O cuidado paliativo é a prática que busca oferecer a um paciente sem possibilidade de cura, um atendimento que integre todo seu ser, visando uma melhora na qualidade de vida para ele e para a sua família (FERREIRA, FERREIRA LOPES, BATISTA DE MELO, 2011). Não se tem como foco a cura, mas sim controlar e aliviar os sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. O Cuidado Paliativo não se baseia em protocolos, mas em princípios. Indica-se o cuidado desde o diagnóstico, expandindo o campo de atuação. Afasta-se a ideia de “não ter mais nada a fazer”. A abordagem inclui a espiritualidade entre as dimensões do ser humano. A família é lembrada, portanto assistida, também após a morte do paciente, no período de luto. (MATSUMOTO, 2009). De acordo com o Conselho Regional de Medicina a função da equipe de cuidados paliativos é: aliviar a dor, sintomas e sofrimentos em pacientes terminais com doenças incuráveis em busca de oferecer uma melhor qualidade de vida. O processo de cuidados paliativos para o profissional de psicologia no ambiente hospitalar tem como finalidade dar um novo sentido à vida, através de tarefas multiprofissionais, buscando principalmente o controle da dor física e do sofrimento psicológico do paciente (FERREIRA et al., 2011). Segundo a APA (2005), a intervenção do psicólogo em cuidados paliativos abrange a intervenção clínica, educação e treino, investigação e papel institucional. As formas de ajuda são: acolhimento do paciente junto aos familiares, compreender os sentimentos e reações do paciente diante da doença, reflexão sobre o sentido da morte, promover cuidados mais humanizados, além de estar em constante comunicação com os outros profissionais que acompanham o paciente. Oferecer a família uma melhor compreensão da doença, visando diminuir os sintomas psicológicos causados pela doença, gerando oportunidades para tratar assuntos pendentes como despedidas, agradecimentos e reconciliações. Para o paciente serve como um acalento para uma passagem mais tranquila sem arrependimentos (FERREIRA et al., 2011). Material e Métodos: As informações e citações apresentadas neste trabalho foram coletadas através de pesquisa bibliográfica aprofundada em livros, artigos acadêmicos e notícias publicadas na internet. Com base nestas informações o grupo analisou os dados mais relevantes e descreveu no trabalho de forma objetiva. Além deste trabalho escrito, foi criado um folder informativo sobre cuidados paliativos, para que ocorra um melhor entendimento sobre cuidados paliativos e seus benefícios. Realizou-se uma entrevista com a médica Patrícia Silva Camassola, que trabalha no Hospital Pompeia em Caxias do Sul, na qual ela respondeu algumas perguntas que auxiliaram no desenvolvimento do trabalho. Conclusão: O trabalho apresentado tem como objetivo reconhecer, a partir de pesquisa e revisão bibliográfica, a legitimidade e necessidade de cuidados paliativos em pacientes terminais, tal qual recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2010, foi publicado, um estudo de alta importância, comparando a assistência provida no modelo tradicional e no modelo dos Cuidados Paliativos. O grupo que recebeu cuidados paliativos apresentou melhores auto avaliações de qualidade de vida e menores índices de transtornos de humor, esses pacientes viveram em média três meses mais que o grupo que recebeu a assistência no modelo tradicional. Portanto, é notória a necessidade de cuidados paliativos para dar mais dignidade à vida daqueles que se encontram em estados de doenças avançados, assim como também possivelmente aumentar a expectativa desses pacientes (Temel et al., 2010). Dessa forma, o grupo de pesquisa atinge seu objetivo de reconhecer a essencialidade de tal forma de tratamento, trazendo, em conjunto, dados de artigos científicos e pesquisas bibliográficas como evidências de tal fundamentação.
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