O Processo de Socialização: indivíduo, sociedade e cultura
Por: luandaprais • 5/4/2025 • Resenha • 578 Palavras (3 Páginas) • 43 Visualizações
Resenha: “O processo de socialização: indivíduo, sociedade e cultura”
O texto nos apresenta uma análise bastante profunda sobre o indivíduo como ser único com características individuais, mas que se constrói inserido em uma sociedade direcionada pela cultura que, é direcionada pelas relações que ele vive.
Partindo do exposto em que o foco da Psicologia Social é estudar o comportamento no que ele é influenciado socialmente, nos é trazida a percepção de que somos seres sociais desde o nosso nascimento, pois somos compostos do que herdamos de nossos familiares e, na sequência do que receberemos dos grupos – internos ou externos – quando da nossa socialização. Essa convivência nos permitirá o crescimento e construção da nossa individualidade.
Para compreendermos o indivíduo e a sociedade, se faz necessário compreender a Cultura, que se identifica pelo comportamento, pelo conjunto de hábitos e regras sociais de um determinado grupo, aprendidos quando estabelecemos as nossas relações. Essa cultura é transmitida entre gerações, mas o indivíduo é ativo neste processo podendo ter entendimentos diferentes e tomar decisões que se adaptem ao contexto histórico do momento. E com essa troca de informações, o indivíduo se socializa, percebendo o quanto ele está aderente aos conceitos daquele grupo, ou não.
Neste processo de intercambio de experiencias, valores e crenças temos os agentes socializadores, que se conectam pelas fases da vida, mas que têm papéis definidos. Iniciamos pela socialização primária, que acontece na infância e que tem como como atores principais os familiares. Nessa etapa são transmitidos cuidados físicos e afetivos, crenças atitudes e valores que irão compor a sua identidade. Na segunda etapa temos a socialização secundária, que acontece na fase adulta e que tem como ator principal a escola. Apesar de o indivíduo já chegar com a sua base principal já estabelecida, mas a escola pode trazer novas percepções e levantar questionamentos para os que estão inseridos neste contexto. Por último, na velhice, os indivíduos passam por dois processos concomitantes: o de dessocialização, pois deixam de pertencer a alguns grupos, e o de ressocialização, de aprendizagem social, para novas relações com novos grupos.
À medida em que nos inserimos na sociedade, nos colocando como pertencentes a um grupo específico, há um comportamento que é esperado para traduzir aquela interação: o papel social. Em cada grupo encontramos normas, a reprodução dessas normas é a expressão do papel social que se liga às relações sociais. Os papéis não são “engessados”. Ao escrever sua trajetória de vida, você pode exercer papéis diferentes, que sejam aderentes às escolhas que fez, e à fase da vida em que esteja. A divergência entre a objetividade e a subjetividade destes papéis é que tiram as pessoas da zona de conforto para novas escolhas ou para a mudança dos padrões previamente estabelecidos.
Estes papéis que desempenhamos se traduzem na nossa consciência de si mesmo e na identidade social. Uma identidade que é mutável, que se contradiz quando não nos encaixamos nos padrões e se choca com as transformações pelas quais passamos.
Por fim, o texto traz de forma profunda e abrangente o quanto estão interligadas as 3 vertentes: indivíduo, sociedade e cultura.
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