O Psicólogo Na Unidade Básica De Saúde: Uma Proposta Para O Transtorno De Ansiedade Generalizada (Tag)

FACULDADE DOCTUM DE SERRA[pic 1]

Credenciada pela Portaria 05 de 23 de janeiro de 2014.

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Autorizado pela Portaria nº 632 de 28 de novembro de 2013

O PSICÓLOGO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: UMA PROPOSTA PARA O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

         

 

Sônia Maria de Paula Silva (9º Período Psicologia)

Tatiane Mendes de Melo Mariano (9º Período Psicologia)

Thais de Souza Matias (9º Período Psicologia)

Vanessa dos Santos Batista Lima (8º Período Psicologia)

Professor: Amanda Lovo dos Santos

1. PROPOSTA DO TRABALHO

Suponhamos que vocês sejam psicólogos de uma UBS e de acordo com a demanda sorteada, vocês precisam criar um planejamento terapêutico em saúde mental, como seria?

1.  APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO

Mulher, 30 anos de idade com a queixa principal de constante ansiedade e dificuldade de controlar suas preocupações. Apresenta inquietação, cansaço e tensão muscular; dificuldade para pegar no sono e apreensão sobre o futuro. Em sua família, os pais já realizaram tratamento psiquiátrico: o pai por um episódio depressivo maior e a mãe por TAG. A pontuação da Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A) foi classificada como ansiedade grave.

3. PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO

3.1. CRITÉRIOS PARA A TRIAGEM

Acolher e realizar a escuta qualificada, coleta de informações e sinais clínicos com os seguintes sintomas:

Ansiedade e preocupação excessiva há mais de seis meses;

Receios frequentes como: medo de adoecer, de que algo negativo aconteça com seus familiares, de não conseguir cumprir com compromissos financeiros ou profissionais;

Sintomas físicos como: perturbação de sono, fadiga, irritabilidade, tensão muscular; tremores, desconforto epigástrico, sudorese;

Prejuízos no âmbito social,  ocupacional ou em outras áreas importantes.

3.2. CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO

Problemas no sono;

Uso em excesso de bebidas, drogas ou comida (motivada pela TAG);

Sofrimento clinicamente significativo;

Preocupação crônica e excessiva de difícil controle;

Se há associação a sintomas depressivos ou outros transtornos;

Comorbidades como o TDAH.

3.3. SOLUÇÕES INDIVIDUAIS

União de técnicas cognitivas comportamentais: utilização de reestruturação cognitiva, descatastrofização, questionamento de evidências e relaxamento. Buscar modificar padrões catastróficos de pensamentos e crenças positivas relacionadas ao ato de se preocupar. Utilizar de técnicas comportamentais indicadas para o trabalho de aceitação das experiências internas com foco no momento presente, através de relaxamento, registro de preocupação e planejamento de atividades relacionadas a valores e exposição de pensamentos e atividades apreensivas. Além de:

• Incentivar a prática de atividades prazerosas;
• Discutir o que o paciente está fazendo para manejar as situações desagradáveis, identificando e reforçando atitudes que estão funcionando;
• Sessões semanais, com uma hora de duração, com previsão de um total de quatro meses de acompanhamento.

1. 4. SOLUÇÕES EM GRUPO

Em grupo é possível trabalhar com psicoeducação e desenvolvimento de estratégias comportamentais para lidar com as demandas que surgem, além da respiração e proposta de atividades físicas. Em reuniões grupais podem ser trabalhados:

• Momentos de reflexão em que se sentiram: triste, ansioso ou irritado em alguma situação e o que fez.
• A atividade física em que os benefícios são percebidos não só durante a prática, mas, ao longo do dia.

Encaminhar a prática de atividades físicas regularmente que pode ser realizada através do PROEF (Programa de Orientação ao Exercício).

Realizar parceria com nutricionista para conduzir palestra sobre a importância de uma alimentação saudável para reduzir e prevenir a ansiedade, além de trazer exemplos de alimentos acessíveis a população local.

Realizar técnicas de relaxamento através da respiração diafragmática, como processo psicofisiológico que envolve respostas somáticas e autônomas usadas para manejar os efeitos autonômicos da ansiedade.

As atividades em grupo poderão ser realizadas mensalmente.

3.5. RESOLUÇÕES/PORTARIAS

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 19 DE JULHO DE 2022

Art. 6º As psicólogas e os psicólogos inseridos na Atenção Básica deverão atuar nas diferentes equipes e dispositivos descritos nas portarias ministeriais, que apresentam sua tipificação e parametrização. São eles:

I - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB);

II - Equipe de Consultório na Rua (eCR);

III - Centro de Convivência e Cultura;

IV - Equipes de Atenção Primária Prisional (eAPP)

V - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescente em Conflito com a Lei (PNAISARI); e

VI - demais equipes e dispositivos vigentes, conforme normativas do Ministério da Saúde.

3.6. AÇÕES PSICOEDUCATIVAS

Por intermédio de livros, capítulos ou artigos sobre a TAG, iniciada a partir de uma discussão sobre a natureza do medo, da ansiedade, da preocupação.

Explorar a função das emoções e das respostas emocionais a elas, destacando que a repetição reforça esses hábitos, enquanto a extinção pode enfraquecê-los.

A técnica será aplicada à medida que a paciente apresentar exemplos de situações cotidianas e de como lida com elas, o que pensa e como reage. Assim, a educação a partir de exemplos práticos é a melhor forma de psicoeducar o paciente sobre o seu funcionamento.

Também é importante que o paciente compreenda que o TAG é caracterizado por preocupações excessivas e difíceis de controlar, que se faz importante, planejar as ações.