O TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Por: Isa Kumamoto • 18/12/2021 • Resenha • 1.368 Palavras (6 Páginas) • 131 Visualizações
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Segundo o DSM V (2014), o trastorno de ansiedade caracteriza-se por compartilhar
sentimentos de medo e ansiedade de forma excessiva, relacionando-se a perturbações
comportamentais. Os transtornos de ansiedade se diferem do medo ou da ansiedade
adaptativos por se apresentarem de maneira excessiva ou persistente além dos períodos
apropriados ao nível de desenvolvimento. Como resposta ao medo, os ataques de pânico se
destacam dentro dos transtornos de ansiedade. Muitos dos transtornos de ansiedade são
desenvolvidos durante a infância e tendem a persistir ao longo da vida adulta se não forem
tratados.
Os sintomas psicológicos característicos do transtorno de ansiedade são o medo ou
ansiedade persistente, pesadelos, preocupação persistente e excessiva sobre possíveis perdas
ou perigos, preocupação persistente e excessiva de um evento indesejado, relutância em
afastar-se de pessoas importantes ou figura de apego. Quanto aos sintomas físicos que podem
acompanhar, podemos citar os sintomas cardiovasculares como palpitações, tonturas e
sensação de desmaio.
Cada transtorno de ansiedade é diagnosticado somente ao ser observado sintomas sem
causa externa, como por exemplo o efeito fisiológico do uso de substâncias ou
medicamentos, ou à parte de uma condição médica ou outros transtornos mentais que
explique a manifestação dos sintomas. Fatores ambientais como estresse vital, perda, doença
do indivíduo ou de um parente, mudanças, seja de casa ou de escola; sair da casa dos pais,
iniciar uma relação romântica ou tornar-se pai podem estar associadas ao transtorno de
ansiedade. Fatores genéticos e fisiológicos também podem ser considerados fatores de risco,
como por exemplo a hereditariedade. Sua prevalência é maior em indivíduos do sexo
feminino, em uma proporção de aproximadamente 2:1. Sua prevalência no Brasil gira em
torno de 9,3% da população, tornando o país com a maior taxa de pessoas com transtorno de
ansiedade no mundo.
Os transtornos de ansiedade tendem a ser altamente comórbidos entre si , todavia
podem ser diferenciados pelo exame detalhado das situações temidas ou evitadas e pelo
conteúdo dos pensamentos ou crenças associados. Em crianças, o transtorno de ansiedade é
altamente comórbido a transtorno de ansiedade generalizada e fobia específica. Em adultos, as
comorbidades comuns incluem fobia específica, transtorno obsessivo-compulsivo e
transtornos da personalidade, transtornos depressivos e bipolar. Também é válido ressaltar que
a presença de transtorno de ansiedade pode ser associada a ideação suicida e tentativas de
suicídio.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE NA TCC
A TCC tem sido considerada um dos tratamentos mais eleitos em casos de transtorno de
ansiedade e vem se mostrando uma abordagem muito eficaz. Em casos simples, sem
comorbidades, o tratamento normalmente dura de 5 a 20 sessões de 40 a 50 minutos, podendo
aumentar o tempo de sessão de acordo com a gravidade (WRIGHT et al., 2018).
Os métodos comportamentais usados para o tratamento de transtorno de ansiedade têm
focado primordialmente em romper com a ligação entre o estímulo, condicionado ou não
condicionado, e a resposta de medo em um processo denominado de despareamento do
estímulo-resposta. Os procedimentos mais comuns para desfazer esse pareamento são inibição
recíproca e exposição. A inibição recíproca é caracterizada como um processo de redução da
excitação emocional, ajudando o paciente a experimentar uma uma emoção positiva em
contraposição à resposta disfórica. Dessa forma, é induzida um estado de profundo
relaxamento da musculatura voluntária, resultando em um estado de calma incompatível com
a ansiedade. Assim, quando a pessoa consegue permanecer relaxada na presença de estímulo
temido, o estímulo e a resposta podem ser pareados. Por fim, quando esse método é praticado
com regularidade, o poder do estímulo em evocar o medo pode diminuir ou ser eliminado. A
exposição produz o despareamento estímulo-resposta através da estratégia de enfrentamento,
a exposição obtém efeitos opostos a evitação. Se uma pessoa se expuser de maneira
intencional a um estímulo provocador de medo, ela provavelmente sentirá medo. Todavia, o
medo geralmente tem tempo limitado, então ocorre a fadiga e, na ausência de novas fontes de
excitação, a pessoa começará a se adaptar à situação (WRIGHT et al., 2018).
Técnicas de reestruturação cognitiva também podem ajudar no processo de
despareamento. Métodos que reduzem ou desligam pensamentos negativos podem diminuir
os níveis de tensão, ajudando assim a relaxar. A parada do pensamento é um método
comumente utilizado para a realização desse objetivo. Essa técnica não necessita da análise
dos pensamentos
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