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Biofeedback no tratamento de transtornos relacionados ao estresse e à ansiedade: Uma revisão crítica

Por:   •  5/6/2018  •  Dissertação  •  890 Palavras (4 Páginas)  •  387 Visualizações

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Biofeedback no tratamento de transtornos relacionados ao estresse e à ansiedade: uma revisão crítica

As técnicas de biofeedback são frequentemente utilizadas como instrumentos de medida da atividade do sistema nervoso autônomo e, consequentemente para aferir níveis de estresse/ansiedade, segundo alguns estudos elas também têm sido utilizadas como ferramenta terapêutica, no manejo do estresse e da ansiedade, resultantes de diferentes situações, proporcionando um retorno imediato de processos fisiológicos (frequência cardíaca, resposta galvânica da pele, tensão muscular, temperatura periférica, pressão arterial e atividade cerebral). Em situações em que o indivíduo pode não estar consciente ou apresentar dificuldades para controlar, treinando-o a realizar a regulação voluntária de respostas fisiológicas e emocionais.  (Henriques, Keffer, Abrahamson & Horst, 2011; McKee, 2008; Neves Neto, 2011, Strunk, Sutton & Burns, 2009).                                              

Este treino inclui diferentes métodos de conscientização e relaxamento, como técnicas musculares, respiratórias e cognitivas, que facilitam a autorregulação dos processos corporais.

Os Instrumentos de biofeedback podem também conter jogos, estimulando-o a alcançar o objetivo, sendo utilizado principalmente em crianças, por ser mais lúdico. (Jordanova & Gucev, 2010; McKee, 2008).

Há diferentes tipos de instrumentos de biofeedback, como o biofeedback VFC, (Variabilidade de Frequência Cardíaca), serve para medição de parâmetros relativos ao funcionamento do sistema nervoso autônomo (Paul & Garg, 2012).

O biofeedback de VFC informa o índice de expressão emocional a partir da interação existente entre os sistemas simpático e parassimpático. Uma baixa VFC está associada a uma menor atividade do nervo vago e aumento da atividade do sistema nervoso simpático. Intervenções que aumentem a VFC e melhorem o tônus vagal podem diminuir a ansiedade. Um sensor de pulso preso nos dedos é conectado a um computador e mostra o ritmo cardíaco em tempo real em um gráfico. Um padrão gráfico denteado demonstra baixa coerência, indicando, portanto, níveis de estresse e ansiedade elevados. Um padrão gráfico com ondas suaves mostra alta coerência, bem-estar e menor índice de estresse. O biofeedback de VFC tem sido utilizado no tratamento de problemas cardiovasculares, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) (Wheat & Larkin, 2010).

Outro instrumento de biofeedback, comumente utilizado em associação à VFC, é o RSA (Respiratory Sinus Arhythmia), que mensura a arritmia sinusal respiratória, sendo capaz de medir a variação da frequência respiratória, com o objetivo de manter o ritmo respiratório em seis respirações por minuto, para que ocorra uma ressonância entre o ritmo respiratório e o baroreflexo, aumentando a amplitude da VFC, no momento do relaxamento, o sistema nervoso parassimpático é ativado e as ondulações respiratórias e a taxa cardíaca são sincronizadas e aumentadas (Mikosch & cols., 2010).

O (EMG) tem o objetivo de mostrar a atividade elétrica muscular em tempo real, podendo assim induzir o relaxamento, regulando a atividade muscular (Nicholson, Buse, Andrasik, & Lipton, 2011).

Já o biofeedback eletroencefalográfico (EEG) ou neurofeedback tem o objetivo de medir as ondas cerebrais atuantes no momento, a partir de sensores instalados na cabeça do indivíduo. Estas ondas alfa têm sido associadas a relaxamento e bem-estar, enquanto ondas teta (produzidas com os olhos fechados) têm sido associadas a estados de meditação, início de sono ou hipnose (Bhat, 2010; Gruzelier, 2009).

O biofeedback (GSR) de respostas galvânicas da pele pode medir a resposta eletrodérmica mediante o posicionamento dos sensores nas pontas dos dedos indicador e médio da mão dominante do participante, essa condutividade nas extremidades é um importante indicador emocional. (Strunk & Cols., 2009).

Finalmente, o biofeedback termal também permite o acoplamento de sensores nas extremidades (mãos, dedos), sendo sensível à temperatura da pele por meio de pequenos vasos. Os vasos dilatam durante estados de maior relaxamento, e a temperatura aumenta (Nestoriuc, Martin, Rief, & Andrasik, 2008; Nicholson & cols., 2011).

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