O VÍNCULO MATERNO-INFANTIL DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA E A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ESTIMULAÇÃO DESSA RELAÇÃO
Por: Ionara Vasconcelos • 26/1/2021 • Projeto de pesquisa • 3.389 Palavras (14 Páginas) • 245 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO
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CURSO: PSICOLOGIA
IONARA JÉSSICA FERREIRA VASCONCELOS
DANYELE DE PAULA LEMOS
O VÍNCULO MATERNO-INFANTIL DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO DA CRIANÇA E A
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ESTIMULAÇÃO DESSA RELAÇÃO
FORTALEZA 2017
SUMÁRIO
- Introdução---------------------------------------------------------------------------------–-- 3
- Delimitação do objeto---------------------------------------------------------------------- 4
- Psicologia Hospitalar-------------------------------------------------------------- 4
- O Psicólogo, a criança hospitalizada e a mãe ------------------------------6
- Vínculo materno-infantil –------------------------------------------------------ 8
- Metodologia---------------------------------------------------------------------------------- 10
- Objetivos-------------------------------------------------------------------------------------- 13
- Cronograma-----------------------------------------------------------------------------------14
1. INTRODUÇÃO
O nosso projeto tem como proposta de estudo compreender a importância da relação entre mãe e filho durante a hospitalização da criança, buscando um entendimento sobre maneira que se dá o vínculo materno-infantil e a contribuição da presença da mãe para a vivência da internação da criança.
Durante o período de hospitalização, ao ser afastada de sua família e ter uma mudança drástica em sua rotina, a criança poderá passar por momentos de angústia e ansiedade. A presença materna remete um sentimento de segurança e tranquilidade à criança. Portanto, através de estudos referentes a essa relação durante nossa pesquisa pretendemos responder a seguinte pergunta: Qual a importância do vínculo materno-infantil durante a hospitalização da criança? Pretendemos também, pesquisar sobre a atuação do psicólogo hospitalar no sentido de estimular essa díade e auxiliar na aceitação, enfrentamento e tratamento da doença.
A escolha desse tema tem como principal motivo o nosso interesse em estudos relacionados à área infantil e a relação entre mãe e filho durante o decorrer do curso de psicologia e através de pesquisas em livros, artigos científicos, revistas especializadas e cursos extracurriculares. Juntamente com nossa vivência obtida durante o estágio curricular em prevenção e promoção à saúde no âmbito hospitalar, apresentamos maior interesse pelo vínculo materno-infantil dentro deste ambiente.
Este trabalho contribuirá para uma maior conscientização acerca da importância da relação mãe e filho durante o enfrentamento do adoecimento, da hospitalização e sua influencia na possível recuperação da criança. Tendo em vista também a importância de relatar a função do psicólogo como mediador da relação familiar no contexto hospitalar, esse trabalho também poderá ter relevância profissional.
2.1 PSICOLOGIA HOSPITALAR
A psicologia hospitalar surgiu a partir de 1818, no hospital McLean, em Massachussets, onde ganhou espaço na primeira equipe multiprofissional. Nessa instituição, em 1904, foi fundado um laboratório de psicologia onde foram desenvolvidas pesquisas pioneiras sobre a Psicologia Hospitalar. (MIRANDA, 2013)
No Brasil, a psicologia hospitalar foi reconhecida como especialidade pelo órgão que rege o exercício profissional do psicólogo, o Conselho Federal de Psicologia em 20 de Dezembro de 2000, pela resolução N.º 014/00. Em que consiste a função do Psicólogo hospitalar centrada no nível secundário ou terciário da atenção à saúde, atuando em instituições de saúde em diferentes modalidades, como:atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.
A psicologia hospitalar é um campo de atuação voltada para o processo saúde/doença, em que o profissional visa fornecer apoio através de acolhimento, compreensão e comprometimento com o paciente e com todos que o rodeiam.
“A Psicologia Hospitalar tem como objetivo principal a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização”. (ANGERAMI - CAMON, 2010, p.10). O profissional de psicologia deverá levar em conta não apenas o adoecimento do paciente, mas também, todas as conseqüências emocionais decorrentes desse momento, pois se entende que a partir da hospitalização, o paciente é afastado do meio social e terá de adaptar-se a uma nova rotina, trazendo, portanto, sofrimento psíquico ao mesmo.
Quando o paciente em questão for criança, (MESQUITA; SILVA e ROCHA JUNIOR, 2013) diz que o psicólogo atuará junto à criança de forma a minimizar o sofrimento e favorecê-la um ambiente menos hostil, desenvolvendo técnicas de atendimento de uma forma lúdica. O leito deverá ser decorado de uma forma que expresse alegria, cores apropriadas para aquele espaço, brinquedoteca, nunca esquecendo que atender crianças no ambiente hospitalar requer criatividade, atividades e ambientes diferentes, estando sempre atento aos detalhes que possam contribuir ao processo de cura do paciente.
Tendo em vista a necessidade de atuar de forma lúdica com a criança hospitalizada, A LEI Nº 11.104/2015 dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, constituindo significativo marco na história das Brinquedotecas no Brasil.(DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2005)
Embora o paciente esteja em primeiro plano da assistência psicológica no contexto hospitalar, é importante que o psicólogo tenha um olhar voltado para a família e como a mesma se posiciona frente a tal momento. Esse profissional também poderá atuar como mediador na relação da tríade paciente/família/equipe, pois quando o sujeito, com toda sua subjetividade vive a realidade do adoecimento, poderá então produzir alguns aspectos psicológicos podendo revelar-se não somente no próprio sujeito, como também na família e na equipe que o assiste.
A psicologia hospitalar define como objeto de trabalho não só a dor do paciente, mas também a angústia declarada da família, a angústia disfarçada da equipe e a angústia geralmente negada dos médicos. Além de considerar essas pessoas individualmente a psicologia hospitalar também se ocupa das relações entre ela, constituindo-se em uma verdadeira psicologia de ligação, com a função de facilitar os relacionamentos entre pacientes, familiares e médicos. (SIMONETTI, 2004 p.18)
2.2 O PSICÓLOGO HOSPITALAR, A CRIANÇA E A MÃE
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