O que é cultura?
Por: Luíza Cancelli • 18/9/2023 • Bibliografia • 505 Palavras (3 Páginas) • 80 Visualizações
O QUE É CULTURA PARA HEGEL E MARX?
O texto traz como o conceito de Cultura evoluiu ao longo do tempo, passando de uma noção de desenvolvimento da natureza humana para uma compreensão mais ampla que engloba as criações humanas, as relações sociais e a história.
De acordo com Hegel, a Cultura está internamente ligada à manifestação do Espírito Absoluto ou da razão ao longo do tempo. Cada período histórico representa uma fase no desenvolvimento espiritual da humanidade, expressando-se através de uma Cultura específica. Marx critica a visão de Hegel, argumentando que este comete um erro fundamental ao confundir a História-Cultura com a manifestação do Espírito.
Já Marx acredita a História-Cultura se relaciona com a forma como as pessoas, em condições determinadas, produzem materialmente sua existência e dão sentido a essa produção. Enfatiza que História-Cultura é moldada pelas lutas de classes e pelas condições materiais de existência, com foco na exploração e opressão.
É importante destacar as várias manifestações da Cultura, incluindo comunicação (por meio da linguagem e símbolos), o trabalho (transformação da natureza), a relação com o tempo e o espaço, a diferenciação entre sagrado e profano, e a atribuição de valores às coisas e aos seres humanos.
O QUE É CULTURA PARA ZYGMUNT BAUMAN?
Bauman fala que na sociedade contemporânea determinada pela liquidez, a cultura está cada vez mais ligada às lógicas da globalização. As fronteiras geográficas tornam-se menos importantes, mas ao mesmo tempo, as diferenças culturais e sociais podem levar à fragmentação e à falta de coesão social. A cultura atua como um dispositivo para atrair os indivíduos, criando desejos e promessas de satisfação que muitas vezes não são necessariamente supridas.
Para ele os indivíduos são incentivados a se ajustar a sua identidade de acordo com as expectativas da sociedade. Essa adaptação é impulsionada pelos produtos disponíveis no mercado de consumo, que oferecem uma variedade de opções para construir e reconstruir a identidade pessoal.
Na modernidade líquida, as estruturas sociais tradicionais, como família, emprego, comunidade e identidade, tornam-se cada vez mais instáveis. Com isso as relações humanas tornam-se mais superficiais e descartáveis, com as pessoas se conectando rapidamente, mas também se desconectando facilmente.
Essa condição cultural e social exige uma reavaliação das formas como as pessoas vivem suas vidas, constroem suas identidades e se relacionam com os outros e o mundo ao seu redor. As pessoas vivem com a ansiedade de não saberem o que o futuro reserva e como as mudanças abruptas afetarão suas vidas.
Ao contrário da visão de uma cultura “única” ou “universal”, ele afirma que vivemos em um mundo multicultural, onde diferentes culturas coexistem, mas ao mesmo tempo ele critica esse termo, por acredita ser uma desculpa para justificar aa desigualdades sociais. Bauman traz no seu conceito de Modernidade Líquida que as antigas estruturas e certezas são substituídas por uma sensação de constante mudança e incerteza.
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