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Observação

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Por:   •  10/11/2014  •  Seminário  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  393 Visualizações

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Considerações teóricas:

A observação como técnica de pesquisa tem sido apontada como um dos elementos fundamentais desse processo, pois está presente na escolha e formulação do problema, na construção das hipóteses e na coleta, análise e interpretação dos dados (Laville & Dione, 1999) Segundo Estrela (1992), a observação é um processo fundamental que não tem um fim em si mesmo, mas que é subordinado ao serviço dos sujeitos e dos seus processos complexos de atribuir inteligibilidade ao real, fornecendo os dados empíricos necessários a posteriores análises críticas.

A observação é uma etapa intermédia entre a construção dos conceitos e das hipóteses e o exame dos dados utilizado. (Quivy et al, 1998, p. 163) De acordo com Vianna (2003), ao observador não basta simplesmente olhar. Deve, certamente, saber ver, identificar e descrever diversos tipos de interações e processos humanos. O observador é aquele que observa; cumpridor; respeitador; crítico; sensor; curioso e espectador (Grande Enciclopédia Universal, volume 14, p. 9493) A observação científica segundo Rudio (1999, p. 41), complementa, enriquece e aprofunda a observação vulgar, de forma a lhe dar maior validade, fidedignidade e eficácia. A observação científica pode ser de dois tipos: assistemática e sistemática. De acordo com Rudio (1999, p. 41), a observação assistemática, também conhecida por ocasional, simples, não estruturada é aquela que se realiza sem planejamento e sem controle anteriormente elaborados, como decorrência de fenômenos que surgem de imprevisto. Já a observação sistemática, designada também, por planificada, estruturada ou controlada é a que se realiza em condições controladas para se responder a propósitos, que foram anteriormente definidos. Requer planificação e necessita de operações específicas para o seu desenvolvimento. O que caracteriza a observação assistemática é o fato de o conhecimento ser obtido através de uma experiência casual, sem que tenha determinado de antemão quais os aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para observá-los. (Rudio, 1979, p. 35). Para Ander-Egg (1978, p. 97), a observação assistemática “não é totalmente espontânea ou casual, porque um mínimo de interação, de sistema e de controle se impõem em todos os casos, para chegar a resultados válidos”. Deste modo o observador sempre sabe o que irá observar. Segundo Gresseler (2003, p. 174), a observação assistemática é realizada como estágio inicial para estudos de casos ou como prévio levantamento de fatos, ocorrências e objetos que aparecem num contexto natural, não preparado pelo observador, mas selecionado previamente, embora não forneça dados definidos, é de grande utilidade para levantamento de hipóteses para posteriores pesquisas.

A observação não estruturada é com bastante frequência usada como técnica exploratória, em que o observador tenta restringir o campo de suas observações para, mais tarde, delimitar suas atividades, modificando, às vezes, os seus objetivos iniciais, ou determinando com mais segurança e precisão o conteúdo das suas observações e proceder às mudanças que se fizerem necessárias no planejamento inicial. (VIANNA, 2003, p. 26 e

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