Orientação Profissional: Situando A Escolha Dentro De Um Panorama Social

Ementa: Futuro e sucesso pessoais e profissionais; escolhas; relações de produção e dominação; motivação; relações interpessoais; responsabilidade; autonomia; desenvolvimento de habilidades e competências; papel social.

Justificativa: O mundo contemporâneo, especificamente o mercado de trabalho, faz exigências que beiram o impossível ao mesmo tempo em que não oferecem a segurança e a estabilidade esperadas. Com isso o sujeito faz uso de grande energia e esforços pessoais com o intuito de destacar-se, quando não, somente manter-se no mercado de trabalho. As escolas, reprodutoras do meio social, são, em si, micro sociedades, com suas figuras de autoridade e controle. Assim sendo, há também na escola as exigências do mercado (“Seja o melhor aluno!”, “Esforce-se!”, etc...). As crianças e adolescentes passam cada vez mais tempo dentro das instituições escolares, uma vez que pais e responsáveis têm de se ausentarem para manterem o sustento do lar, seja porque a escola é lugar de socialização e contexto onde o desenvolvimento humano também se realiza. Os adolescentes, então, ao fim do Ensino Médio, já têm em sua bagagem de vida um extenso período em que passaram na escola e vêm-se frente ao fantasma relacionado com a escola profissional. O que fazer? Para onde ir? Sair de casa? Trabalhar? A angústia e incertezas são pontos e questões extremamente importantes e naturais nesse período, uma vez que o adolescente se depara frente a uma escolha que existe muita responsabilidade e maturidade. Ele tem que bancar! Bancar no sentido subjetivo, no sentido de ‘se implicar com a coisa’ e ser capaz de assumir a escolha feita. Por fim, faz-se necessário abordar teorias sociais, no que diz respeito aos meios de produção, dominação e funcionamento da sociedade. Uma abordagem dialético-histórica é importante na medida em que pode incitar o pensamento crítico, situando o momento vivido como sendo um período na história que está intrinsicamente ligado à história da humanidade. Sendo assim, é possível compreender esse período (que envolve as exigências do mercado, as exigências pessoais) como sendo produto histórico, passível de mudança e transformação. A autonomia e responsabilidades também vêm por meio da percepção de si enquanto atores sociais, que fazem parte das engrenagens da ‘máquina’.

Objetivos:

• Suscitar as dúvidas e por em xeque as certezas frente a vida, principalmente no que concerne a escolha profissional;

• Diferenciar habilidades de competências;

• Promover a reflexão com relação às formas de dominação e de funcionamento da ‘máquina capitalista’;

• Promover a discussão acerca das escolhas pessoais e profissionais pautada em alicerces que levem em conta o autoconhecimento e, consequentemente, na autenticidade.

• Utilizar o mito de Antígona, de Sófocles, como figura exemplo de escolha e suas consequências.

Metodologia

Consistirá em um espaço para circulação de idéias, pensamentos e dúvidas, sendo que o início dar-se-á com uma “Tempestade de Idéias” por meio da palavra futuro Futuro. Também será utilizado mito de Antígona, de Sófocles, para ilustrar as