Os Caminhos da Formação do Sintoma
Por: Maurroger • 7/9/2019 • Resenha • 548 Palavras (3 Páginas) • 352 Visualizações
Freud, S. (1996 [1916-17]) Conferência XXIII: Os Caminhos da Formação do Sintoma. Obras Completas, Ed. Standard Brasileira, vol. XVI, Rio de Janeiro: Imago.
CONFERÊNCIA XXIII: OS CAMINHOS DA FORMAÇÃO DO SINTOMA
Na conferencia XXIII Freud demonstra como o sintoma, resultado de uma conciliação entre a libido, que procura satisfação e a censura do ego, é uma intrincada construção do aparelho psíquico. É um sofrimento, pela restrição que causa na vida de quem o apresenta, e é também uma satisfação, ainda que regressiva e disfarçada, o que explica a resistência dos pacientes em abrir mão dos sintomas, e assim esclarece que o caminho da formação do sintoma é um caminho que regride a uma fixação traumática que rompe com o organizado, onde o organizado seria a fantasia, o que modifica a sua teoria do trauma. O trauma seria a base do sintoma, sendo a castração, o trauma real por excelência. Mas este real adquire um novo aspecto, sendo substituído pela realidade psíquica, que é uma construção ao mesmo tempo verdadeira e mentirosa.
Freud refere-se a efeitos traumáticos das experiências sexuais infantis, fixações às quais a libido regride quando algo da solução de compromisso se rompe e compara as deformações que a satisfação sofre ao trabalho do sonho: deslocamento e condensação. Aponta também que a fantasia tem papel fundamental na formação de sintomas porque conserva representações dos primeiros objetos e tem como base seu ponto de fixação no corpo que é irrepresentável.
* Sintomas: são atos, prejudiciais, ou, pelo menos, inúteis à vida da pessoa, que por vez, deles se queixa como sendo indesejados e causadores de desprazer ou sofrimento. O principal dano que causam reside no dispêndio mental que acarretam, e no dispêndio adicional que se torna necessário para se lutar contra eles. Onde existe extensa formação de sintomas, esses dois tipos de dispêndio podem resultar em extraordinário empobrecimento da pessoa no que se refere à energia mental que lhe permanece disponível e, com isso, na paralisação da pessoa para todas as tarefas importantes da vida. emerge como um derivado múltiplas-vezes-distorcido da realização de desejo libidinal inconsciente, uma peça de ambigüidade engenhosamente escolhida, com dois significado sem completa contradição mútua.
* Sonho: é a realização de uma fantasia inconsciente constituída de um desejo, enfrenta uma parcela de atividade (pré-)consciente que exerce o papel de censura e que, quando foi preservada, permite a formação do sonho manifesto em forma de um acordo. Do mesmo modo, aquilo que representa a libido no inconsciente tem de contar com a força do ego pré-consciente. A oposição formada contra ela no ego persegue-a como se fora uma ‘anticatexia’ e compele-a a escolher uma forma de expressão da própria oposição.
Freud conclui que todos nós temos, em nosso psiquismo, as condições para a formação de sintomas, deixando claro que o caminho de formação de uma perversão, por exemplo, difere daquele que resulta em um sintoma neurótico. Sugere também que se pesquise o porquê de, em alguns casos, o resultado do caminho de libido em busca de satisfação não resultar em um sintoma e sim em uma sublimação ou manifestação artística. Tomando
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