Nada de novo no front: caminho e descaminhos do voluntariado e do capital social como forma de ativismo comunitário
Por: Mayconvga • 9/7/2017 • Dissertação • 620 Palavras (3 Páginas) • 354 Visualizações
O artigo Nada de novo no front: caminho e descaminhos do voluntariado e do capital social como forma de ativismo comunitário de autoria de Armindo dos Santos de Souza Teodório, Roberta da Silva Veneroso e Roberto Patrus Mundim Pena discute sobre as perspectivas, dilemas e contradições do voluntariado e do capital social como formas de ativismo comunitário. Os autores afirmam que os temas que tratam de responsabilidade social, terceiro setor e ética empresarial estão nestes últimos tempos sendo discutidos em todas as esferas, isto é, na mídia, na política, no meio empresarial, na sociedade e nas universidades, fazendo com que haja uma urgência em se compreender seus impactos na esfera pública. Voluntariado e capital social são difundidos por varias parte da sociedade onde são apontados vários dilemas e impasses para a concretização de uma sociedade mais justa, solidaria e inclusiva. Hoje se debate e se difunde a possível compatibilização do capitalismo e ética, os quais se desdobram em benefícios sociais e econômicos, onde a ética deve ser vista como fator de produção agregando eficiência ao capitalismo. O capitalismo é tido como selva, onde se impera a lei do mais forte dominando a ação das pessoas. Ainda afirmam os autores que alguns escritores como Fukuyama, que afirma que ao mesmo tempo que a sociedade de mercado prejudica e fortalece os relacionamentos morais, corrói estruturas sociais menos dinâmicas. Já o capitalismo financeiro se diferencia do capitalismo produtivo e comercial por sua volatilidade, enquanto este exige bases morais mais sólidas para o funcionamento do sistema. Assim, por um lado ocorre o avanço da individualidade e competitividade e, por outro, aumenta a interdependência entre os agentes econômicos. E a única saída, segundo os autores seria a economia solidária, espaço central para superação dos dilemas da crise capitalista atual. Pode-se notar que o capital social apresenta caráter de eficiência em relação ao sistema econômico e político, onde o capital social e o voluntariado se baseiam em práticas explícitas em relação a ganhos sociais e materiais concretos. É fundamental, assim, a inserção do cidadão em processos participativos e voluntários da formulação de estratégias no processo de construção da cidadania. No Brasil, as estratégias de participação popular remetem-se à mediação organizacional. A utilização da democracia direta, como o plebiscito e o referendo é menos interessante do que em outros países, portanto, a democracia direta não apresenta como alternativa, mas como complemento relevante aos sistemas de decisão via representação. Alternativas de gestão participativa (conselhos municipais de políticas públicas e orçamento participativo) podem gerar alto volume de participação popular. A concepção de participação de voluntários como panaceia para a gestão de política social e para o avanço da democracia no Brasil pode gerar efeitos indesejáveis sobre as metas que tenham sido almejadas. A consolidação de prática de gestão social tem como caminho a democratização dos bens quanto a gestão do poder, indicando que são necessário esforço contínuo e autocrítica na esfera da gestão social. mas, algumas instituições criam resistências aos voluntários (de caráter assistencialista), pois representam desprofissionalização dos integrantes dos quadros técnicos e inconsistência dos trabalhos, os quais
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