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Os Estilos Parentais e a Influência no Comportamento dos Filhos

Por:   •  30/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.112 Palavras (9 Páginas)  •  75 Visualizações

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Pré-projeto

Tema:

Estilos parentais e a influência no comportamento dos filhos.

Hipótese:

Diferentes estilos parentais influenciam de maneiras distintas o desenvolvimento das crianças.

Objetivo geral:

Analisar e relacionar os estilos parentais com os comportamentos das crianças.

Objetivos específicos:

  • Analisar a influência dos estilos parentais com os comportamentos das crianças participantes da pesquisa.
  • Analisar o estilo parental que se apresenta mais saudável para a criança.
  • Identificar variáveis relacionadas ao estabelecimento dos estilos parentais.
  • Investigar formas de melhorar as relações entre pais e filhos.

Introdução:

A formação de personalidade da criança e, consequentemente do adulto que ela se tornará, é baseada, entre outras coisas, no estilo de parentalidade dos seus pais. As crianças captam os climas facilitadores ou inibidores, desde a vida intra-uterina, mas é principalmente nos três primeiros anos de vida que as vivências desses climas irão determinar o modelo mental e de personalidade de cada um. O ser humano nasce totalmente dependente de cuidados, com isso recebe a influência direta de seus pais, cuidadores e demais familiares, a família constitui o primeiro núcleo social da criança, proporcionando seu processo de socialização (Luciano Gamez).

Os estilos parentais podem ser caracterizados como "manifestações dos pais em direção a seus filhos que caracterizam a natureza da interação entre

esses". Eles são os métodos e estratégias que os pais utilizam e escolhem para criar e educar seus filhos e possuem uma grande influência na criação da personalidade e dos comportamentos dessas crianças, que serão levados ao longo da vida delas (Lawrenz, et al; 2020). Foram definidos a partir de Baumrind (1966) até Darling e Steinberg (1993) quatro diferentes tipos de estilos parentais sendo eles negligente, permissivo, autoritário e participativo/democrático, sendo que em uma única família podem estar presentes mais de um estilo parental.

Os estilos parentais influenciam diretamente no comportamento das crianças e suas personalidades. Primeiro percebe-se o estilo negligente, no qual os pais não possuem um grande envolvimento com a vida dos seus filhos. No estilo permissivo os pais evitam tomar posições de autoridade e impor controle ou restrições aos seus filhos. Já quando se fala em pais autoritários, nota-se um controle e rigidez na qual os pais modela a criança a sua maneira. E, por último, o estilo parental participativo, onde os pais demonstram um incentivo maior, uma supervisão firme e uma comunicação positiva e otimista.

Diversos estudos mostram que quando os pais demonstram uma prática parental mais sensível e responsiva, faz com que as crianças tenham ações e emoções mais positivas. Já as crianças que demonstram um comportamento mais agressivo, negativo e irritável, possuem pais adeptos a práticas menos favoráveis e mais problemáticas, uma disciplina mais inconsistente, rígida, explosiva ou irritável (Desenvolvimento da segunda infância; 2016).

Por ser um assunto muito delicado, importante e pouco falado, o projeto tem como finalidade trazer um enfoque maior para esta temática. Neste trabalho será identificado os estilos parentais de mães e pais de crianças entre 12 e 15 anos, analisado o estilo parental que se apresenta mais saudável para a criança, identificando variáveis relacionadas ao estabelecimento dos estilos parentais e investigando formas de melhorar as relações pais e filhos. Com essas informações tem-se o objetivo de levantar uma reflexão sobre a importância do conhecimento e reconhecimento dos estilos parentais, fazendo com que os pais analisem seus comportamentos e possam entregar uma educação cada vez melhor para seus filhos.

Referencial teórico:

Muito se é questionado sobre qual a melhor forma de educar os filhos e quais as consequências que podem ser provocadas no desenvolvimento das crianças criadas por diferentes modelos de pais. Em 1966, Diana Baumrid criou um modelo teórico que é denominado como “estilos parentais”, na qual ela explicou sobre a educação pais-filhos, integrando aspectos emocionais e comportamentais.

Os estilos parentais são manifestações dos pais em direção a seus filhos que caracterizam a natureza da interação entre esses. Eles constituem o conjunto de atitudes dos pais que cria um clima emocional, os quais incluem as práticas parentais e outros aspectos da interação entre pais-filhos que possuem um objetivo definido, tais como: tom de voz, linguagem corporal, descuido, mudança de humor (Darling & Steinberg, 1993). Vários estudos têm demonstrado que os estilo parentais tem significativa influência em diversas áreas do desenvolvimento psicossocial dos filhos, tais como ajustamento social, psicopatologia e desempenho escolar.

Baumrind propôs a existência de três estilos parentais distintos: o estilo autoritário, o estilo participativo (autoritativo) e o estilo indulgente (permissivo). E mais tarde, Maccoby e Martin (1983) acrescentaram o estilo negligente.

No estilo autoritário há uma tentativa de controlar e modelar, de forma rígida, as atitudes da criança. Estes pais valorizam uma obediência absoluta, recorrendo a medidas punitivas (verbais ou físicas) para que esta se comporte de acordo com a sua exigência. São frequentes as críticas ou ameaças à criança. Quando Baumrind estudou as crianças criadas com um pais autoritários, descobriu que elas, em geral, tinham temperamento infeliz, pareciam distantes, hostis, ansiosas e com pouco controle sobre suas próprias emoções negativas. Os filhos tendem a apresentar desempenho moderado na escola, não apresentam problemas de comportamento. Geralmente são crianças e adolescentes quietos e passivos, se a coerção dos pais for muito forte, podem mostrar hostilidade e agressividade contra figuras de autoridade, apresentando piores desempenhos em habilidades sociais, humor instável, pouco amigável (Irani Maas Marques; 2014).

Sendo adeptos ao estilo participativo, os pais conseguem adequar a sua atitude à especificidade da criança. Um pai neste estilo proporciona incentivo e um raciocínio minucioso acerca das regras estabelecidas e de outros métodos de disciplina preferidos. A supervisão é firme, há o estabelecimento de normas e limites, num clima de calor afetivo, a comunicação é positiva e otimista. Os filhos de pais participativos têm sido associados sempre a aspectos positivos como melhor desempenho nos estudos, uso de estratégias, maior grau de otimismo. Enfim, filhos de pais autoritativos são vistos como socialmente e instrumentalmente mais competentes do que os filhos de pais não autoritativos (Darling, 1999).

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