Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise
Por: Thais Santos • 10/9/2018 • Artigo • 735 Palavras (3 Páginas) • 328 Visualizações
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ[pic 1][pic 2][pic 3]
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
Curso de Psicologia
Psicomotricidade
Claudia H. Jardim
T35EF
Thais dos Santos Batista
Março/2018
Em um primeiro momento na História da Psicomotricidade que ocorreu o primeiro corte Epistemológico na qual prevaleceu o discurso medico de que o corpo do paciente era visto como algo físico, ou seja, orgânico que visava sanar só as patologias que se apresentava no físico dos pacientes.
Durante O Café filosófico: O Corpo e Dança um dos conceitos que a entrevistada trouxe foi à contribuição Nietzsche que esclarece que corpo e mentes são separados.
“A multiplicidade de Forças do Mundo é a mesma pluralidade de forças internas que movem o ser humano”
Sendo assim foi exposta a importância e a valorização do corpo e da mente, pois o corpo também se expressa, valorizar o corpo é valorizar a porção da vida que eu trago em mim. Não podemos expressar que a medicina foi abolida da Psicomotricidade, pois é um processo contrario, a pratica psicomotora é que atravessa a Medicina. Mas não só ela, como também a psicanálise e a psicologia.
Com o passar do Tempo veio o surgimento do Segundo Corte Epistemológico é um conceito diferente do primeiro corte, podemos notar que o Olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo em movimento. Em outro dado momento da Entrevista do Café Filosófico o discurso da entrevistada vai total encontro ao pensamento do segundo corte, pois a dança envolve a perda de Si e abre a outras oportunidades, pois o esquecimento de Si faz nascer a Si mesmo. Pois o corpo não tem nada a ver com o ideal, o corpo é o inesperado.
Durante o filme Fale com ela, a morte é constantemente referida nele e de maneiras diversas, muitas vezes por esse silêncio, silêncio funesto, inquietante. Até o final ficamos na expectativa do fim das personagens principais na ausência das palavras, em uma delas se consuma e a outra ganha o privilégio de continuar a gozar a vida e fazendo ou iniciando a fazer, ao poucos, o que mais gosta que é dançar. Dançar é dizer com o corpo, movimentando-se, mesmo sem palavras. Pois dançar é superar e o corpo é Universo.
Lacan, em seu “Seminário 20”, indica inicialmente que o sujeito quer continuar a gozar e a não querer saber o motivo pelo qual goza. Mas, afinal, o que é o gozo e para que ele serve? Toma-se de pronto a resposta lacaniana: “o gozo é aquilo que não serve para nada”. Na lógica Lacaniana para gozar, é preciso ter um corpo, porém o corpo pode também ser deserto de gozo. (Lacan, 1985, p. 11). O segundo corte trabalha, então, com o corpo que é vivido como um local de expressão.
Já no Terceiro corte Epistemológico houve uns questionamentos sobre o segundo corte, que consiste em buscar novas perspectivas. Nesse corte vem com tudo o conceito que olha a fundo o significado, ou seja, da busca do inconsciente. O filme clama pelo o olhar e quando o tem transforma-o em outro num processo contínuo de mudanças de posicionamento. A dança estaria a serviço daquela outra cena, nomeada por Lacan de Outra cena. Um corpo que dança contornaria o limite da sua própria contiguidade e deixaria um espaço aberto, um nada, um intervalo entre isso e aquilo, destacando o que “não engana” (Lacan, 1962-1963/2005, p.88), nomeada de angústia desde Freud, algo real.
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